Muitos acreditam que a vereda de uma pessoa é ditada, mais ou menos, pelo círculo social em que nasceu, pelos traços hereditários, e pela educação moral e intelectual recebida. Algumas pessoas obtêm êxito apesar de grandes limitações e emergem como individualistas totais. Mas, permanece a pergunta: Qual é o caminho certo na vida?
À afirmação de Tomé: “Senhor, não sabemos para onde vais; como saber o caminho?” Cristo Jesus respondeu: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida.” João 14:5, 6. Acaso não significaria o seu esclarecimento que ele se torna o Guia para aqueles que compreendem sua vida? Que devemos obedecer aos seus ensinamentos morais e espirituais e nos empenhar em repetir as suas obras? Tanto a compreensão da vida de Cristo Jesus como a obediência a ela são pré-requisitos para os cristãos, se querem seguir o caminho que leva à realização que é inspirada por Deus.
Podemos comparar nosso caminho na vida com uma excursão rumo a um destino específico. Se não estivermos familiarizados com o caminho, obteremos informações das placas colocadas nos cruzamentos; se não houver placas, ou se estas não derem informação clara, procuraremos a ajuda de um mapa e de uma bússola. Se usarmos esses acessórios inteligentemente e não dependermos de nossas próprias suposições, alcançaremos nossa meta geográfica pelo melhor caminho.
Na vereda da vida, podemos manter diante dos olhos uma meta espiritual, a saber, o verdadeiro ser, o reino de Deus. E o caminho consiste em provar cada vez mais na vida diária que essa realidade divina está sempre presente. Talvez não saibamos ao certo de que modo refletir Deus. Mas a Ciência Cristã oferece-nos preceitos, ou seja, passos específicos. Por exemplo, se os sentidos materiais nos informarem que estamos doentes ou que sofremos um acidente, é nosso direito, é até mesmo nosso dever, negar realidade a tais pretensões, tal como Jesus recusou-se a reconhecer a morte da filha de Jairo como fato real. Sua clara conscientização da realidade espiritual do homem como filho de Deus ressuscitou-a instantaneamente para a vida e a saúde. Ver Marcos 5:22–24, 35–42.
Quanto mais enfaticamente rejeitarmos qualquer pretensão negativa a respeito do homem, percebendo-a como sugestão falsa da mente mortal, e reconhecermos nosso status imortal, ou seja, nosso ser perfeito, tanto mais depressa venceremos tais pretensões com a própria Verdade. Como nosso objetivo final na vida é exclusivamente espiritual, os recursos de que nos valemos para sua consecução devem ser estritamente morais e espirituais. Em certa ocasião, por descuido, derramei cerca de dois litros de água fervente em meus pés. Imediata e peremptoriamente neguei a possibilidade de ter sido acidentada; afirmei que meu ser era incorpóreo, intocado pela matéria. Enxuguei os pés, e dei o caso por encerrado. Não sentia dor, e dentro de meia hora toda vermelhidão tinha desaparecido. Assim, em certa proporção, eu havia provado meu verdadeiro ser como reflexo de Deus. A Sra. Eddy explica em Ciência e Saúde: “Os postes indicadores da Ciência divina mostram o caminho que nosso Mestre palmilhou e exigem dos cristãos a prova que ele deu, em vez de meras profissões de fé.” Ciência e Saúde, p. 242.
Ao longo do caminho há também muita ajuda: as nossas próprias orações humildes, que nos revelam a direção divina; os praticistas da Ciência Cristã, que nos ajudam com oração; o estudo da Bíblia e de nosso livro-texto, Ciência e Saúde; as lições bíblicas no Livrete trimestral da Ciência Cristã.
Quando em excursão, freqüentemente não podemos depender de informações verbais. Aprendemos, igualmente, que até mesmo a informação humana mais bem intencionada (e nossa própria opinião pessoal) sobre o caminho divino a seguir pode conduzir a veredas erradas. Em Provérbios há uma clara referência nesse sentido: “Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas.” Prov. 3:5, 6. A coisa mais importante está em cultivar a boa disposição de nos valermos da ajuda que está ao nosso alcance; então podemos seguir a direção divina. Quantos dentre nós precisamos passar por duras experiências antes de manifestarmos a boa vontade de pôr de lado o orgulho do nosso conhecimento humano sobre a vida material! Precisamos de humildade para valer-nos das inspirativas placas indicadoras. Podemos aprender a aceitar as lições de humildade, e substituir os traços de caráter ímpios pela pureza, pela espiritualidade, pela confiança e pelo amor. A Sra. Eddy nos diz: “A Ciência Cristã ordena ao homem que domine as propensões — que reprima com a bondade o ódio, que vença com a castidade a luxúria, com a caridade a vingança, e que com a honestidade derrote a falsidade.” Ciência e Saúde, p. 405.
Como podemos abandonar essas qualidades desagradáveis? Isto, muitas vezes, implica três fases: admitir que os falsos pensamentos e as falsas ações estão errados; rejeitar a crença de que os erros fazem parte de nosso verdadeiro ser; e reivindicar as qualidades opostas, as qualidades boas, como as únicas que pertencem a nós.
A Sra. Eddy descreve o caminho tão bem: “Queridos Cientistas Cristãos, mantende vossas mentes tão cheias de Verdade e Amor, que o pecado, a doença, e a morte nelas não possam entrar.” The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 210. Quanto mais fielmente prosseguirmos dessa maneira, tanto mais aptos nos tornaremos em bloquear os pensamentos e as ações falsos, e tanto mais depressa alcançaremos a plena prova de que vivemos no reino perfeito de Deus.
