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Um lar completo, embora com um só dos pais

Da edição de novembro de 1978 dO Arauto da Ciência Cristã


“Por causa do aumento do índice de divórcios e da ilegitimidade, um número cada vez maior de crianças americanas — uma em cada sete, para ser exato — atualmente vivem separadas de seu pai. E de acordo com um grupo de mulheres economistas, a grande maioria dessas crianças tem de sobreviver sem muita ajuda do progenitor ausente.” The New York Times, 18 de abril de 1977;

Essa frase de jornal evoca a situação aflitiva em que se encontram muitas famílias por todo o mundo. Tanto pais como mães, quando ficam sozinhos para criar os filhos, freqüentemente deparam-se com necessidades imediatas que lhes parecem intransponíveis.

Mas há resposta para tais pessoas. Voltar-se a Deus em oração e encontrar orientação na Mente divina e única; tornar-se conscientes da presença de Deus, que também é o Amor divino, e assim encontrar a tranqüilidade que acalma uma consciência esgotada e a coragem que vence a depressão. “O pobre coração sofredor necessita da nutrição que lhe cabe de direito, tal como a paz, a paciência na tribulação e uma noção inestimável do carinho e da bondade do Pai querido” Ciência e Saúde, pp. 365–366;, escreve a Sra. Eddy em Ciência e Saúde. Esta nutrição nos é dada quando nos volvemos para a fonte de toda a existência verdadeira.

Quando se volta para Deus, o progenitor que ficou só encontra chão mais firme para construir um lar, do que as areias inconstantes das circunstâncias humanas. Esse chão mais firme é a compreensão da natureza espiritual do verdadeiro lar e da família. A Ciência Cristã nos ensina que Deus é o único criador, que é Pai e Mãe, o único genitor do homem. Ele é Amor invariável, que terna e constantemente cuida de Seus filhos, Sua família de idéias divinas. A Sra. Eddy revela que tudo o que Deus cria nunca pode ser separado de sua fonte divina e perfeita. Escreve: “Se alguma vez tivesse havido um momento em que o homem não expressasse a perfeição divina, então teria havido um momento em que o homem não teria expressado Deus, e, por conseguinte, um momento em que a Divindade teria deixado de ser expressa — isto é, teria ficado sem entidade.” ibid., p. 470; A relação inseparável que têm todas as identidades espirituais para com Deus, relação na qual nenhuma pode perder sequer um til de sua perfeição, une a família divina e a mantém intacta; e uma vez que Deus é Tudo, nada contrário a Deus existe para alguma vez quebrar essa unidade!

Mas o que é que isso tem a ver com a minha terrível situação? poderá alguém perguntar. Isto: que à medida que a pessoa alcança o sentido espiritual de família e lar, a Verdade divina provê tudo o que é certo e necessário para sua família humana e seu lar, e também a habilita a cumprir melhor com suas responsabilidades de pai ou mãe humanos.

O fato de que muitos lares nos quais há pai e mãe carecem de bom ambiente familiar mostra que tal ambiente não está assegurado pela presença física de ambos, marido e mulher. E só na medida em que nosso conceito de lar e família estiver baseado no reconhecimento da presença, do poder e da atividade das qualidades de Deus refletidas no homem — qualidades como amor, alegria, ordem e força — é que nosso lar e família humanos começam a vivenciar o que é divinamente verdadeiro.

Normalmente falamos em nós e nossos filhos como tendo diversas necessidades. Mas a Ciência Cristã explica que o homem não é um ser físico que tem necessidades, mas uma consciência espiritual individual que reflete o que é Divino e suas qualidades. Por isso nós e nossos filhos, sendo em realidade idéias de Deus, refletimos essas qualidades que se originam da Mente e por ela são mantidas, e não têm sua fonte em pais humanos.

Nenhum dos pais precisa lutar sob o peso humano de julgar que ele ou ela sozinhos de alguma forma deve tornar a família completa. Mas é privilégio daquele que ficou só, reivindicar que tudo quanto é essencial para que sua família esteja completa já se acha presente na consciência espiritual de seus membros e portanto pode ser expressado agora. Quando se apega a esse fato — isto é, quando individualmente um dos pais se eleva à essa consciência — não pode haver falta, quer em finanças quer em termos das qualidades de Deus expressas no lar. Não há características divinas que sejam privilégio de um só dos sexos, embora o papel que cada indivíduo desempenha no cenário humano esteja bem delineado pelos costumes. A Sra. Eddy escreve: “Ambos os sexos deveriam ser afetuosos, puros, ternos e fortes.” Ciência e Saúde, p. 57;

À medida que o pensamento humano aceita e utiliza as qualidades espirituais que nosso Pai-Mãe Deus já deu a todos, o caminho se abrirá e as soluções aparecerão. A terna história bíblica de Rute ilustra esse fato. Rute voltou com Noemi, sua sogra, para a terra natal de Noemi porque sentia amor e senso de responsabilidade para com a sogra. Se Rute tivesse pensado apenas em si e em suas necessidades, provavelmente teria ficado em seu próprio país, conforme Noemi lhe aconselhara ficar. Mas em vez disso Rute seguiu a orientação de Deus de dar o que podia — nesse caso, seu amor. Muito antes de Boaz casar com ela, observara ele sua generosidade de espírito, e disse: “O Senhor retribua o teu feito, e seja cumprida a tua recompensa do Senhor Deus de Israel, sob cujas asas vieste buscar refúgio.” Rute 2:12.

Grande parte da solução de qualquer problema humano surge quando paramos de pensar no que parecem ser nossas necessidades e começamos a expressar o que já é divinamente nosso para partilhar. Conquanto esse caminho talvez não convença a quem ainda não o tentou, ele é básico para a demonstração da Ciência Cristã. Sempre, nossa única necessidade real é a de afastar o pensamento do quadro material de penúria, ou doença, ou discórdia e reconhecer a presença de Deus e Seu Cristo, o homem ideal, e tudo o que este reflete da substância divina.

Quando eu era adolescente, mas ainda não estudante da Ciência Cristã, ficava impressionado pela alegria e domínio que duas famílias da nossa comunidade expressavam. As crianças em ambas as famílias tinham sido criadas em circunstâncias modestas, sem a presença do pai. Alguns anos depois, quando conheci melhor as famílias e depois que comecei a estudar Ciência Cristã, compreendi que ambas as famílias, inclusive os filhos, felizes e ativos, alcançaram esse domínio apoiando-se nas verdades que tinham aprendido na Ciência Cristã.

As exigências feitas por algumas circunstâncias humanas põem à prova o nosso caráter. Mas, em última análise, há uma bênção em qualquer experiência que nos faz confiar com maior dedicação em Deus, quando se substitui a dependência de determinadas coisas materiais pela confiança no bem espiritual. Trazer à luz em nosso lar algo da inteireza da família das idéias de Deus, que refletem Suas qualidades espirituais, suprirá o que é humanamente o melhor, como no caso de Rute. Este Deus sob cujas asas também podemos buscar refúgio já provê com abundância para nós — e nossas famílias.

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