Cai uma barreira mental
Era o dia do Festival Artístico de Verão. Do lado de fora da Sala de Leitura da Ciência Cristã, as pessoas afluíam em grande quantidade — a pé e de carro. Enquanto a plantonista da Sala de Leitura observava toda essa atividade, pensou: “Estas pessoas nutrem idéias completamente diferentes acerca da vida e da alegria. A Sala de Leitura, com toda sua riqueza, está aqui jogada às traças. Aconteceu o mesmo durante o festival do ano passado.”
Consciente da necessidade de espiritualizar seu pensamento, virou as costas para a vitrina e começou a orar. “Estudei por quase uma hora, quando então uma palavra e seu profundo significado ocorreram-me claramente — JUSTIÇA-PRÓPRIA. Naquele mesmo minuto virei a cadeira e olhei para a rua novamente, mas agora com enorme sensação de alívio e amor.”
Repentinamente a Sala de Leitura ficou movimentada. No espaço de duas horas tivemos 16 visitantes. Dois jovens casais fizeram perguntas sobre a Ciência Cristã e cada um tomou emprestado um exemplar de Ciência e Saúde de autoria da Sr.a Eddy. Uma senhora, que a princípio não parecia muito interessada, aceitou a oferta de um Sentinel. Apanhou-o, leu a capa e disse ser isto justamente o que ela necessitava.
Dois outros visitantes, que entraram apenas para usar o telefone, começaram a fazer perguntas acerca da Ciência Cristã, e seguiu-se daí uma animada troca de idéias.
O fato de ver em todos a integridade, abriu a porta dessa Sala de Leitura para que a comunidade ali entrasse.
Filiais na Europa Central estão indo ao encontro da comunidade com maior presteza
Uma igreja da Bavária escreve: Num domingo à tarde uma senhora passou em frente à Sala de Leitura como fizera tantas vezes anteriormente. Desta vez, no entanto, parou, atraída pelo colorido da literatura exposta na vitrina. Leu por alguns minutos o que ali se achava e sentiu-se impelida a entrar. A Sala de Leitura, porém, estava fechada naquele dia. Foi então que viu uma caixa de distribuição de literatura junto à porta.
Apanhou um Arauto, foi para casa e começou a lê-lo imediatamente. Grandemente confortada, sentiu que encontrara o que almejara havia longo tempo. No dia seguinte entrou em contato com uma praticista da Ciência Cristã que se anunciava no Arauto, e logo depois começou a assistir aos serviços da igreja e a avidamente estudar Ciência Cristã.
Igrejas e sociedades em muitas partes da Alemanha, Áustria e Suíça informam que a venda de literatura vem aumentando consideravelmente desde que colocaram, em locais estratégicos, caixas de distribuição de literatura. Uma sociedade do sudoeste da Alemanha escreve: “Temos que reabastecer com freqüência a caixa que colocamos na estação ferroviária.” E este é o comentário de uma igreja na Suíça: “Sabemos que temos tido solicitações de assinaturas do Arauto em alemão e do Monitor, vindas de pessoas que apanharam exemplares dessas publicações nas caixas de distribuicão.”
Em muitas localidades, as igrejas estão indo ao encontro de pessoas de várias nacionalidades, em suas comunidades, por distribuírem literatura em espanhol, francês, grego, indonésio, italiano e português.
Grande parte da frutífera distribuição de literatura na Europa de língua alemã deve-se ao interesse de um membro em desenhar uma caixa de plástico transparente cujo custo é mínimo. Hoje, perto de 200 dessas caixas estão sendo usadas na Europa Central, suprindo uma necessidade evidente, especialmente quando colocadas em locais mais distantes da igreja.
Em algumas cidades maiores, as igrejas estão trabalhando em conjunto para manter vitrinas e para distribuir literatura em penitenciárias, albergues juvenis e asilo para velhos. E, mais e mais, os membros individualmente estão encontrando oportunidades de partilhar a literatura diretamente com outras pessoas.
“Certas pessoas hesitam em entrar numa Sala de Leitura para pedir informações ou literatura”, diz um membro. “Assim, o periódico apanhado de uma caixa de distribuição, ou recebido diretamente de um Cientista Cristão, pode ser seu primeiro contato com a Ciência Cristã.”
Numa grande cidade portuária no norte da Alemanha uma igreja filial está fazendo importante progresso no sentido de ir ao encontro da comunidade — alguns meios são bastante inusitados — ao manter centros de informações numa feira de quinquilharias e num centro comercial (extensões temporárias da distribuição de literatura, que é feita numa bilblioteca ambulante.)
Uma parte obviamente importante no preparo da igreja de mais este contato com a comunidade foi as reuniões inspirativas que receberam apoio total dos membros. “Tornou-se vivamente claro para nós, nessas reuniões”, informou a comissão, “que não precisávamos ter respostas-padrão prontas para as perguntas que porventura fossem feitas. O mais importante, porém, era proteger a atividade toda por meio de oração, e ter o apoio de todos os membros; além disso, compreendemos ser importante nos manter continuamente em união consciente com Deus, a Mente divina infinita e onisapiente, que nos dota da capacidade de enfrentarmos cada caso com amor, inteligência, clareza e cura. E é o que se dá.
