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Deus indica-nos o caminho

Da edição de novembro de 1978 dO Arauto da Ciência Cristã


Anunciando o trovão a aproximação de uma tempestade, o braço da mãe se estendeu para trazer para junto de si a filhinha. Em seguida, dando-se conta de que uma criança das redondezas não parecia nem um pouco perturbada, a mãe perguntou: “Não está com medo?” A que a criança respondeu com uma convicção de impressionar: “Não! Deus é Amor e Ele nunca deixa que alguma coisa nos cause dano.” Indagando mais, soube que a criança freqüentava uma Escola Dominical da Ciência CristãChristian Science (kris’tiann sai’ennss).

Não muito depois, a mãe foi informada pelos médicos estar com um tumor uterino, e que lhe era recomendado submeter-se imediatamente a uma operação cirúrgica. Lembrando-se do que sua pequena vizinha dissera, a mãe pediu emprestado um exemplar do livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras de autoria de Mary Baker Eddy. Lendo e ponderando em espírito de oração a mensagem dele, foi ela inteiramente curada do tumor — cura que mais tarde foi atestada pelos seus exmédicos. Com gratidão tornou-se estudante devotada de Ciência Cristã.

A mãe em causa era minha mãe. Com o passar dos anos sinto-me cada vez mais grata por Deus haver indicado o caminho a minha mãe. É da natureza de Deus amar — livrar-nos e orientar-nos. Mamãe constatou que Ele lhe havia atendido amavelmente a necessidade antes que ela tivesse tido conhecimento dela; Ele atendera antes que ela chamasse.

Onde quer que estejamos, Deus está, e Seu braço, como o de minha mãe naquele dia distante, está estendido para proteger. Não importa o lugar em que nos encontramos, não importam os aparentes obstáculos ou as condições, Deus tem amor por nós e está pronto para indicar-nos o caminho rumo ao Espírito — o caminho que libera e ilumina. É um caminho que abençoa tanto espiritual como humanamente. Como encontrar o caminho e avançar por ele é tão individual como nós o somos. Contudo, o nosso progresso está na proporção de nossa disposição de escutar e de aprender. As recompensas vêem na proporção de nossa dedicação e de nossa demonstração.

Algumas pessoas encontram o caminho depois de diligente busca por uma melhor compreensão de Deus e da relação que há entre Ele e o homem. Um número maior, talvez, em horas difíceis é que se lança em busca do caminho que a Ele conduz. Jeremias clamou: “Eu sei, ó Senhor, que não cabe ao homem determinar o seu caminho, nem ao que caminha o dirigir os seus passos.” Jeremias 10:23;

Com demasiada freqüência o “que caminha” na existência humana não consegue encontrar resposta às perguntas que tem, nem resolver os seus problemas. Ignorantes da presença de Deus e de Sua natureza, talvez permitimos que conceitos errôneos sobre a vida, a inteligência, a substância e a identidade nos levem a horas de luta. Mas a Sra. Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, assegura-nos: “As aflições são provas da solicitude de Deus.” Ciência e Saúde, p. 66;

Às vezes há quem dê a uma provação ou experiência difícil o crédito por seu crescimento espiritual. Deus é sempre a fonte do bem. Ele não cria o mal nem envia-nos o mal; Ele não precisa do mal nem dele se vale para fazer com que despertemos para o bem que Lhe é inerente. No entanto é muitíssimas vezes em horas de provações que sentimos mais agudamente a fraqueza humana. Quando o intelecto falha, quando as pessoas são inadequadas, quando os meios materiais são ineficazes, estamos mais dispostos a buscar a prova da solicitude de Deus, tal como a criança indefesa busca a proteção de seus queridos genitores.

Toda cura realizada por Cristo Jesus provou que somos, em realidade, entes espirituais — identificados com o Espírito e não com a matéria. O poder de Deus se manifesta em forças espirituais irresistíveis. Desperta-nos para a nossa espiritualidade, e lhe correspondemos — mais cedo ou mais tarde: mais cedo, quando confiadamente deixamos que Ele nos atraia para Si, quando escutamos com esperança e aprendemos com rapidez; mais tarde, quando relutamos em nos afastar da dependência pessoal, das opiniões pessoais, das amizades pessoais e das metas pessoais. O que teriam perdido os discípulos se houvessem se atido aos modos de pensar tradicionais — se tivessem teimosamente se apegado a lugares, atividades e relações conhecidas e seguras e não houvessem seguido Jesus, reconhecendo humildemente a autoridade divina desta declaração: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.” João 14:6;

A correção imposta pelo Amor divino não é punição, mas prova das energias vivificadoras do Espírito; é a atividade do Princípio da perfeição suscitando a perfeição e a inteireza de cada um de nós, como manifestação de Deus.

A disciplina requerida pelo aprendizado impõe grandes exigências, mas estas exigências, quando satisfeitas, garantem-nos o progresso rumo ao Espírito. Por exemplo, alguns amigos disseram a uma Cientista Cristã que certa pessoa, que ela pensava ser sua querida amiga, fazia comentários desairosos a seu respeito. Enquanto outros manifestavam incredulidade e consternação, a estudante viu que não poderia lidar com a situação humanamente, ainda que as acusações fossem totalmente infundadas.

