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Reflexões sobre a harmonia conjugal

[Original em português]

Da edição de março de 1979 dO Arauto da Ciência Cristã


O divórcio aí está e muita gente ainda não sabe como encará-lo — se aceitá-lo ou condená-lo. Muitas pessoas ficam a imaginar de que modo serão por ele atingidas.

Ora, a Bíblia diz-nos que o reino dos céus está dentro em nós. Daí, a solução de cada problema só pode ser encontrada dentro em nós, dentro de nossa compreensão de Deus, o Princípio divino que tudo rege em harmonia.

O lar em que reina a harmonia, a pureza, o amor, a ternura, o respeito, a confiança, não pode ser dividido. A alegria não está limitada pelas estações do ano nem pela idade dos que vivem no lar. Como todos somos filhos de Deus, é natural que nos respeitemos mutuamente. No respeito que rendemos ao nosso Criador, por respeitarmos os Seus filhos, reside a segurança do nosso lar. O amor e a confiança mútuas cimentam a unidade espiritual do casal e servem de arca impermeável a navegar com segurança no mar da vida. No livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde, encontra-se a definição que a Sra. Eddy dá de “céu”: “Harmonia; o reino do Espírito; governo pelo Princípio divino; espiritualidade; felicidade; a atmosfera da Alma.” Ciência e Saúde, p. 587;

Como sabemos, a Bíblia afirma que “Deus é amor”  1 João 4:8;. Ora, a Ciência Cristã explica que Ele não só é Amor, como também é Princípio, Alma, Espírito. Disso se pode concluir que no lar em que o Princípio governa — no qual o Espírito reina e se respira a atmosfera da Alma — não há lugar para a discórdia. Ele é na verdade um lugar celestial.

O divórcio é somente o estatuto legal que ratifica uma separação já concretizada — ao menos de um ponto de vista mental. Portanto, ser a favor ou contra o divórcio não é o ponto principal da questão. O que importa mesmo é se nos deixaremos influenciar pelos elementos mortais causadores do divórcio — se deixaremos nossas relações matrimoniais se deteriorarem a tal ponto. Quanto melhor seria que ocupássemos o nosso pensamento em divisar maneiras de manifestar amor e desvelo a todos — inclusive e de um modo todo especial a nosso cônjuge, todavia não nos esquecendo também dos demais membros de nossa família, e, num sentido mais amplo, de nossa comunidade, de toda a humanidade! A Sra. Eddy diz no livro-texto: “O lar é o lugar mais querido da terra, e deveria ser o centro, mas não o limite, dos afetos.” Ciência e Saúde, p. 58;

Se consentirmos que a discórdia, a ociosidade ou a incompreensão grassem em qualquer aspecto de nossa vida, colheremos os frutos dessa nossa omissão. Mas se, pelo contrário, vigiarmos atentamente os nossos pensamentos, as nossas ações, dominarmos o ciúme avassalante e irradiarmos uma atmosfera de amor espiritual, de generosa solicitude, de confiança sincera, estaremos dando nossa colaboração para o bem-estar geral, bem como para o nosso bem-estar.

Precisamos varrer de todo as decepções que tentam se apossar de nós. Então nossas esperanças estarão melhor alicerçadas; teremos expulsado o inimigo que busca destruir-nos e estaremos fortalecendo a amizade verdadeira.

Certa vez, um jovem casal viu-se diante de uma situação que parecia insolúvel. Seu casamento estava à beira da ruína. Tanto a esposa como o marido não fazia muito haviam completado vinte anos, tinham dois filhos pequeninos, e a discórdia aumentava descontroladamente. Nessa época, não havia divórcio no país em que cresceram e no qual viviam. O desquite que a lei oferecia não era uma solução plausível.

Desesperados, os dois recorreram a parentes e amigos em busca de ajuda, mas em vão. Certo dia a situação parecia não ter mais volta. A essa altura os dois se deram conta de que o problema estava neles, e que a eles cabia encontrar a solução. Viram que a ajuda humana lhes havia falhado. Só lhes restava recorrer a Deus.

O marido era Cientista Cristão e na época a esposa ainda não o era, mas havia entre os dois um ponto comum — a Oração do Senhor. Resolveram então que todos os dias rezariam juntos a Oração do Senhor. O problema foi resolvido depois de muita oração — individualmente e juntos — quando já haviam decorrido vários anos. E hoje, celebradas as bodas de prata, às vezes eles olham para trás e recordam-se com gratidão das lições que aprenderam ao superar suas dificuldades com a oração.

Nos casos em que houve separação, os divorciados não precisam condenar-se ao desespero e à infelicidade. Muito pelo contrário. É bom lembrar estas inspiradoras palavras da Sra. Eddy: “As rajadas gélidas da terra podem desarraigar as flores dos afetos e espalhá-las aos ventos, mas essa ruptura dos laços carnais serve para unir o pensamento mais estreitamente a Deus, pois o Amor sustenta o coração em luta, até que este cesse de suspirar por causa do mundo e comece a estender as asas rumo ao céu.” ibid., P. 57.

O reino dos céus está dentro em nós, e a nossa felicidade depende sempre de fazermos uso do bem que já possuímos. O Cristo, a idéia da Verdade, está sempre presente, dizendo-nos de nossa inteireza e satisfação individual na semelhança de Deus, com que podemos erradicar toda mágoa de cada má experiência do passado, viver no presente e dar à nossa vida o rumo que melhor nos parece ser da vontade de Deus.

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