Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer

“«A extrema necessidade do homem é a oportunidade de Deus»” (Ciência e Saúde...

Da edição de abril de 1977 dO Arauto da Ciência Cristã


“«A extrema necessidade do homem é a oportunidade de Deus»” (Ciência e Saúde de autoria da Sr.a Eddy, p. 266). A verdade dessa afirmação foi comprovada em minha experiência. Como cordeiro fui conduzido de volta ao rebanho, de volta ao nosso Pai — confirmando em minha vida as palavras de Cristo Jesus (Lucas 12:32): “Não temais, ó pequenino rebanho; porque vosso Pai se agradou em dar-vos o seu reino.”

Há alguns anos, fui sentenciado a um ano de prisão numa colônia penal municipal. Antes de ser enviado para lá, eu havia sido internado numa instituição na qual a injustiça do homem contra o homem é assaz evidente. Foi lá que minha extrema necessidade, em vista do medo, da solidão, do ódio e do horror, tornou-se a oportunidade para Deus abrir os portões da prisão e libertar-me.

Por intermédio de minha esposa eu tivera contato com a Ciência Cristã, mas tudo quanto eu podia recordar eram as palavras inscritas na parede de uma filial da Igreja de Cristo, Cientista: “O Amor divino sempre satisfez e sempre satisfará a toda necessidade humana” (Ciência e Saúde, p. 494). Por dois dias vivi com essa afirmação, tratando de não perder de vista o fato de que Deus estava ao meu redor. Naquela noite, voltando à minha cela após o jantar, vi um número do Christian Science Journal no chão de uma das celas. Peguei-o imediatamente, e dentro de poucos dias decorei quase todo o Journal. Foi ele meu consolo e paz até ser transferido para a colônia penal, onde me era permitido possuir uma Bíblia e o Ciência e Saúde. Durante essa época iniciei o estudo diário das Lições-Sermão do Livrete Trimestral da Ciência Cristã, além de ler Ciência e Saúde sempre que me era possível.

Ainda que esse período de aprendizado e regeneração fosse essencial para meu crescimento e a compreensão de minha união com o Pai, havia muitas coisas que eu lia e não compreendia. Roguei a Deus que me mostrasse como entender, que me ajudasse a compreender, o que eu estava aprendendo. Na manhã seguinte mandaram-nos para um morro onde construiríamos um muro de pedras. Enquanto eu esperava pelos outros presidiários, pus-me a perscrutar atentamente o azul do Oceano Pacífico e me achava rodeado por montanhas lindas que estavam claras e verdejantes em vista da chuva intensa que caíra. Olhei para o chão aos meus pés, que havia sido dinamitado, e no qual jaziam toneladas de equipamento pesado. Nele havia uma rala camada de grama a brotar da terra. Primeiramente eu disse: “Obrigado, Pai,” e meu pensamento se refugiou nesta frase da Sr.a Eddy (Ciência e Saúde, p. 516): “A erva debaixo de nossos pés silenciosamente exclama: «Os mansos herdarão a terra».” Dei-me conta de que o amor e o cuidado de Deus por uma folha de grama estavam tão evidentes, e que Deus também tinha dado ao homem domínio sobre todas as coisas.

Essa experiência despertou minha compreensão da Ciência Cristã, e desde aquela época tive muitas demonstrações e provas adicionais do cuidado e da proteção de Deus.

Minha primeira grande demonstração na Ciência Cristã foi ter sido solto da colônia penal e devolvido à vida normal em apenas quarenta dias. Um praticista da Ciência Cristã, minha mulher e eu, todos nos encontrávamos orando. Eu pensava que meu lugar certo era com a família e os entes queridos. Fui reconduzido ao tribunal no quadragésimo-primeiro dia de minha sentença de um ano. O juiz comutou o restante de minha sentença. Três homens, dois dos quais eu nunca tinha encontrado e o outro um amigo, haviam tomado conhecimento de minha situação. Esses homens resolveram conseguir empréstimo e me prover de um trabalho. Apresentaram essa informação ao meu advogado, que por sua vez transmitiu-a ao juiz. O juiz decidiu comutar o restante de minha sentença. Tudo isso foi em resposta às nossas orações para compreender melhor a Deus. Nem minha mulher nem eu fizemos o menor esforço humano nessa demonstração. Minha soltura foi uma verdadeira bênção. Que dia feliz foi aquele, não só por eu ser solto da colônia penal, mas também por ver Deus em ação!

Desde aquela época as bebidas alcoólicas e o fumo saíram de minha vida. Deus conduziu-nos a um negócio que prosperou, o qual vendemos mais tarde, mudando-nos a este belo país no qual sentimos que nosso propósito principal é refletir e expressar Deus, a única individualidade divina, e aqui servi-Lo.

Sinto-me muito agradecido de partilhar esta experiência. Talvez ela ajude outros a saberem que não é preciso estar trancado numa instituição — permanecer na prisão — depois que houve cura moral. Aprendemos que os pensamentos entretidos, se não procedem da Mente divina, mantêm-nos cativos e nos roubam a liberdade.

Idéias divinas que procedem de Deus são provas definitivas de que Seu amor e proteção estão sempre conosco. Em extrema necessidade Ele nos dará sempre a oportunidade de provar a nós mesmos que Seu socorro está sempre presente.

Sou humildemente agradecido por ter uma esposa e amigos dedicados, pelos fiéis praticistas, por ser membro em A Igreja Mãe e numa igreja filial; por instrução em classe e por essa Comissão de Atividades da Ciência Cristã junto a Instituições Penais, que me ajudou. Sou muito grato ao nosso Guia, Cristo Jesus, e à Sr.a Eddy, autora de Ciência e Saúde.


Sou a esposa mencionada. Fiz do terceiro artigo de fé meu companheiro constante durante a ausência de meu marido (Ciência e Saúde, p. 497): “Reconhecemos que o perdão do pecado, por parte de Deus, consiste na destruição do pecado e na compreensão espiritual que expulsa o mal por ser este irreal. A crença no pecado, contudo, será castigada enquanto ela perdurar.” Quando ocorrem verdadeira regeneração e o desejo honesto e sincero de reforma, as pessoas não precisam mais sofrer.

Os homens que trataram de obter a soltura de meu marido me eram também estranhos. Foi Deus quem verdadeiramente tomou conta da situação toda. Não dei nenhum passo humano para conseguir empréstimo ou arrumar-lhe os dois requisitos necessários para que ele fosse solto.

Também sou grata porque meu marido, graças a essa experiência, pôde servir na comissão de Atividades da Ciência Cristã junto a Instituições Penais, no nosso município. Sou profundamente grata pela Ciência Cristã e por tudo quanto ela tem feito por nossa família.

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / abril de 1977

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.