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O fundamento do bem-estar econômico

Da edição de fevereiro de 1979 dO Arauto da Ciência Cristã


Quando lemos a respeito de lutas e ameaças de guerra, de fome, pobreza e escassez de energia, é bom nos lembrarmos de um fato espiritual simples e básico: na verdade, todos temos um criador em comum — Deus.

Parece que somos uma raça de mortais beligerantes que disputam escassos recursos materiais e lutam por eles. O fato espiritual, porém, é que todos somos filhos de um Deus infinito e que cada um de nós é o reflexo espiritual da bondade ilimitada de Deus.

É-nos possível demonstrar esse fato espiritual à medida que o compreendemos mediante a oração — e o vivemos. À medida que o fazemos, estamos auxiliando a que se manifeste mais do abundante bem para nós e para toda a humanidade.

Que oportunidade maravilhosa! À medida que percebemos e comprovamos que em realidade todos dispomos de uma mesma fonte, uma Mente, um Ego, estamos auxiliando a despertar a humanidade do pesadelo de guerra e escassez, para a realidade divina de paz e fraternidade sob o governo de Deus. Isaías assim profetizou: “Converterão as suas espadas em relhas de arados, e suas lanças em podadeiras: uma nação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra.”  Isaías 2:4;

Não perceberão os historiadores, ao voltarem-se para a nossa era, um afastamento definitivo, evidente e gradativo da confrontação militar e uma cooperação econômico-comercial como a prioridade mais importante dos mais destacados governos do mundo? Isso não significa que as guerras e as ameaças de guerras foram eliminadas do mundo. Os elementos do pensamento mortal — o temor, a luxúria, a ganância, o egoísmo, o instinto animal de conquistar e matar — precisam ser enfrentados sem temor e deve-se provar que são irreais, mediante a compreensão do poder absoluto de Deus, do bem interminável. Conquanto a ameaça de guerra nuclear tenha reduzido as formas mais agressivas de confrontação entre as nações, ainda assim precisamos enfrentar os elementos belicosos da mente mortal, elementos que estão assumindo formas mais sutis e às vezes mais traiçoeiras.

Mais e mais, porém, os assuntos econômicos estão substituindo a confrontação militar como a principal preocupação dos governos. Precisamos apenas analisar a agenda de assuntos internacionais para compreendermos a magnitude e o ímpeto dessa mudança: como economizar gasolina e petróleo, descobrir novas fontes de energia, controlar a inflação, estimular sólido crescimento econômico, criar novos empregos, elevar o nível e a qualidade de vida, eliminar a fome, fortalecer o sistema monetário internacional, diminuir a distância entre os países industrializados e as nações em desenvolvimento e assim por diante.

É de suma importância compreender que Deus, o Amor infinito, é a fonte de todo progresso econômico verdadeiro. A economia do Amor é a única e absoluta realidade — o Amor enriquecendo o homem, o Amor concedendo eternamente ao homem tudo o que este necessita. À medida que percebemos essa realidade divina e obedecemos ao novo mandamento de Cristo Jesus: “Que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros”  João 13:34;, o quadro humano terá que coincidir com a economia divina. Veremos então o Amor suprir as necessidades da humanidade. A Sra. Eddy escreve: “O Amor divino sempre satisfez e sempre satisfará a toda necessidade humana. Não é justo imaginar que Jesus tenha demonstrado o poder divino de curar somente para um número seleto de pessoas ou para um período de tempo limitado, porque a toda a humanidade e a toda hora, o Amor divino propicia todo o bem.” Ciência e Saúde, p. 494;

“Que vos ameis uns aos outros” é a essência da regra áurea para o comércio e a indústria mundiais. Consiste no ideal de prestar serviço abnegado, de cumprir o nosso destino mediante a dedicada missão de suprir a necessidade de nosso irmão. “Os ricos em espírito”, diz a Sra. Eddy, “ajudam os pobres numa grande fraternidade, em que todos têm o mesmo Princípio, ou Pai; e bem-aventurado é aquele homem que vê a necessidade de seu irmão e a satisfaz, buscando o seu próprio bem no bem que proporciona a outrem.” ibid., p. 518;

Os negócios internacionais se constituem num laboratório em que o cristianismo pode ser praticado, no qual qualidades divinas tais como energia, criatividade, amor, compreensão, inteligência, disciplina e orientação podem ser expressadas. Condenar o mundo dos negócios por algumas atitudes corruptas e egoístas de parte de alguns homens de negócios seria o mesmo que condenar o cristianismo por causa da inquisição espanhola e da caça às bruxas em Salem, nos Estados Unidos, ou condenar a família como instituição por causa da crueldade e infidelidade de alguns maridos e esposas. Visto de forma correta, o verdadeiro negócio é o negócio de Deus, o reflexo de Sua natureza.

Cristo Jesus deu-nos a chave do verdadeiro progresso no mundo econômico e no mundo dos negócios — o espírito do serviço abnegado, que guia nossas energias para longe da ambição material, para a vida orientada espiritualmente, rumo ao crescimento e a grandes realizações. Disse ele: “Quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós, será vosso servo; tal como o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.”  Mateus 20:26–28;

Construir sobre a ambição materialista não é bom negócio quer para indivíduos quer para nações. A torre de Babel há muito que desagregou-se; o espírito do Cristo ainda pulsa como o poder espiritual que forma a base de adequado crescimento e ordem econômicos.

Mediante a Ciência Cristã temos a perpétua oportunidade de auxiliar a sociedade a progredir economicamente. O livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde de autoria da Sra. Eddy, está repleto de orientação. Mostra-nos como penetrar com visão espiritual, assim como Isaías, na escuridão das crenças materiais e encontrar os fatos espirituais de Deus, do homem e da economia. Precisamos penetrar por baixo das aparências ilusórias para encontrar o que realmente está acontecendo, e auxiliar a trazer essa realidade à luz no cenário internacional.

Na verdade encontramos Deus a manter a fraternidade entre todas as Suas idéias, e não o mortal com ódio do mortal; não nações lutando desesperadamente por energia e outros recursos escassos, mas um único Deus, infinitamente bom, que satisfaz a todas as necessidades do homem, sempre; não preconceitos raciais oriundos de conflitos históricos, mas todas as identidades tendo a mesma história espiritual do bem, nascidas do mesmo Pai-Mãe Deus e expressando o Seu amor; não economias em perigo, mas uma economia divina perfeita, governada pela Mente única.

Cada um de nós, ao reconhecer a verdade de Deus e do homem, pode, em sua própria consciência, destruir os erros que clamam por atenção pessoal e mundial. Não precisamos esperar. Podemos saber e provar que a Mente que governa a economia divina governa aqui e agora, mesmo aquela que chamamos de economia humana. Cristo Jesus disse a seus discípulos: “Não dizeis vós que ainda há quatro meses até à ceifa? Eu, porém, vos digo: Erguei os vossos olhos e vede os campos, pois já branquejam para a ceifa.”  João 4:35.

Por onde começamos nosso trabalho? Pela perfeição de Deus e do homem. Não há começo melhor nem mais eficiente.

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