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Domínio sobre o medo

Da edição de novembro de 1978 dO Arauto da Ciência Cristã


O mundo está sempre descobrindo algum novo perigo e tentando lidar com ele. Não obstante o mundo nada faz quanto ao medo propriamente dito — a emoção interior que treme mais do que qualquer terremoto, flameja mais do que qualquer fogueira, sopra com mais violência do que qualquer vento. Alguns pensadores modernos ensinam que o medo é salutar porque nos adverte do perigo. Por que não aceitar a sabedoria em seu lugar?

Há quatrocentos anos um escritor disse: “Sempre que a consciência ordenar algo, há uma só coisa a temer, isto é, o medo.” Esse pensamento encontrou eco em Montaigne, Bacon, Thoreau e Roosevelt. Mas se a raça humana teve tanto conhecimento disso, por que não fez maior progresso em expulsar o medo? Porque a humanidade não aprendeu o que o medo vem a ser. Enquanto não se conhecer a natureza do inimigo, seus armamentos e o teatro de operações, como é que se poderá ganhar a batalha e, depois, a guerra?

Mas a Ciência Cristã solveu o mistério. Desmascara o medo e mostra exatamente como vencê-lo. A Sra. Eddy resume o medo em poucas palavras: “O medo é uma crença de haver sensação na matéria.” Miscellaneous Writings, p. 93; Isso põe a questão exatamente no crisol da religião, porque, o que vem a ser a matéria senão a negação de que o Espírito é tudo? Cristo Jesus disse claramente: “Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.” João 4:24;

A Sra. Eddy, pela sua descoberta da Ciência do Cristo, deu a toda pessoa a capacidade de cumprir exatamente esse mandamento. É dela a revelação gloriosa de que o Espírito enche todo o espaço, e constitui o homem e o universo, o que não deixa lugar para a matéria. O Espírito é a Alma, o criador das faculdades, ou sentidos, do homem, os quais têm de ser espirituais, portanto a única sensação tem de ser a espiritual. E a Alma é Mente, a qual nunca é a autora de crenças mas unicamente de idéias espirituais, porque a Mente sabe.

Assim as premissas simples aparecem nesta ordem: Tudo é Espírito; não há matéria. Tudo é Alma; não há sensação na matéria. Tudo é Mente; não há crença em matéria ou em sensação na matéria. Conclusão: Não há medo.

Assim a Ciência Cristã disseca objetivamente o medo. Vemos o que ele é e o que fazer com ele, e nosso domínio recém-achado restaura a nossa liberdade original de filhos e filhas de Deus. E pensar que isto é uma experiência religiosa — parte de nossa adoração de Deus como o Tudo-em-tudo! Longe de se basear sobre um arrazoado humano, a destruição do medo é um elemento da cura metafísica na Ciência Cristã. Deus glorificou Seu santo nome à Sra. Eddy, e ela reconhecia no perfeito Amor o Próprio Deus — Deus, o bem absoluto, para quem o mal é desconhecido. Ela elucidou o significado mais profundo do belo pensamento de João: “No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo” 1 João 4:18;, e com essa descoberta o versículo bíblico tornou-se coisa nova na terra. Como não há medo no Amor, em Deus, não há nenhum medo no homem, a semelhança do Amor.

Emerson perguntou argutamente: “Se eu tremo, que importância tem do que tremo?” Ralph Waldo Emerson, “Character,” Essays; De fato! Aquilo de que estamos com medo não tem importância quando o comparamos com o elemento que nos faz ter medo. Qual é — ? A mente mortal. Elimine-se aquilo de que temos medo, e nos sentimos aliviados. Mas será que fizemos qualquer coisa contra aquilo que instiga o medo? Se não o tivermos feito, haverá em breve nova coisa da qual estar com medo. O que fazer, então? O mesmo que faríamos se nosso carro caísse na categoria de “calhambeque”. Desfazermo-nos dele.

