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Neutralizando os maus efeitos da transformação social

Da edição de novembro de 1978 dO Arauto da Ciência Cristã


Os sociólogos e outros peritos afirmam que vivemos numa época de intensiva transformação social e advertem que o ritmo da mudança provavelmente há de se acelerar. Muitas vezes julga-se que o esforço dispendido na mudança produz um colapso mental, físico e social. A industrialização, acompanhada da urbanização, está perturbando os padrões tradicionais do modo de viver. Muitos costumes que davam estabilidade à família estão sendo abandonados e em muitos casos atitudes novas e indesejáveis estão se insinuando no vácuo que se abriu.

Mas os maus efeitos da mudança podem ser neutralizados na nossa vivência quando adquirimos uma compreensão mais espiritual de Deus, do homem e da vida. As verdades espiritualmente científicas contribuem para que muitas pessoas permaneçam calmas em face dessas modificações contínuas. Além disso, essas próprias verdades produzem modificações e ajustamentos na cena humana, e seus efeitos finais serão olhados como inteiramente bons.

Os fatos subjacentes da existência são primordialmente espirituais e não materiais. O homem não é um mortal social perseguido por condições estranhas para cujo controle está mal equipado. Ele tem somente uma identidade espiritual, e essa reflete a natureza imutável da Verdade universal, Deus. Nada é mais estabilizável e consolador, quando nos vemos cercados por evidências de uma transformação indesejável, do que compreender que o progresso do homem é inteiramente espiritual. Ele é a manifestação da Mente.

Estaremos realmente sofrendo por causa dos tempos que estão se modificando?

Como a expressão da Mente imutável, o homem de maneira alguma vive segundo o conceito de tempos, quer mutáveis quer outros. A sua existência é tão isenta de temporalidade quanto seu criador eterno. O ser do homem se caracteriza pela continuidade do bem, sem ser fragmentado por experiências desconcertantes. Não está dividido entre um passado desejável, mas aparentemente perdido, um presente confuso e um futuro incerto, ameaçador. Mary Baker Eddy nos anima e dá certeza: “A Mente imortal é Deus, o bem imortal; no qual, segundo as Escrituras, ‘vivemos, e nos movemos, e existimos’. Essa Mente não está, pois, sujeita a crescimento, mudança ou diminuição, mas é a inteligência divina, ou Príncipio, de todo ser real, que mantém o homem para sempre no ciclo rítmico de uma felicidade crescente, como testemunha viva e idéia perpétua do bem inexaurível.” Miscellaneous Writings, pp. 82–83;

Na medida em que dermos boa acolhida a essas realidades divinas no nosso pensamento, estaremos habilitados a nos haver com os tempos em transformação. Regojizamo-nos com a espiritualização e a confiança e esperança que a acompanham. Reconhecemos que o homem de Deus não é vítima de ciclos aflitivos de mudanças sociais relacionadas com a industrialização, a urbanização, a marginalização, porque ele é mantido pela Mente “para sempre no ciclo rítmico de uma felicidade crescente”.

As atitudes em relação ao lar e à família parecem passar por mudanças que muitas pessoas acham demasiado perturbadoras, acreditando que costumes e normas comprovados há séculos foram abandonados em favor de teorias não-testadas e casuais sobre o relacionamento humano. Aborrecemo-nos menos e ajudamos mais quando reconhecemos que o relacionamento primário do homem consiste em sua unidade com Deus. Esse relacionamento perfeito nunca está sujeito a esgotamento, nunca é menos que bem-fazejo. E é a verdade do ser justamente agora. Não precisamos fazer a tentativa de retroceder o relógio social a fim de restabelecer esse relacionamento perfeito, o qual devido à sua natureza divina nunca pode perder-se. Esse relacionamento divino de união não pode dar causa a ansiedade. Pelo contrário, é fonte imorredoura de felicidade e satisfação.

Com a industrialização, muitas pessoas têm de deixar o círculo familiar, muitas vezes ainda bem jovens, a fim de encontrar emprego na cidade ou em cidade estranha. Talvez se sintam solitárias e hostilizadas. Cidades em rápido crescimento apresentam multiplicado o número de pessoas que vivem em ambientes que não lhes são familiares, a par da falta de amigos e de não ter aí parentes a quem possam recorrer para os reconfortar. A verdade espiritual que coopera no ajustamento a essa perturbação social é a de que o círculo da família de idéias espirituais de Deus não tem lado de fora, nem pessoas que estejam fora desse círculo. Todos estão incluídos nele; cada uma dessas idéias lhe é indispensável. Nenhuma idéia espiritual é estranha a esse círculo; a única coisa que é estranha é a pretensão de haver solidão! Porque o homem, a idéia divina da Mente, vive na Mente, nunca se encontra em circunstâncias que não lhe sejam familiares ou onde não seja bem-vindo.

Dessa maneira, os maus efeitos da transformação social podem ser neutralizados e destruídos porque, na Ciência absoluta, esses maus efeitos não têm substância verdadeira ou realidade. Quando deixamos que nossos pensamentos prossigam desde as realidades espirituais de Deus e do homem, adiantamo-nos na convicção curativa de que tudo quanto é negativo e indesejável não é coisa que de fato tenha de ser modificada ou neutralizada, pois o negativo e indesejável nunca foi válido e sempre se excluiu do ser real. Nunca se apresentou em primeiro lugar.

Isso diferencia a Ciência CristãChristian Science (kris’tiann sai’ennss) de outros métodos que lidam com o mau efeito social da transformação — métodos que, embora bem intencionados e humanitários, assentam na premissa errada de existir uma pessoa física num mundo material. Isso limita a viabilidade de suas soluções. Quando muito, esses métodos melhoram proveitosamente alguns aspectos da desarmonia social. Mas a solução metafísica não só diminui e destrói os maus efeitos da transformação mas também eleva o pensamento humano a uma perspectiva mais espiritual. Isso é de valor durável e amplo. Fortalece a base desde a qual todos os problemas — sociais, físicos, financeiros ou quaisquer outros — podem ser solucionados.

Podemos lidar com as mudanças e neutralizar seus efeitos freqüentemente ruins, ao aderir às imutáveis verdades de Deus e do homem, tal como explicadas na Ciência Cristã. Essas verdades curam porque expressam o poder do Cristo, a atividade de Deus, que é tão relevante e eficaz agora como sempre foi. Tal como Jesus prometeu, com referência ao Cristo sempre presente: “Eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.” Mateus 28:20. O Cristo modifica nosso conceito do homem, de nós mesmos e de nosso ambiente, ao relacionar-nos com o Espírito em vez de com a matéria. Essa mudança tem, para o sentido humano, substanciais bons efeitos que não podem ser neutralizados pelas falsas pretensões de que o homem é um mero pontinho a rodopiar numa conjuntura de turbulentas modificações sociais.

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