Antes de conhecer a Ciência Cristã eu estivera gravemente enferma durante dois anos. Fui curada, porém, por intermédio da Ciência Cristã, em questão de poucos dias! No dia dessa cura eu estava exultante. Sentia-me renascida, com vívida alegria e domínio.
Mais tarde, quando iniciei o estudo da Ciência Cristã, compreendi que minha cura fora a evidência de minha união a Deus, a Vida divina, apesar de na ocasião eu não haver estado consciente dessa união. Eu havia tido fé sem compreensão. Na época haviam me dado para ler uma cópia impressa de uma conferência da Ciência Cristã. Não lembro mais o nome do conferencista nem o título da conferência, mas não esqueci a alegria que senti ao lê-la.
Cada conferência da Ciência Cristã é uma inspiradora apresentação da verdade que cura, revelada na Bíblia e ensinada por Cristo Jesus. Com relação a isso lembro-me da parábola do semeador V. Mateus, cap. 13; Marcos, cap. 4;, relatada por Jesus. Na verdade, cada conferencista é um semeador; nossa consciência é o solo onde a semente da Verdade é lançada. Se formos receptivos a semente brotará e dará os frutos de que necessitamos — verdades que nos inspiram e curam. Muitas vezes, durante uma conferência da Ciência Cristã, sentimo-nos iluminados por uma simples frase ou palavra, que nos traz alegria e a certeza de que coexistimos com nosso Pai-Mãe Deus.
Depois de minha cura fui a uma conferência que me interessou de modo especial. O conferencista disse que o homem, sendo a semelhança do Espírito, é espiritual e não pode ter um corpo físico; que a crença de que o homem vive na matéria é uma mentira mortal acerca do ser real. Essas palavras prenderam minha atenção e pensei muito sobre o assunto.
No primeiro capítulo do Gênesis lemos que Deus, o Espírito imortal, disse: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança.” Gênesis 1:26; Notamos que Deus criou o homem conforme a Sua semelhança, isto é, semelhante a Si mesmo. Em outras palavras, o homem é espiritual e reflete as qualidades de seu Pai-Mãe Deus. O homem não é carne; é o reflexo imortal de Deus, o Espírito divino.
Muitos pensam que Deus é um ser severo que senta em determinado lugar, julgando o homem, condenando e punindo alguns e aprovando e recompensando outros. Essa crença errônea impede a percepção de Deus como Espírito incorpóreo e do homem real como também incorpóreo e espiritual, como a imagem e semelhança, o reflexo, de Deus. Pergunta a Sr.a Eddy em Ciência e Saúde, com relação à revelação do céu e da terra verdadeiros e eternos: “De que outra indicação da incorporalidade do homem real necessitamos nós, senão desta, que João viu o céu e a terra e aí não viu «santuário [corpo]»?” Ciência e Saúde, p. 576;
Cristo Jesus estava plenamente consciente de sua união a Deus e da eterna presença e do poder de Deus. Jesus enviou seus discípulos a pregar “que está próximo o reino dos céus”. Enviou-os, dizendo: “Curai enfermos, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expeli demônios.” Mateus 10:7, 8; E sua oração por eles foi: “A fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós.” João 17:21;
Em Ciência e Saúde escreve a Sr.a Eddy acerca de nossa união a Deus: “Assim como uma gota dágua é uma com o oceano, um raio de luz um com o sol, do mesmo modo Deus e o homem, o Pai e o filho, são um no ser.” Ciência e Saúde, p. 361;
Que promessas, que consolo e que inspiração recebemos de nosso Pai quando nos volvemos a Ele com confiança e compreensão! Levando a cabo a vontade de Deus, refletindo Suas qualidades e cumprindo os preceitos de Cristo Jesus, nós, como a imagem e semelhança do Espírito, somos “um no ser” com nosso Pai; conseqüentemente, nós verdadeiramente não podemos ser físicos. Diz o apóstolo Paulo: “Não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo que está em vós?” 1 Cor. 6:19. Nesse caso Paulo está se referindo à identidade espiritual do homem, seu verdadeiro ser, que ele compara a um santuário, o templo do Espírito Santo. Esse não existe no físico, na matéria.
Na proporção em que nos despojarmos da crença na realidade da matéria e reconhecermos que o corpo material é temporal e que o homem é imortal e incorpóreo — à medida que vamos nos tornando mais conscientes de que há somente uma Vida — compreenderemos mais e mais que coexistimos com Deus, nosso Pai-Mãe.
Essa compreensão da Vida espiritualiza nossa consciência, e passamos a compreender que somos herdeiros da Vida eterna e temos domínio sobre a falsa crença em pecado, doença e morte. Despertamos, então, para a gloriosa verdade do ser imortal do homem e de sua união a Deus.
