Cristo Jesus estendeu amável acolhida a toda humanidade quando disse: “Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.” Mateus 11:28. Jesus, certamente, estava se referindo ao Cristo, o Espírito da Verdade e do Amor, que consola, cura e salva. É privilégio de todos os membros da igreja, não apenas dos que foram nomeados recepcionistas, trabalhar e orar para atingir aquela consciência espiritual que a humanidade reconhecerá como representativa do Cristo, o Consolador, a Ciência divina.
A missão de nossa igreja é a de redimir os homens da crença de que há vida ou mente na matéria com seu exército de pecado, doença e morte, e a de despertá-los para a vida em Deus, curando, assim, os males humanos. E cada membro tem a oportunidade de apoiar essa função mediante oração por nossos cultos.
Jesus sabia que o pensamento elevado ao Cristo é o que atrai as pessoas. Disse: “E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim mesmo.” João 12:32. Quando elevamos nosso pensamento e o conservamos em harmonia com o que é divino, contribuímos para que essa luz crística irradie de nossos cultos e atraia outras pessoas.
Jesus não só atraiu as multidões mas também as curou, porque seu pensamento mantinha-se cônscio da perfeição de Deus, do homem e do universo. Na proporção em que refletimos essa consciência crística, o poder espiritual se evidenciará em curas durante nossos cultos e conferências. E essa atividade de cura atrairá ainda mais pessoas de nossa comunidade.
Ao invés de manter no pensamento as imagens de mortais jovens ou velhos, apresentados pelos sentidos físicos, o recepcionista ora para ver as idéias espirituais e imortais de Deus. Ao invés de pessoas doentes ou sadias, ele se empenha por ver o homem como incorpóreo, saudável, harmonioso, que reflete seu Pai-Mãe Deus. Ao invés de mortais pobres ou ricos, reconhece o homem de Deus, que reflete os recursos infinitos da Alma. Ao invés de mortais amistosos ou inamistosos, esforça-se por ver expressões individualizadas de Deus e de Seu terno amor que tudo engloba. Não pensa em termos de estar vendo estudantes novos ou avançados, mas ora para reconhecê-los como os reflexos espirituais e maduros da Mente onisciente. Não vê freqüentadores assíduos ou irregulares, mas trata de reconhecer os reflexos invariáveis dos atributos de Deus. Não vê estranhos ou estrangeiros, mas “concidadãos dos santos” Efésios 2:19., amados membros da fraternidade do homem.
O magnetismo animal apresenta um quadro negativo e material acerca do homem, mas é uma mentira e tem de ser compreendido como tal — como o nada pretendendo ser alguma coisa. Se esse falso conceito acerca do homem não é destruído por se rejeitá-lo e por se afirmar conscienciosamente a verdade, tal conceito parece agir como lei. Despojamos o magnetismo animal, ou a mente mortal, de seu suposto poder ou efeito quando compreendemos sua falta de base, sua nulidade, e compreendemos que há uma só Mente, Deus, universalmente refletida pelo homem. Em verdade, não existem mentes mortais espalhadas por aí pretendendo negar o Cristo e mantendo a humanidade nas trevas do materialismo e da falsa atração.
O homem reflete Deus e é crístico; assim sendo compreende e ama a Ciência do Cristo em sua plenitude. A luz do Cristo está alcançando a consciência humana por meio da instituição humana, a igreja, e precisamos compreender que, em realidade, nenhuma velha teologia, nenhum materialismo ou teoria médica tem o poder hipnótico de cegar as pessoas à sua união intrínseca com Deus. A Sra. Eddy diz: “Na Ciência, só o Amor divino governa o homem....” Manual de A Igreja Mãe, § 1° do art. 8°. Uma vez que não há “lado de fora” para o Amor divino, cada homem, sendo em verdade uma idéia de Deus, está incluído na Igreja Universal.
Reconhecer esses fatos em oração é o aspecto mais importante da tarefa do recepcionista. Isto se evidencia numa atividade de recepção compassiva. Pois essa não é tarefa puramente mecânica, mas atividade de amor, inspirada por Deus. Quando for reconhecida como tal, não será estereotipada, dura, formal ou fria. Ao contrário, uma acolhida realmente amável se estenderá tanto ao estranho como ao membro e adepto. Todos sentirão o amplexo do Amor divino na calorosa recepção, boas-vindas isentas de uma solicitude demasiada e que repele. É o amor que impele os recepcionistas a prestarem atenção às necessidades e ao conforto das pessoas presentes em nossos cultos. E tal ternura, calor, solicitude e compaixão deveriam distinguir todos os membros das Igrejas de Cristo, Cientistas.
As tarefas mecânicas, tais como abrir a igreja, ficar na posição indicada, conduzir as pessoas aos assentos, recolher e contar a coleta, guardar os hinários e fechar a igreja, também devem ser atendidas adequadamente, é claro; mas isto é secundário em relação à tarefa de servir às pessoas. O dever primário do recepcionista é orar — contemplar a perfeição de Deus e do homem; reconhecer a Igreja de Cristo, Cientista, como a instituição indicada por Deus para trazer à humanidade o Consolador prometido; reconhecer o lugar que ocupa a Sra. Eddy no cumprimento da profecia bíblica; e compreender que o poder sustentador da Igreja é a Mente única universal e seu Cristo, e que não existe antiCristo.
Na porporção em que os recepcionistas e todos os membros da igreja assim orarem e viverem suas orações refletindo o amor de Deus que a tudo abrange, aqueles que estão “cansados e sobrecarregados” serão atraídos à instituição que exemplifica o Consolador, a Ciência divina.
