Nossa defesa contra a crença de que as sugestões tenham poder maléfico para nos influenciar adversamente consiste na compreensão espiritual de que o homem é imune a sugestões; de que não há mente manipuladora capaz de controlar ou influenciar erroneamente, e nenhuma mente vulnerável a tal influência; e que nenhum poder é capaz de atrair, pela sugestão, a um propósito maléfico. A única communicação válida que nos é feita, consta dos pensamentos angelicais de Deus, que nos sustentam e nos mantêm.
Mary Baker Eddy dá-nos este sábio conselho: “Vigiai e orai diariamente para que nenhuma sugestão do mal, seja sob que disfarce se apresente, crie raízes em vosso pensamento ou dê fruto.” The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 128;
Em que consistem, especificamente, essas sugestões do mal?
A Sr.a Eddy descreve-as da seguinte forma em seu artigo “Caminhos que são vãos”: “O magnetismo animal, em seus passos ascendentes do mal, seduz sua vítima mediante argumentos silenciosos e invisíveis. Invertendo as maneiras de ser do bem na atração silenciosa que elas exercem sobre a saúde e a santidade, o magnetismo animal impele a mente mortal a cometer erro de pensamento e a incita à perpetração de atos estranhos à sua inclinação natural. As vítimas perdem sua individualidade e se prestam voluntariamente à execução de planos urdidos por seus piores inimigos, mesmo aqueles que as induziriam à autodestruição.” E no parágrafo seguinte, continua: “O estado induzido por essa influência secreta e maléfica é uma espécie de embriaguês, em que a vítima é levada a crer e a fazer aquilo que de outro modo jamais pensaria ou faria voluntariamente.” ibid., pp. 211–212;
No significado popular, “magnetismo animal” indica uma suposta força que leva a pessoa sujeita a reagir a uma sugestão externa. Do mesmo modo, o feiticeiro parece ser capaz de induzir o indivíduo a agir por sugestão externa (a do feiticeiro). Na Ciência Cristã, magnetismo animal é o termo para todo o mal, e a tentativa de praticar o poder maléfico é chamada má prática mental, a espúria manipulação do pensamento mediante sugestão. O feiticeiro, em primeiro lugar mesmeriza o indivíduo, e quando este está sob a influência hipnótica, o feiticeiro faz sugestões que tal indivíduo executará, totalmente obediente à sugestão feita e à instrução dada.
Certa madrugada um dos empregados de nossa estância me despertou, pedindo-me para auxiliar sua esposa, que estava tendo um parto difícil. Concluiu dizendo que a esposa visitara um feiticeiro e que este lhe havia posto um feitiço; ela estava muito assustada. Enquanto rapidamente eu me vestia, tentei decidir o que fazer. Compreendi que se acreditasse em feitiçaria, estaria dando poder ao nada que pretende se apresentar como sendo algo; ninguém poderia, na realidade, estar sob uma influência hipnótica errônea. Lembrei-me das palavras de Paulo: “Deixemos, pois, as obras das trevas, e revistamo-nos das armas da luz.” Romanos 13:12;
Enquanto caminhava em direção ao alojamento dos empregados, dúvidas começaram a preocupar-me com relação à minha inexperiência em assistir um parto. Tais sugestões foram rapidamente invertidas. Ocorreu-me que a Mente me mostraria o que fazer. Compreendi de imediato que nosso poderoso amigo e libertador, Deus, estava lá. Depois disso não houve mais problema; o nascimento transcorreu em completa harmonia.
Quão importante é estarmos vigilantes para detectarmos sugestões maléficas. É preciso encarar-se a feitiçaria como irreal. Se suas sugestões errôneas são acolhidas em nosso pensamento, a clara compreensão da presença eterna de Deus será obscurecida. Tudo o que Deus cria é espiritual e totalmente bom. Além disso, pensamentos que são totalmente bons não podem ser contaminados, influenciados, ou atingidos por nenhuma espécie de sugestão maléfica, seja qual for sua suposta fonte. Libertamo-nos dessas sugestões maléficas que tentam influenciar-nos ao compreendermos que o homem é inseparável da Mente, sempre rodeado pela solicitude do Amor, onde o homem só pode receber bons pensamentos.
Quando parece que tememos ao erro, e este clama aos brados em nossos ouvidos, precisamos ouvir a Verdade que grita ainda mais alto. Se sugestões de infelicidade, discórdia ou depressão penetram nosso pensamento, podemos começar a declarar em silêncio, para nós mesmos, as verdades que nos vêm de Deus. É exatamente isso o que Cristo Jesus fez quando disse: “Retira-te, Satanás.” Mateus 4:10. E chegará o dia em que reconheceremos que só a Verdade é proclamada e que o erro não é mais ouvido.
Experimente e veja!