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Quinze dias depois de eu chegar em casa,...

Da edição de julho de 1976 dO Arauto da Ciência Cristã


Quinze dias depois de eu chegar em casa, após a jubilosa experiência da instrução em classe, minha família e eu devíamos partir para o Centro-Oeste, para ajudar meus pais na colheita de seus campos de trigo. Recebemos, porém, uma carta que nos dizia que mudássemos os planos que fizéramos para as férias, se o desejássemos, pois meus pais estavam certos de que não haveria colheita. A área em que moravam acabara de ser atingida pela pior tempestade de granizo jamais havida. Granizos do tamanho de bolas de tênis haviam quebrado janelas e danificado telhados e paredes laterais das casas, colheitas e quintais. A carta dizia que, dos campos de meus pais, apenas um havia sido atingido pelo granizo, os outros estavam incólumes; porém, após terem sido totalmente ou em parte assolados por granizos durante muitos anos a fio, meus pais esperavam que o mesmo acontecesse novamente.

A instrução em classe me havia dado tanto vigor e tanta segurança que telefonei a meus pais e assegurei-lhes que nós lá estaríamos para a colheita. Depois fui tentada pelo erro a duvidar de minha veemente afirmação, por isso, pedi imediatamente a Deus que guiasse meu pensamento para algo em que eu pudesse me firmar. Fui guiada a estudar, em Mateus 13, a parábola do trigo e do joio (V. vers. 24–30). Tornou-se-me claro que eu devia pensar menos em termos de matéria, e mais em termos de idéias divinas. Compreendi que, espiritualmente falando, a semente completa dentro de si mesma era governada, protegida e desenvolvida por Deus e se manifestava como suprimento para satisfazer às nossas necessidades diárias.

Em Miscellaneous Writings a Sr.a Eddy diz (p. 307): “Deus vos dá Suas idéias espirituais, e, estas, por sua vez, vos dão suprimento diário. Jamais peçais para o dia de amanhã: basta o fato de que o Amor divino seja socorro sempre presente; e, se esperardes, sem jamais duvidar, tereis a todo instante, tudo aquilo de que necessitais.” Declarei essa verdade não só para meus pais, como para todos os filhos de Deus. Para mim, o joio era o símbolo do granizo, da ferrugem, do vento, do medo, da superstição e da educação errada e eu sabia que não tinham poder, não eram uma lei, não eram nada, pois não foram criados por Deus e, portanto, não tinham origem. Não podiam, tampouco, destruir aquilo que Deus cria e protege.

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