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Quando nossa segunda filha estava para nascer, eu sentia que algo...

Da edição de março de 1979 dO Arauto da Ciência Cristã


Quando nossa segunda filha estava para nascer, eu sentia que algo estava errado. Estivera trabalhando em espírito de oração com uma praticista da Ciência Cristã
Christian Science (kris’tiann sai’ennss) durante minha gravidez e ela me havia ajudado a compreender que Deus é quem forma e cria cada um de Seus filhos perfeita e espiritualmente. Esta convicção permitiu-me permanecer calma e confiante. A essa altura, solicitamos à praticista orar e logo o bebê chegou em segurança. Soube mais tarde que a criança se encontrava numa posição muito precária.

Durante a primeira infância, essa mesma filha apresentou retardamento em seu crescimento psico-motor. Embora o caso jamais tenha sido diagnosticado por médicos, ela apresentava os sintomas de uma criança autista. Ficava satisfeita de estar só em seu pequenino mundo e desenvolvia idiossincrasias que a separavam das outras crianças. Com aproximadamente três anos de idade, ainda não havia articulado uma palavra sequer. Também não era normal o estado de seus olhos.

Foi um período de grande provação para mim. Até essa época, tinha tido uma vida alegre e despreocupada. Meu casamento com um marido encantador havia-nos proporcionado uma primeira filha que era extraordinariamente radiante, ativa e ágil no falar. Meu lar feliz parecia estar perdendo muito de sua exuberância.

Um pensamento continuava a me importunar. Por que é que esse problema tinha chegado a mim? Tinha tido instrução primária em Ciência Cristã antes do nascimento dessa criança. Havia lido por inteiro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras por Mary Baker Eddy durante esse período. Lembrava-me de que o meu desejo era o de estudar esse livro mais do que fazer qualquer outra coisa. Foi um tempo maravilhoso de amadurecimento espiritual.

Essa argumentação humana levou-me a perceber minha extrema necessidade. Como Cientista Cristã, sabia que essa era agora a minha maior oportunidade de confiar sem reserva em Deus. Percebi que devia entregar completamente a criança ao Seu infinito cuidado e amor que a tudo envolve.

Durante minha leitura de Ciência e Saúde, fiquei impressionada com a frase (p. 61): “Os descendentes de pais que tenham a mente voltada para as coisas divinas, herdam mais intelecto, mentes mais equilibradas e constituições mais sadias.” Senti-me encorajada a provar a realidade dessa afirmação.

As palavras de Cristo Jesus (Mateus 19:26): “Para Deus tudo é possível”, confortaram-me enormemente. Também, quando perguntaram a Jesus por que certo homem havia nascido cego, ele dispensou qualquer raciocínio humano sobre o assunto e levou o caso direto a Deus. Em sua resposta, não há a preocupação de achar uma causa material. No meu entender, as palavras de Jesus mostram a verdadeira origem espiritual e o estado perfeito e intato do homem — “foi para que se manifestem nele as obras de Deus” (João 9:3).

Comecei a glorificar a Deus cada dia. Fui tornando-me cada vez mais consciente de Sua grandeza e bondade e de minha gratidão para com Ele. Sentia-me grata por saber que, no reino espiritual de Deus, essa criança era Seu reflexo, jamais nascida na matéria, mas dEle conhecida como idéia divina. Sentia-me grata por ter meu marido me animado a resolver esse problema mediante a Ciência Cristã, embora, naquela época, ele não a estivesse estudando ainda. Nenhum de nós ficou tentado a procurar alguma vez a opinião de um médico.

Dois erros em meu pensamento vieram à tona durante esse período de estudo espiritualmente científico. Um era o hábito de comparar a garotinha com a irmã mais velha e com crianças da mesma idade. O outro erro a ser sobrepujado era o flagelo mental: “O que pensarão as pessoas?”

À medida que eu seriamente habituava-me a ver a criança como a plena expressão de Deus, um falso sentido de responsabilidade e de orgulho deixou-me. Uma atitude ultra-suscetível e um estado de defensiva começaram a desaparecer. As opiniões das pessoas e as observações indiscretas já não me deixavam tão angustiada. Sujeitei-me à disciplina de perguntar mentalmente: O que é que Deus está sabendo a respeito dessa criança?

