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Não um deserto, mas um jardim

Da edição de julho de 1976 dO Arauto da Ciência Cristã


Pessoas que vivem em países onde não existem desertos de areia, são levadas a imaginar que tais lugares sejam perpetuamente áridos. Ficam surpresas quando chegam a ver o que acontece depois que uma chuva regou o solo aparentemente estéril. Muitas vezes, após alguns dias apenas, toda a superfície fica coberta de um tapete de flores coloridas.

Depois de presenciar um milagre desses, podemos compreender porque os árabes referem-se, algumas vezes, ao deserto como o Jardim de Alá. Embora não as possamos ver, o solo está cheio de sementes de plantas que florescem. Essas sementes precisam apenas de umas poucas gotas de água para germinar. Logo depois, elas irrompem em flores e o cenário inteiro se transforma.

Acaso você acha que sua vida é estéril, monótona ou improdutiva? Não fique pensando que ela é um lugar solitário, ou um deserto estéril. Também ela é, potencialmente, um lugar de beleza e inspiração — cheia de colorido, produtiva e dando satisfação espiritual. O autor do profético qüinquagésimo primeiro capítulo do livro de Isaías disse: “O Senhor tem piedade de Sião; terá piedade de todos os lugares assolados dela, e fará o seu deserto como o Éden, e a sua solidão como o jardim do Senhor; regozijo e alegria se acharão nela, ações de graça e som de música.” Isaías 51:3;

O profeta predizia a restauração de uma nação; mas, saibamos, sem sombra de dúvida, que o que Deus faz em prol de uma nação inteira, Ele o fará para cada homem e para cada mulher individualmente. Somos filhos de Seu cuidado. Ele nos criou à Sua semelhança para que expressemos a Sua gloriosa natureza. Plantou em nós as ricas qualidades do Ser divino; Ele as nutre e acompanha em nós essas qualidades e, assim, é-nos impossível deixar de cumprir o Seu propósito, isto é, não podemos deixar de manifestar Sua bondade e de desfrutar de Seu amor.

Humanamente, entretanto, podemos, por vezes, ter a impressão de que o propósito divino não está sendo cumprido. Podemos pensar que vemos em nós, ou em outros, um pedaço de solo ressequido onde não há alegria nem felicidade, nenhum melodioso hino de louvor, nenhuma evidência de amor pela qual render graças. É nessa hora que devemos lembrar-nos da boa semente espiritual que o Pai plantou no campo de nossa consciência e de sermos receptivos às revigorantes gotas de chuva que por intermédio do Cristo, Ele manda para alimentá-la. Essas gotas de chuva são verdades da Mente imortal — verdades que nos vêm através da mensagem inspirada da Bíblia e da Ciência Cristã. Quando aceitamos essas verdades em nosso pensamento, elas não só refrigeram o campo de nossa experiência terrena e promovem o crescimento do bem já percebido, mas também, elevam e vivificam as idéias espirituais que até então haviam permanecido sem reconhecimento na consciência, como as sementes em estado latente no deserto.

A Sr.a Eddy escreve: “Os mortais precisam olhar para além das formas finitas e desvanecentes, se quiserem conseguir o verdadeiro sentido das coisas. Onde é que o olhar se fixará, senão no reino insondável da Mente?” E, um pouco mais adiante ela continua: “À medida que os mortais conseguirem conceitos mais corretos acerca de Deus e do homem, inumeráveis objetos da criação, que antes eram invisíveis, tornar-se-ão visíveis. Quando nos compenetrarmos de que a Vida é Espírito e nunca está na matéria nem é de matéria, essa compreensão se expandirá até a sua autocompletação, achando tudo em Deus, o bem, sem necessitar de nenhuma outra consciência.” Ciência e Saúde, p. 264;

A pessoa cujo pensamento obtém vistas mais corretas de Deus graças à Ciência Cristã e repousa no reino da Mente imortal, desfruta cada vez mais da abundância da beleza e bondade divinas. Torna-se gradualmente consciente de que, nela, estão sendo manifestadas, não só a paz da Alma, mas também, a perpétua atividade da Vida, a vitalidade do Espírito, a criatividade do Princípio divino, a afluência da Verdade e a harmonia do Amor. Compenetra-se mais e mais de que o bem é inexaurível e está perpetuamente jorrando não só em sua própria vida, mas na vida de todos os filhos de Deus. E encontra satisfação num sentido cada vez mais amplo de autocompletação espiritual, resultando num maravilhoso florescer da experiência humana.

Mas, que dizer daquelas pessoas que ainda não estão familiarizadas com os ensinamentos específicos da Ciência Cristã, ou até mesmo com o próprio cristianismo? Pode um deserto ser um lugar de esperança e de desenvolvimento espiritual para elas? A Bíblia mostra que em cada estágio do advento da Verdade, Deus em Sua graça fez com que os homens estivessem certos de Sua presença nas horas mais sombrias. Deus falou no monte Horebe a Moisés, quando este estava no exílio. Elias, também, ouviu o cicio tranqüilo, suave e encorajador de Deus num lugar deserto, num momento em que ele se sentia muito desanimado e deprimido. A visão da cidade santa veio a João na ilha solitária de Patmos. Inspiração renovada, oriunda de Deus, irrompeu sobre esses fiéis seguidores da Verdade, transformando a vida deles até mesmo enquanto jornadeavam a sós pelo deserto.

Por experiência própria, também a Sr.a Eddy sabia que uma ocasião no deserto pode transformar-se num momento de desenvolvimento da compreensão espiritual. Referindo-se a seu próprio momento especial de inspiração, quando então descobriu a Ciência Cristã, disse ela: “O mundo era escuridão. As horas que se aproximavam não estavam indicadas em nenhum quadrante floral. Os sentidos não podiam predizer nem a aurora, nem o despontar das estrelas.” E ela continuou: “Essa era a situação quando chegou o momento das bodas do coração com uma existência mais espiritual. Quando a porta se abriu, eu estava esperando e vigiando; e, eis que veio o noivo!” Retrospecção e Introspecção, p. 23.

Bem, se, para você, o mundo parece escuro e deprimente, erga os olhos! Espere que o deserto seja transformado, pela graça de Deus, num lugar de desenvolvimento espiritual. Todas as boas qualidades e idéias espirituais estão presentes agora na consciência. Basta o toque da compreensão do Cristo para fazê-las florescer.

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