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Melhorando a qualidade de vida

Da edição de março de 1979 dO Arauto da Ciência Cristã


Assuntos que se relacionam com a qualidade de vida estão sendo comentados como nunca dantes. “A ‘qualidade de vida’ é uma frase que enche a boca,” foi o que li recentemente, “mas no seu âmago ela não diz respeito ao preço de homens e mulheres, e sim ao valor deles; os homens deveriam ser pesados, e não contados. É coisa lamentável que a frase ‘padrão de vida’ se refira somente aos despojos.”  Fred Inglis em New Statesman, 19 de agosto de 1977, p. 230;

O meio eficiente de produzir a necessária melhoria na qualidade da vida não consiste simplesmente em aumentar a quantidade dos bens disponíveis, ou a quantidade de regulamentações do governo que dizem respeito ao comportamento das indústrias, dos indivíduos ou da sociedade. Consiste em melhorar a qualidade do pensamento. Somente quando isso estiver sendo feito é que os bens mais úteis e necessários serão produzidos e as leis mais eficientes e construtivas decretadas.

Que vem a ser o pensamento de alta qualidade? É o pensamento baseado na compreensão de que Deus é a única Vida, que Deus é supremo, único, inigualável, perfeito, Tudo. Somente ao compreender o que a vida é em essência — a manifestação e a atividade da Vida divina — é que se deita o alicerce firme em que se pode confiar para sustentar os esforços de melhorar a sorte dos seres humanos. O ponto de vista comum sobre a vida é que ela tem começo e fim, que se encontra na matéria, que pode incluir limitação e miséria. Na Ciência Cristã
Christian Science (kris’tiann sai’ennss), o homem como verdadeira expressão da Vida divina é governado somente pela Vida e serve aos propósitos que a Vida tem de expressar a si mesma.

Uma vez que as leis da Vida são universais, todo indivíduo tem acesso a elas. E nenhuma aplicação individual delas pode ser prejudicial à aplicação que outra pessoa delas fizer. O ser real é íntegro, nunca fragmentado. As idéias e ações da Vida divina estão eternamente coordenadas e são concordantes. São coesivas. O homem e o universo são o efeito da Vida incorpórea, suprema, e nunca estão em conflito. A afirmação de que “o Deus vivo” é a fonte do bem ilimitável — que Ele é o bem ilimitável — acha-se tecida como fio contínuo de malha através da Bíblia. Essa verdade está se evidenciando em certo grau, à medida que mais amplamente se admite que “os bens” não são a mesma coisa que “o bem”.

A multiplicação de posses não se equaciona com o aumento da alegria e da satisfação. Estas últimas provêm da Vida divina. Só podem ser encontradas na Vida. Procurá-las na matéria certamente termina em desilusão. Dirigiremos com mais êxito os nossos esforços para melhorar os homens e sua sorte quando melhorarmos a nossa compreensão da Vida divina e de sua idéia. A Vida, a Mente, expressa-se por si mesma e é oni-ativa. Não há limites para o “crescimento” — isto é, para o desdobramento — da Vida divina. Ela é perfeita em qualidade, infinita em quantidade. “A Mente produz ou então é produzida”, diz Mary Baker Eddy em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras. “Se a Mente é a primeira, não pode produzir seu oposto em qualidade e quantidade, chamado matéria.” Ciência e Saúde, p. 551; Hoje em dia, o afastar-se da quantidade material e a crescente percepção da importância que a qualidade mais elevada exerce são movimentos na direção certa.

Um livro popular que apela para a tecnologia média intitula-se O pequeno é belo ver E. F. Schumacher, Small Is Beautiful (Nova Iorque: Harper & Row, 1974).. Sem tomar em consideração os argumentos sociais e econômicos pró ou contra esse conceito como a uma coisa que dá realce à vida, o ponto de vista da Ciência Cristã é que aquilo que é espiritualmente infinito é muitíssimo mais belo do que aquilo que é materialmente pequeno ou grande, seja qual for seu aspecto ou forma. Nenhuma nova coordenação ou reestruturação da vivência material — não importa o modo compadecido ou engenhoso ou profuso com que tiver sido aplicada — poderá jamais igualar a substituição de nosso conceito sobre a vida como sendo material e confinada na matéria, pela convicção espiritual de que a Vida é Deus, e que a totalidade da Vida exclui a matéria como realidade.

Uma pergunta que necessita atenção muito maior é esta: Como é que o homem, a idéia divina de Deus, se relaciona com Deus? Tal pergunta exige muito mais que concentremos nossa preocupação nela, do que nesta outra: Como é que a humanidade se relaciona com seu ambiente natural? Na proporção em que a pergunta anterior transcender a posterior, e que a humanidade chegar a saber que o ser do homem é inteiramente espiritual e está em unidade com Deus, a qualidade de nossa vivência melhorará. Quando baseamos o raciocínio num chão espiritual, podemos ajudar a melhorar a vida muito além das mais extravagantes concepções baseadas apenas em possibilidades materiais.

Não importa qual seja nosso modo de vida atual, nossa situação presente, ou a condição de nosso ambiente, podemos melhorar o padrão do nosso pensamento, agora já. Assim elevaremos o nosso padrão de vida num sentido espiritual muito significativo. Ao compreender a Ciência do Cristo podemos conseguir uma visão permanente da Vida divina como a única Vida. Isto há de ampliar e purificar nossa experiência humana — e contribuirá em muito para o progresso de toda a humanidade.

Não podemos enfrentar esse desafio de maneira leviana ou superficial. Ele apela para a convicção contínua de que vivemos eternamente na Vida divina, como a idéia da Vida. Um sentido de Vida real que, alternativamente, ora vem à tona, ora mergulha na nossa consciência como um golfinho, é de pequeno valor. Mas as possibilidades de um reconhecimento coerente da natureza da Vida real, Deus, e Sua idéia — o homem e o universo — não são apenas enormes: são ilimitadas.

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