“Temos tido experiências muito bonitas, e em nenhuma ocasião nos vimos frente a frente a um desafio mais agressivo. Todos os que temos trabalhado na mesa de informações sentimos o apoio em espírito de oração por parte da congregação. A receptividade do público e sua mentalidade aberta nos enche de gratidão.”
Pais de alunos da Escola Dominical são animados a contar aos filhos as curas obtidas
Não nos causou surpresa alguma saber que a sociedade que preparara o relatório abaixo acabava de ser reconhecida como igreja. O pensamento progressista de seus membros está claramente evidenciado na maneira como estão ensinando os jovens a curar, como estão incluindo os pais no conceito de educação espiritual na Escola Dominical, e como animam os jovens a participar das atividades da igreja.
Escrevem eles: “Há dois anos a Escola Dominical tem por meta dar ênfase ao trabalho de cura que cada pessoa precisa fazer em seu viver diário, a começar pelos mais jovens, animando todos a fazer seu próprio trabalho metafísico. Os alunos estão curando a si próprios. Alguns, transcorridos apenas uns poucos meses, já estão pondo em prática a verdade. Estendem convites a seus amigos e assim nossa Escola Dominical está em fase de crescimento.”
Numa reunião da igreja sobre a Escola Dominical e cujo tema era: “Faça uso dela ou fique sem ela” (em que foram convidados os pais bem como os membros da igreja), deu-se ênfase a que a criança não nasce músico nem se torna músico por tomar semanalmente aulas de música. Torna-se músico por praticar o que lhe é ensinado. O mesmo se pode dizer quanto ao Cientista Cristão; torna-se Cientista Cristão de verdade por praticar o que se entende de Ciência. “Pensamos”, o relatório continua, “que se apenas ensinamos teoria e não mostramos ao aluno como fazer a lição de casa — pôr em prática a Ciência Cristã — seríamos remissos. Sabemos que é preciso reforçar os ensinamentos dos pais ou a criança jamais aprenderá a usar a Ciência mas provavelmente virá a perdê-la.”
Os pais foram animados a contar em casa aos filhos as curas obtidas, expondo-lhes como a Ciência Cristã atua em questões de negócios, no relacionamento de pessoas, e nos problemas físicos. Foram animados a pedir aos filhos que os ajudassem a orar sobre algum problema de família. Os pais foram também convidados a levar seus filhos às reuniões de testemunhos de quartas-feiras à noite para ver como outras pessoas resolviam seus problemas na Ciência Cristã.
Também contaram aos pais quais os serviços que os alunos prestam à Escola Dominical e à igreja. Um rapazinho de 12 anos de idade toca o órgão para a Escola Dominical e nas assembléias realizadas pela igreja. Três alunos da Escola Dominical são membros da igreja filial e seis filiaram-se em A Igreja Mãe. Alguns servem como recepcionistas à entrada da Escola Dominical, ajudam na inscrição de visitantes, atuam como líderes do coro, e como indicadores nas reuniões de quartas-feiras à noite.
Essas são oportunidades que os alunos têm de pôr em uso o que estão aprendendo. E o bom trabalho que fazem são frutíferos. Esses jovens estão orgulhosos de ver que sua sociedade obteve recentemente reconhecimento como Igreja de Cristo, Cientista. Deram sua colaboração para isso e estão imensamente satisfeitos.
Que fazer com respeito aos membros inativos?
Uma filial na Inglaterra tinha certo número de membros que havia muito estavam inativos, e os membros ativos não chegavam a um acordo sobre o que fazer para sanar a situação. Alguns achavam que se devia demitir os membros inativos; outros eram a favor da adoção de medidas disciplinatórias.
A diretoria chegou à decisão unânime de que a ação correta a tomar era amar mais e estender uma mão alentadora.
Em vista disso, foi mandada uma carta a cada membro inativo agradecendo-lhe pelo bom trabalho que fizera no passado e informando-o ao mesmo tempo do progresso presente da igreja. Era na época do Natal, por isso um cartão de boas-festas acompanhou cada carta. A seguir fizeram-se visitas aos membros inativos e estas foram muito apreciadas.
Resultado: Dois membros que estavam para se demitir tanto da igreja filial como de A Igreja Mãe mudaram seu pensamento e enviaram cartas com manifestações de apreço pelo gentil interesse mostrado pela filial. Alguns dos membros ausentes encontravam-se em casas de saúde ou em asilos de velhos e pensavam que ali teriam de permanecer indefinidamente. Em apoio espiritual a esses casos, os membros foram convidados a estudar Atos 12:5–11 (o relato dos companheiros de igreja de Paulo a orar para que ele fosse solto da prisão). Elevando seu próprio pensamento a respeito desses membros, os membros ativos então partilharam os resultados de seu estudo por ocasião de uma reunião especialmente realizada com esse fim. A isso se seguiu que dois membros inativos foram capazes de voltar a seus próprios lares.
Estava quase fora de dúvida que o estender uma mão alentadora e amar mais eram na verdade a coisa certa a fazer.
[Excertos transcritos da coluna “Church in Action” do Christian Science Journal]