Como os salmistas, eu também gostaria de louvar a Deus e relatar uma cura que ocorreu em nossa família.
Meu marido e eu tivemos notícia de uma criança recém-nascida que talvez adotássemos, a qual tinha nascido com os pés tortos, e que, em vista disso, iria requerer cuidados médicos. A funcionária do serviço de bem-estar social sabia que éramos Cientistas Cristãos e que não empregávamos meios da medicina para a cura. Estávamos gratos por ela concordar que a pequenina ficasse sob nossos cuidados, e também dávamos graças por esse desafio. Fomos informados de que os pés da criança estavam engessados e assim ficariam até que ela completasse doze semanas. Após, ela teria de usar botas corretivas.
Na noite que precedeu irmos buscá-la, meu marido e eu oramos para vê-la como filha de Deus, Sua idéia, perfeita e completa em todos os sentidos. Procuramos eliminar de nosso pensamento o quadro limitado pintado pelos médicos. Continuávamos um pouco temerosos do que iríamos encontrar. O seguinte pensamento, contido num pequeno artigo da Sra. Eddy a respeito de “Anjos” nos trouxe grande conforto (Miscellaneous Writings, p. 307): “Nunca peçais para o dia de amanhã: basta o fato de que o Amor divino é socorro sempre presente; e, se esperardes, sem jamais duvidar, tereis, a todo instante, tudo aquilo de que necessitais.” Quão indescritível foi nossa alegria quando nos receberam à porta da casa de saúde, no dia seguinte, com as palavras: “Temos boas notícias para vocês. Tiraram o gesso dos pés da criança mais cedo do que esperávamos.”
Como não tínhamos ainda adotado legalmente a nossa filha, era preciso levá-la regularmente ao hospital para exames. Após várias visitas, o especialista nos avisou que um dos pés precisava ser corrigido. Sugeriu que a operação fosse feita imediatamente, insistindo que essa era a única maneira de curar o pé e evitar a deformação. De acordo com o médico, o problema derivava de uma tensão no dorso do pé, restringindo-lhe o movimento e mantendo-o numa posição anormal. Meu marido e eu compreendemos imediatamente que nos podíamos livrar da tensão em nosso pensamento. Toda vez que íamos ao hospital ficávamos muito tensos, temendo o diagnóstico.
Dessa vez pedimos a ajuda de uma praticista da Ciência Cristã, a qual nos indicou a seguinte passagem (Hebreus 12:12, 13): “Por isso restabelecei as mãos descaídas e os joelhos trôpegos; e fazei caminhos retos para os vossos pés, para que não se extravie o que é manco, antes seja curado.” Disse-nos que para tornar os nossos caminhos retos, tínhamos de remover os obstáculos, tais como os pensamentos obstinados e inflexíveis e a falta de perdão, e abrir caminho para idéias novas e inspiradoras do Cristo, a Verdade. Procuramos realmente fazer isto — expressar gentileza e tranqüilidade; manter-nos calmos e confiantes; apreciar realmente toda a situação; e deixar Deus curar nossa filha. Essa maneira de libertar-nos do problema e confiar em Deus eliminou toda a tensão que sentíramos anteriormente, permitindo que a visita seguinte ao hospital fosse feita com um sentimento alegre e elevado. Não só foi maravilhoso, nessa consulta, ouvir o especialista dizer que já não havia necessidade de operação, mas também ver que sua atitude para conosco havia mudado completamente, expressando ele cordialidade e compreensão.
Em nenhum momento dessa cura houve necessidade do uso das botas corretivas — previamente consideradas necessárias. Com dez meses, nossa filha estava andando e trepando. Hoje, dois anos mais tarde, ela é uma menina ativa, normal em todos os sentidos.
Como posso expressar toda a gratidão que sinto por ter a Ciência Cristã, à qual posso recorrer em ocasiões como essa. Seu modo sanador de abordar as necessidades humanas inspira confiança e expectativa em um bem ilimitado, não importa quão grave possa parecer o quadro material. Sou tão grata por saber que o Cristo, a Verdade, está sempre comigo. Nas palavras de Cristo Jesus (Mateus 28:20): “Eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.”
Chilwell, Nottinghamshire, Inglaterra