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A religião e o intelectual

Da edição de março de 1979 dO Arauto da Ciência Cristã


Quando eu era estudante na Holanda, que me lembre, nenhum dos meus colegas interessava-se por religião. Nunca a discutíamos, mas acho que o sentimento geral era que havíamos superado a igreja e suas crenças irreais. Não estava a Bíblia cheia de contradições e não lutavam as igrejas umas contra as outras ao mesmo tempo que proclamavam Deus como sendo Amor?

Aparentemente esta atitude ainda está muito difundida. Li num exemplar do Holland Herald  Ver Vol. 8, n° 7, p. 9;: “O último censo na Holanda mostra que o número de pessoas que se declaram sem religião aumentou de 18,3 por cento da população em 1960 para 22,5.”

Primeiro, gostaria de contar o que modificou minha atitude em relação à religião. Um grave problema na coluna, declarado incurável, resultou ser uma bênção disfarçada. Um amigo sugeriu que eu procurasse a Ciência Cristã. Assim fiz, e fui radicalmente curada. Imaginem — eu, que tinha desprezado as curas de Jesus como irracionais e impossíveis — eu mesma fui curada exclusivamente por meios espirituais!

A bênção trazida por esta cura foi que durante ela, abandonei meu preconceito e tornei-me receptiva para ouvir e aprender. Recebi de presente o livro Ciência e Saúde, escrito pela Sra. Eddy, e comecei a lê-lo. Minha primeira descoberta foi que o termo “Deus” não representa um conceito mágico ou misterioso mas significa o bem, o bem absoluto na sua essência. Mais do que tudo, logo compreendi, a minha ignorância do significado da palavra “Deus” fizera com que eu rejeitasse a religião.

Prosseguindo na leitura, achei no Glossário a definição que a Sra. Eddy dá para Deus, parte da qual contém os sete sinônimos de Deus: “Princípio; Mente; Alma; Espírito; Vida; Verdade; Amor.” Ciência e Saúde, p. 587; Estes sinônimos, atraentes para minha maneira moderna de pensar, tornaram-se balizas de esclarecimento e instrumentos com os quais podia trabalhar. Cada um, apresentando ao meu pensamento um aspecto especial da Divindade, tornou-se o ponto de partida para pesquisas e descobertas. Juntos, proporcionaram a substância da minha compreensão crescente de Deus como o Tudo-em-tudo.

Fiquei profundamente interessada. Era fascinante pensar no homem real, perfeito e espiritual, feito à imagem e semelhança do Espírito — isto é, eu e todo mundo — como sendo a expressão direta de Deus e conseqüentemente o receptor do conhecimento espiritual, que é o tesouro da Mente divina. Agora vejo que enquanto me imaginara inteligente demais para acreditar em Deus, estivera negando a própria fonte da minha inteligência. O fato é que os intelectuais precisam compreender a natureza infinita da Mente e sua manifestação a fim de que seus intelectos cheguem à plena floração.

O estudo da Ciência Cristã logo começou a ampliar meus horizontes e a conduzir-me além das limitadas acomodações do conhecimento material. Surgiram novas oportunidades e fui abundantemente abençoada com um lar, com amigos e atividades interessantes.

Em Ciência e Saúde encontramos a declaração: “A Ciência Cristã difere da ciência material, mas nem por isso é menos científica. Ao contrário, a Ciência Cristã é preeminentemente científica, baseando-se na Verdade, o Princípio de toda a ciência.” ibid., pp. 123–124; Não se trata de um sistema de regras e métodos humanamente desenvolvido, com limitações e falhas humanas, mas é a única Ciência baseada na realidade absoluta do ser espiritual, cujas leis não têm máculas e são imutáveis.

Mas o melhor disto é que esta Ciência pura, divina e absoluta não é algo frio nem distante. Na sua aplicação à experiência humana é suave e terna porque apaga as crenças errôneas na existência e no poder da matéria, do mal e das limitações e as conseqüências desastrosas destas ilusões.

Jesus usou seu conhecimento do Espírito todo-poderoso para curar os doentes, pecadores e desalentados. Seu conselho no Sermão do Monte: “Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste”  Mateus 5:48; é científico. Proporcionou curas na época de Cristo Jesus e é a base da cura nos dias de hoje pela aplicação da Ciência Cristã, na qual o imutável e o misericordioso unem-se as mãos.

O que dizer, porém, das contradições que me afastavam da Bíblia? Nos capítulos iniciais do Gênesis está a chave para reconciliar essas contradições. No primeiro capítulo encontramos o registro da imaculada criação divina; seu clímax encontra-se na criação do homem feito à imagem e semelhança de Deus, este proclamado por toda a Bíblia como sendo Espírito. A segunda narrativa procura, por meio de uma alegoria, relatar a origem do mal, percebendo a criação através de uma neblina ilusória que sobe da terra, e descrevendo o homem como criado do pó. A Sra. Eddy escreve: “A Ciência do primeiro relato prova a falsidade do segundo. Se um é verídico, o outro é falso, pois são antagônicos.” Ciência e Saúde, p. 522. “A Ciência do primeiro”! E eu, estudante universitária, pouco ouvira a respeito da criação espiritual perfeita.

A distinção que a Sra. Eddy faz em Ciência e Saúde e em seus outros escritos, entre o verdadeiro homem espiritual criado por Deus e o mortal supostamente criado do pó, esclarece as aparentes contradições da Bíblia. Na luz da Ciência Cristã, vemos um fio consistente correndo através da Bíblia, representando o amadurecimento do conceito de Deus e Seu reflexo eternamente harmonioso, o homem.

Portanto, após minha primeira rejeição da religião como algo bitolado, ilógico e fora de moda, aprendi a amá-la através do estudo da Ciência Cristã. Descobri que era o oposto do que eu pensava. A religião inspirada, como corporificada na Ciência Cristã, não estorva o intelecto humano. Pelo contrário, reconhece a Mente divina como a nossa e abre os portais para um infindável fluxo de idéias. À medida que recebemos estas idéias, estamos mais do que atualizados com a nossa época.

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