Aconteceu algo interessante. As pessoas pararam de perguntar quantos médicos e quantas clínicas de terapia eu havia consultado. Nossa filha correspondeu à recente iluminação espiritual de minha consciência e começou a melhorar visivelmente.

Pudemos inscrevê-la numa escola maternal. Serei sempre grata à escola e à professora, que era Cientista Cristã. Sob seus cuidados abnegados, nossa filha aprendeu a ajustar-se aos colegas de classe, a ter certa participação em atividades de grupo e a assistir-se em suas necessidades pessoais.

Na passagem de seu quarto aniversário, ela ainda não tinha articulado uma só palavra. Certa tarde, por causa de uma sensação de desespero que me assoberbava, chorei descontroladamente. Se ela jamais chegar a falar, pensei, jamais terá uma experiência escolar normal. Eu estava, naquela ocasião, esperando nosso terceiro nenê e fiquei cheia de medo pela nova criança.

A gravidade do problema incitou-me a chamar imediatamente uma praticista da Ciência Cristã. Com grande percepção da paz e da segurança em vista da onipresença de Deus, ela apontou-me a estória de Moisés, no quarto capítulo do Êxodo. O seguinte diálogo deu-me ânimo além do que podem minhas próprias palavras expressar (Êxodo 4:10–12): “Disse Moisés ao Senhor: Ah! Senhor! eu nunca fui eloqüente ... pois sou pesado de boca e pesado de língua. Respondeu-lhe o Senhor: Quem fez a boca do homem? ... Não sou eu, o Senhor? Vai, pois, agora, e eu serei com a tua boca, e te ensinarei o que hás de falar.”

Ao ponderar o significado espiritual da comunhão de Moisés com Deus, uma grande alteração deu-se em mim. Todo o medo, toda a dúvida me deixaram. Tornei-me consciente da presença de Deus como nunca antes estivera. Senti o poder de Sua infinidade, Sua totalidade absoluta, Sua perfeição, cingir-me a mim e a criança. Sabia que uma experiência divina havia tocado minha consciência humana e que tudo estava bem. Naquele exato momento, compreendi que nossa filhinha estava curada.

Continuei a orar e a meditar. A seguinte afirmação de Ciência e Saúde cimentou a cura para mim (p. 89): “A influência ou ação da Alma confere uma liberdade que explica os fenômenos da improvisação e o fervor de lábios incultos.”

Tudo isso aconteceu nas vésperas do dia de Ação de Graças. Nossa filha começou a usar palavras com naturalidade e com grande entusiasmo dessa época em diante. Não houve empenho, nem esforço laborioso. As palavras simplesmente lhe fluíam. No dia de Ano Novo, o seu vocabulário e a sua pronúncia eram comparáveis aos das crianças de sua faixa etária. No outono seguinte, ela classificou-se para o programa de introdução à leitura em sua classe de jardim de infância.

Todos os vestígios da dificuldade física e mental gradativamente desapareceram. Ela tornou-se excelente estudante, obtendo menções honrosas no curso colegial. Atualmente acha-se cursando a universidade. Enquanto ela ainda estava no curso colegial, logrou passar com facilidade, e sem usar óculos, a parte visual no exame de habilitação para receber a carteira de motorista amadora.

É, pois, de admirar que minha dedicação à Ciência Cristã seja um compromisso para a vida toda? Compreender de certo modo o Princípio divino, Deus, e o Seu poder científico de curar — exemplificado por Cristo Jesus e explanado pela Sra. Eddy em Ciência e Saúde — é o maior tesouro que um indivíduo possa ter. Faz do lar de uma pessoa um verdadeiro céu.


Sou o pai da criança mencionada, e gostaria de testificar a autenticidade dessa cura, que foi realizada exclusivamente através de tratamento pela Ciência Cristã.

Além dessa, tivemos muitas outras demonstrações de cura pela Ciência Cristã em nossa família como resultado da dedicação de minha mulher às verdades curativas dessa religião. Ossos fraturados foram ajustados e curados mediante a oração. Encontramos uma nova diretriz quanto às nossas metas e aos desejos, e a liberação do desejo de fumar e de beber. Estas são apenas algumas poucas bênçãos entre as muitas que nossa família obteve durante os últimos vinte anos.

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