Há somente um modo de nos livrarmos da mente mortal: reconhecer que Deus é a Mente única e exclusiva, infinita e eterna. E esta verdade tem um corolário: O de que em realidade não há mente mortal, quer como um diabo ubíquo, quer como uma mente particular, pessoal, em cada mortal. Deus nunca fez mente tal. Será que ela se fez por si só? A Sra. Eddy diz: “Temos provas esmagadoras de que a mente mortal pretende governar cada órgão do corpo mortal. Essa assim chamada mente, porém, é um mito, e por seu próprio consentimento tem de ceder à Verdade.” Ciência e Saúde, pp. 151–152;

Será que isso é possível? Sim, é possível. Milhares de pessoas têm lido Ciência e Saúde e provado que essa mente mitológica se rende à Ciência do Cristo “por seu próprio consentimento”. Isso acontece quando, mediante profunda reverência a Deus, Lhe damos a glória que é dEle como a Mente única e exclusiva. Então fazem-se ouvir salmos de reconhecimento no templo da demonstração.

Quando compreendemos que não temos mentes privativas nossas com as quais ter receios, dominamos as coisas das quais estávamos com receio. Quando expulsamos a pretensa causa da aflição, ficamos livres dos seus efeitos. O único modo de negar com lógica a mente pessoal, que se supõe residir no crânio, consiste em nos compenetrarmos de que Deus é a nossa Mente. Essa Mente não está nem mesmo na sua idéia, quanto menos na matéria.

Uma vez compreendida a totalidade da Mente, ela expulsa o medo porque expulsa aquilo que teme. João disse: “Aquele que teme não é aperfeiçoado no amor.” 1 João 4:18; Mas aquele que é aperfeiçoado no Amor, não teme. E quem é aperfeiçoado no Amor senão o homem espiritual, isto é, a consciência individual, a imagem reflexa de Deus? Esse reflexo verdadeiro é perfeito, não na emoção humana erradamente chamada amor, mas em Deus, que é a Mente única e exclusiva. E essa perfeição demonstrada cumpre o primeiro mandamento.

Todos os “outros deuses” têm de ser negados; mas se por “deuses” queremos dizer mentes, então o que é que estamos fazendo senão expulsando todas as outras mentes que não sejam Deus? Sobre que base? Sobre a base da verdade de que Deus é a Mente que tudo cria, e que para sempre governa aquilo que cria. Assim vemos como é bela a percepção que a Sra. Eddy teve dessa lei. Ao escrever sobre substância divina, diz: “A crença de que o homem tenha qualquer outra substância, ou mente, não é espiritual e transgride o Primeiro Mandamento: Terás um só Deus, uma só Mente.” Ciência e Saúde, p. 301.

Quão perfeito é o equilíbrio entre estas duas afirmações: Não terás outras mentes diante de Mim; terás uma só Mente. Elas repudiam a pretensa existência de todas as outras mentes, simples ou coletivas. Nenhuma mente do lado de fora, da qual ter medo; nenhuma mente dentro, com a qual ter medo. Nenhum órgão mental para pensar na matéria, e nenhuma matéria na qual pensar. Nenhuma mente para crer no mal, e nenhum mal para ser crido.

A Ciência Cristã dissolve as aflições ilusórias da humanidade, expulsando o medo como coisa que não existe, que nunca teve um momento de existência real, pois que o Amor divino enche todo o espaço. Assim o milagre do Amor é revelado como a naturalidade da Verdade, e nunca mais o medo precisa ser temido; pois o mistério do mal se desvanece, perdido no domínio sobre o medo.

A doença não está onde parece estar; não é o que parece ser. Não é uma sensação material ou uma condição corpórea; ela é uma sugestão mental de uma mente mitológica. Coisas iguais a uma mesma coisa são todas iguais umas às outras; quer você a chame dor ou a chame medo: ambas não são outra coisa senão “uma crença de haver sensação na matéria”. E quando isso for eliminado com a nossa compreensão de que a Mente que é nossa Alma e Espírito é tudo, será que sobra alguma coisa diante da qual tremer?

Melhor ainda, será que sobra alguma coisa que possa tremer?

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