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A dimensão moral do intelecto

Da edição de março de 1979 dO Arauto da Ciência Cristã


Todos os estudantes o possuem. Porém, como utilizamos esse intelecto é que pode fazer grande diferença numa vida acadêmica. Freqüentemente nossas percepções do intelecto humano omitem a dimensão moral.

Deveria a ênfase, no trabalho acadêmico, ser posta no acúmulo, na análise, na memorização de montanhas de dados? Dissertações e exames tendem a empurrar-nos contra o nível humano de simplesmente adquirir informações. Esse enfoque abre a porta aos perigos de um tipo de intelectualismo que medra, em benefício de si mesmo, com a mera acumulação e o processamento do conhecimento humano. Quando seguimos esse padrão, o intelecto humano pode transformar-se para nós em uma espécie de deus. Damos-lhe poder e influência — vemo-lo como a fonte da inteligência.

Os estudantes de Ciência Cristã estão aprendendo a abandonar o tipo de intelecto que restringe o precesso de aprendizado a uma assim chamada mente material.

A matéria nunca é inteligente. Deus é Mente — a única inteligência genuína e substancial que existe. O homem é uma idéia da Mente, a expressão eterna da verdadeira inteligência. Quando o Cristo, a Verdade, traz à luz esse fato, encontramos libertação das restrições da mentalidade materialista. Admitir que a inteligência é infinita e que nossa verdadeira consciência é a expressão individualizada da Mente, Deus, traz cura à dúvida e à incerteza, ou à arrogância e ao egotismo, da mente humana. Paulo pôde louvar a “profundidade da riqueza, tanto da sabedoria, como do conhecimento de Deus!” E ainda perguntou: “Quem, pois, conheceu a mente do Senhor?”  Romanos 11:33, 34;

Abandonar a confiança na materialidade é essencial para uma confiança crescente nas capacidades de um intelecto estabelecido na espiritualidade.

Admitir que há só uma Mente e reconhecer que o homem representa a verdadeira inteligência resulta, freqüentemente, em melhor controle sobre nossos estudos, notas mais altas, melhor memória, atividade mais inteligente. Contudo, há grande distância entre as tendências rumo ao intelectualismo materialista e a espiritualidade pura que reconhece só a Mente como a base da inteligência. Às vezes tentamos vencer essa distância mais por desejo de obter boa nota do que por amor sincero pela verdade profunda de que Deus é Mente Mente infinita e ilimitada.

Ao invés de procurar vencer essa distância de um só salto — falhando, às vezes, no intento — podemos utilizar uma dimensão vital do intelecto como ponte. É a dimensão moral, que abrange qualidades de transição como disciplina, humildade, ordem, fidelidade. O desenvolvimento da dimensão moral do intelecto requer algo mais do que orarmos urgentemente quando se aproximam os prazos para entregar os ensaios e os exames finais. Esse aspecto especial do pensamento exige que demos vida consistente a nossas orações — deixando que estas sustentem nossas atividades acadêmicas diárias. Essa dimensão é um modo de pensar e de agir que abrange todo o desenrolar de nosso estudo.

Veja, por exemplo, qualquer matéria de seu currículo atual. Em vez de dar ênfase primordial a um processo de aprendizado mecânico, deixe que seu foco global pouse sobre uma qualidade moral. Talvez esse seja um curso em que sua necessidade elementar seja a de exercitar disciplina. Talvez um curso em particular seja uma oportunidade para aprender a expressar humildade mais profunda. Inspiração pode ser a lição fundamental requerida em outra matéria.

Geralmente, basta pensar um pouco para saber exatamente qual a qualidade moral específica que é necessária num curso. Não seria realmente o conceito subjacente aí o de acrescentar algo a um curso, ao invés de simplesmente tentar extrair algo dele?

Esse enfoque não requer menos trabalho. Pode requerer mais. Certamente requer uma mudança de ênfase no nosso estudo. Exige que ponhamos à prova mais forte, mais profunda e mais regularmente, as verdades metafísicas contidas na Bíblia e nas obras da Sra. Eddy. Desenvolver a dimensão moral do intelecto exige que pratiquemos as qualidades — que as adotemos em nosso modo de vida, especialmente ao se referirem a cursos específicos.

Se formos persistentes e honestos nessa atividade, a natureza moral de nosso intelecto — mesmo se seriamente testada — será desenvolvida e fortalecida. A Sra. Eddy escreve: “Nos conflitos mentais dos mortais e no esforço das lutas intelectuais, a tensão moral é testada, e, se não cede, se fortalece.” Miscellaneous Writings, p. 339.

Pôr nossa ênfase primariamente nos elementos morais em vez de num mero acumular de dados, com certeza não implica sacrificar o aprendizado de informações úteis. Significa um enriquecimento do processo de aprendizagem e uma capacidade ampliada de aprender e reter o que precisamos saber. Em vez de simplesmente recordar um monte de conhecimentos humanos, entretanto, é muito mais provável que lembremos daquela matéria como do tempo em que aprendemos a nos disciplinar; ou o ano em que finalmente descobrimos como estar constantemente alerta e ser receptivos — ou a ter mais apreço, mais perspicácia, ou a ser mais exatos. Tais fatores serão de suma importância na bagagem que levamos conosco quando terminamos o trabalho acadêmico.

É essencial que cruzemos o abismo posto entre a intelectualidade baseada na matéria e o reconhecimento de que a Mente é toda sábia — a única consciência perfeita e divina. A dimensão moral do intelecto é a ponte natural e apropriada que dá à nossa viagem para o outro lado significado e recompensa a longo prazo.

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