Ao se voltar em oração a Deus buscando Sua ajuda, foi levada ao seguinte trecho de Ciência e Saúde: “Ser-te-ia a existência, sem amigos pessoais, um vazio? Virá então a ocasião em que estarás solitário e privado de simpatia; esse aparente vácuo, porém, já está preenchido pelo Amor divino. Quando chegar essa hora de desenvolvimento, ainda que te apegues a um sentido de alegrias pessoais, o Amor espiritual te forçará a aceitar o que melhor promover teu crescimento. Os amigos te trairão e os inimigos te caluniarão, até que a lição seja suficiente para te sublimar; pois ‘a extrema necessidade do homem é a oportunidade de Deus’.” E a Sra. Eddy conclui esse parágrafo dizendo: “O Amor universal é o caminho divino na Ciência Cristã.” Ciência e Saúde, p. 266;

O sentimento de estar sendo vitimada desapareceu à medida que a estudante passou a ver que o Amor estava promovendo o seu crescimento. Gradativamente lhe foi ficando aparente que costumava depender demasiado de pessoas e pouquíssimo de Deus. Havia sentido necessidade do consolo dos amigos, havia-se confiado a eles com o fim de divertir-se, havia-se valido deles para afastar o terror de estar sozinha e havia ansiado pelo assentimento e a aprovação deles.

Deus é nosso amigo eterno, onipresente. Reconhecendo que Ele é a Mente única, a estudante pôde ver a falsidade da crença em muitas mentes — que enganam ou são enganadas, aprovam ou desaprovam. Como somos idéias Suas, existimos na Mente divina, somos por Deus julgados, e perenemente amados pela Mente divina, o Amor.

Pouco depois a Cientista Cristã recebeu diversas cartas com pedidos de desculpa — sendo que uma delas chegou oito anos após a experiência. O autor lhe pedia desculpas por se ter deixado enganar. O nosso perdão faz-se sempre necessário. Precisamos também saber, porém, que Deus perdoa por destruir o que está errado em cada um de nós.

Essa foi uma gloriosa lição porque, na medida em que abandonava a preocupação com o amor pessoal, a Cientista Cristã passou a reconhecer a bênção que é o amor universal de Deus. Tinha sido forçada a abandonar um sentido pessoal e limitado de amor e começou a ser cada vez mais grata pelo Amor universal que a todos ministra, protege e provê em toda parte. Ao identificar os outros cada vez mais com o perfeito Amor, encontrou mais e maiores ocasiões de abençoar a humanidade e ao saber que seu amor era o amor de Deus refletido, constatou que suas orações pelos outros iam ficando cada vez mais eficazes e que suas orações em prol do mundo eram mais inspiradas e englobavam a todos. O Amor lhe estava indicando o caminho do Amor. Em Unity of Good de autoria da Sra. Eddy encontramos escrito: “ ‘O caminho’, no Espírito, é ‘o caminho’ da Vida, da Verdade e do Amor, redimindo-nos do falso sentido da carne e das feridas que acarreta. Esse tríplice Messias revela os caminhos autodestrutivos do erro e o caminho vivificante da Verdade.” Un., p. 55.

Pouco a pouco fazemos uma descoberta: o que estivemos coerentemente vendo de modo espiritual pode ser demonstrado coerentemente no âmbito humano. É-nos possível estar certos da devoção a Deus quando oramos primeiro por devoção, em vez de primeiro buscar a demonstração.

É lei do Amor universal que todo o que procura o caminho o acha. Escutando e aprendendo, esforçando-nos para dedicar-nos a Deus e à demonstração do bem de Deus na existência humana, descobrimos que diminui a crença na realidade de uma história pessoal; o único registro com o qual estamos dispostos a nos identificar ou que aspiramos valorizar é o nosso registro do que escutamos e aprendemos, de nossa dedicação e demonstração — a disposição de deixar que Deus nos indique o caminho, e nossa obediência em segui-lo.

Deus guia, dirige e desperta. É-nos possível encontrar oportunidades cada vez maiores de provar a vitalidade e a energia da única Vida divina para sustentar a reivindicação de que o bem é eterno, e conscientemente e cheios de ternura é-nos possível colocar tudo o que existe dentro do amplexo do Amor universal. Esta é a atividade ressuscitadora que nos tira da crença de que somos seres mortais que estão passando por uma experiência mortal e nos põe a caminho do monte da ascensão, aquela consciência pura que é a criação da Mente divina — Deus manifestando-Se a Si mesmo. Esta é a nossa verdadeira identidade, a qual vive para sempre e esta é, portanto, a nossa imortalidade.

Onde quer que estejamos, Deus está onde estamos. Nunca podemos estar separados de Deus, portanto nunca podemos ser separados do Amor. Nunca podemos estar perdidos ou afastarmo-nos de Suas ministrações em nosso caminho, pois Deus nos indica como despertar para o fato de que Ele é Tudo.

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