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Um conceito mais elevado de comunidade

Da edição de fevereiro de 1979 dO Arauto da Ciência Cristã


A situação parecia agourenta. Sob certos aspectos parecia um microcosmo dos acontecimentos mundiais. Essa zona no coração da cidade, apenas alguns dias antes, havia explodido numa violenta luta racial. A pilhagem, as bombas flamejantes, o arremesso de pedras, tudo havia desaparecido quase por completo. Mas a raiva e o ressentimento pareciam estar lançando suas teias lá no fundo. Um jornal noticiou: Na suprfície há calma — mas ferve por baixo.

Logo após os distúrbios, certo Cientista Cristão teve de ir a essa comunidade por justos motivos, mas ficou cheio de apreensão. Temia por sua própria segurança. Antecipando problemas, encontrou-os. As pessoas o evitavam ou o tratavam com desdém. Umas poucas até mesmo ameaçaram causar-lhe dano físico. Saiu depressa — desiludido, frustrado e até levando em seu pensamento feias impressões estereotipadas a que antes lhe parecera impossível aferrar-se.

De volta à segurança do próprio lar deu-se conta repentinamente da insensatez da situação. Seu medo e sua ansiedade haviam ido de encontro a outros que abrigavam os temores e as ansiedades deles próprios. Passou a conscientizar-se de que era preciso renovação interior antes de haver possibilidade de mudança exterior.

Voltou o pensamento ao amor fraternal — à união do homem espiritual sob a paternidade de Deus. Acreditava profundamente no que lia na Bíblia: “Todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus.... Dessarte não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.”  Gálatas 3:26, 28;

Largou o temor e a desilusão. Substituiu-os por uma compreensão a respeito de Deus e do homem e pelo alegre reconhecimento da fraternidade dos homens.

Voltou-se então às palavras da Sra. Eddy: “A metafísica reduz as coisas a pensamentos e substitui os objetos dos sentidos pelas idéias da Alma.” Ciência e Saúde, p. 269;

Quais são os conceitos que precisam ser trocados dentro do contexto da inquietação civil, das tensões nacionais, ou da fricção internacional? A guerra, a luta racial, a depressão econômica, a carência social e a desorientação, e os desastres da natureza contam-se entre eles. Estes procedem da pressuposição fundamental de que o homem é um ser material sujeito aos caprichos das supostas leis materiais. Esta pressuposição e os erros que dela procedem, precisam ser erradicados pela verdade fundamental do ser — isto é, que Deus, o Espírito, governa o homem. Isto se consegue mediante a oração e uma convicção duradoura de que o homem é espiritual, de que ele não é a vítima do materialismo mas o recebedor constante dos benefícios oriundos da totalidade e da abundância de seu Pai-Mãe Deus.

O Cientista Cristão voltou pouco depois àquela comunidade. Ela já não era um gueto agitado e em ebulição. Era uma comunidade bem mais calma. Onde antes havia ódio, agora encontrou maior grau de paz e de harmonia. Afavelmente trocou idéias com membros da comunidade a respeito dos problemas. É certo que ainda havia muita necessidade de amplas reformas e de cura. Mas o visitante tinha agora o apoio que lhe dava a base formada pelo pensamento espiritual. E esse estado de espírito era favorável à ajuda e à cura. Via ele a seu irmão do ponto de vista do seu Pai.

A Sra. Eddy escreve: “Um só Deus infinito, o bem, unifica homens e nações; constitui a fraternidade dos homens; põe fim às guerras; cumpre o preceito das Escrituras: ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’....” ibid., p. 340;

Este tipo de fraternidade, sob a terna solicitude de Deus, obviamente não está baseado na materialidade. Não pode ser geograficamente precisado nem politicamente circunscrito. Não é vulnerável a diferenças raciais, nacionais, religiosas, sociais, econômicas, ou quaisquer outras. E assim é porque os filhos de Deus não são mortais pecadores, sujeitos à arbitrariedade de leis materiais de hereditariedade e meioambiente. São idéias espirituais, que habitam harmoniosamente juntas na fraternidade eterna. Sua herança é de domínio, não de luta. Atividade correta enche todo o verdadeiro ser. Vislumbrando tal realidade, encontramos nosso lema neste conselho de Pedro: “Tratai a todos com honra, amai aos irmãos, temei a Deus.”  1 Pedro 2:17;

À medida que o estudante de Ciência Cristã discerne na consciência esta verdadeira comunidade, passa a vivê-la. Não tenta afugentar o mal. Rejeita a premissa errônea de que o homem é mortal, sujeito a dramas trágicos de discórdia humana, e passa a descobrir a realidade subjacente do ser. Substitui um cenário humano fugaz pela verdade do ser segundo a metafísica — Deus perfeito e homem perfeito, coexistentes e eternos.

Aquele que está imbuído desta verdade, não é movido pelos conceitos flutuantes quanto ao governo e às crenças em comunidades decadentes num mundo instável. E é reconfortado pelo mandato da Sra. Eddy: “Mantém-te firme na compreensão de que a Mente divina governa e de que na Ciência o homem reflete o governo de Deus.” Ciência e Saúde, p. 393.

A vasta comunidade de Deus não é nem turbulenta por cima nem ebuliente por baixo. Inclui a paz e o bem-estar. Acha-se aqui — em toda parte — e já nos é possível discernir este fato.

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