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Alguns anos após haver terminado o curso secundário, eu achava...

Da edição de dezembro de 1984 dO Arauto da Ciência Cristã


Alguns anos após haver terminado o curso secundário, eu achava que minha vida nada prometia. Vivia sozinho e trabalhava como músico itinerante. Além disso, eu estava trilhando uma vereda pouco cristã, na qual não achava respostas às muitas perguntas com que me debatia. Carregava em minha mala um exemplar de Ciência e Saúde de autoria da Sra. Eddy, como se fosse um estojo de primeiros socorros dentro duma caixa de vidro acompanhada dum martelo. Apesar de nunca ler o livro, este estava aí, pronto para ser usado em qualquer emergência.

Quando criança, eu freqüentara a Escola Dominical da Ciência Cristã com regularidade. Mais tarde, porém, o trabalho como músico aos sábados à noite proporcionou-me a desculpa de não levantar a tempo nos domingos de manhã. Eu havia me convencido das verdades simples, mas profundas, da Ciência divina e estava familiarizado com os pensamentos sanadores e reconfortantes de Ciência e Saúde. Quando recomecei a ler o livro, porém, este não se mostrou reconfortante como anteriormente. Alguns dos trechos que li eram perturbadores. À certa altura, cheguei a jogar o livro longe! O “cicio tranqüilo e suave” (1 Reis 19:12), no entanto, ordenou-me que apanhasse o livro, pois o que eu lera era a verdade acerca do ser espiritual, quer eu gostasse dela quer não.

Um ano mais tarde, eu estudava diariamente a lição-sermão constante no Livrete trimestral da Ciência Cristã e freqüentava, com regularidade, uma filial da Igreja de Cristo, Cientista. Durante aquele período, eu me perguntava se deveria ou não abandonar a carreira musical, pois esta parecia estar repleta de imoralidade e tentações. Ao escutar, em espírito de oração, a orientação de Deus, percebi logo a necessidade de enfrentar as crenças maléficas e de curá-las, ao invés de fugir delas. A Bíblia e Ciência e Saúde haviam se tornado meus melhores amigos, proporcionando-me a coragem para confrontar o mal.

Li no livro-texto (p. 99): “As correntes calmas e fortes da verdadeira espiritualidade, cujas manifestações são a saúde, a pureza e a imolação do próprio eu, têm de aprofundar a experiência humana, até que se veja que as crenças da existência material não passam de insolente imposição, e que o pecado, a doença e a morte cedem o lugar, para sempre, à demonstração científica do Espírito divino e ao homem de Deus, homem este espiritual e perfeito.” Essa afirmação foi para mim como um facho luminoso. Dela depreendi o que iria aprofundar minha experiência terrena e mostrar-me o modo de encarar o pecado — como “insolente imposição”. Muitas coisas que antes eram tentações em minha vida passaram a ceder “lugar, para sempre”, ao reinado do Espírito.

Dentro em pouco, tornei-me membro ativo de uma igreja filial e filiei-me a A Igreja Mãe em Boston. Essa filiação protegeu-me grandemente, proporcionando-me companheirismo cristão e ligando minha vida a uma missão de cunho mundial, ao invés de a uma missão pessoal.

Percebo que a decisão de permanecer como músico profissional fez de mim um cristão mais forte, além de preparar meu caminho para o curso universitário. Sem que eu o solicitasse, foi-me oferecida uma bolsa de estudos em música. De início, recusei. Tinha muitos motivos para recusar, sendo o maior deles o de que, durante todos o meus anos escolares, eu fora um aluno com notas abaixo da média. Estava sendo impelido, porém, a um plano mais elevado na minha vida e sentia-me confiante em seguir essa vereda.

Quando prestei o exame de seleção não me saí muito bem e fui colocado numa classe especial de inglês. Alguns anos mais tarde, troquei minha especialização da música para o inglês. Colei grau em inglês, recebendo menção honrosa. Deus não me tornara mais inteligente; eu começara a demonstrar que, como reflexo da Mente divina, o homem criado por Deus expressa com naturalidade a inteligência. Minha participação contínua nas atividades de uma pequena organização universitária da Ciência Cristã auxiliou-me enormemente, mais de uma vez, a prosseguir no caminho que eu percebia ser o indicado por Deus.

Uma confiança ainda mais ampla na orientação de Deus se fez necessária após a formatura. Durante o verão do terceiro ano, após as aulas, minha esposa e eu fizéramos um curso de espanhol no México. Eu voltara para casa com desinteria. A tenacidade do problema indicara-me quão importante era curar o caso por meios espirituais. Após a formatura, dediquei todo o tempo livre ao estudo e à oração. O resultado dessa oração foi a eliminação do falso orgulho que me impedia de solicitar ajuda a um praticista da Ciência Cristã. Eu me vinha dizendo que eu é que deveria cuidar de mim mesmo. Aparentemente eu precisava ceder ao fato de que Deus é o verdadeiro sanador; foi assim que me voltei a alguém que tinha compreensão mais clara desse fato.

Em meio à inspirada oração e ao auxílio diário do praticista, minha esposa e eu passamos a desejar ardentemente voltar ao México. Havíamos lido artigos no jornal The Christian Science Monitor que nos motivaram a prosseguir aprendendo o idioma espanhol. Foi assim que nos candidatamos e fomos escolhidos para dar aulas de inglês a crianças no México.

Três semanas mais tarde estávamos no avião, confiando plenamente em que a casa que deixáramos seria vendida sem demora. O hino n° 148 do Hinário da Ciência Cristã era-nos especialmente importante e o havíamos cantado com freqüência. Nele há estas palavras: “Quem no Amor habita, / Não sente mais temor”; e “Por onde Deus me guia, / Já nada vai faltar.” Cantando e orando, vencemos nossos temores.

Quando fizemos escala em Houston, ficamos sabendo que nossa casa havia sido vendida. Para minha surpresa, porém, eu estava novamente com sintomas de desinteria. Enquanto eu orava para eliminar o medo, passei a confiar na proteção e orientação de Deus. Continuamente voltava-me para esta promessa do Salmo vinte e três: “Preparas-me uma mesa na presença dos meus adversários.” Eu sabia que, apesar de atribuírem-se à comida os sintomas que me perturbavam, a comida não era minha inimiga. Eu estava sofrendo da crença de que há algo “fora do homem que, entrando nele, o possa contaminar” (Marcos 7:15). Cristo Jesus refutara tais crenças, e eu sabia que poderia fazer o mesmo. No segundo dia de estar no México, fui curado dessa mais recente manifestação de desinteria. A cura foi notável e mostrou-se permanente. Minha esposa e eu estamos agora lecionando pelo terceiro ano, regozijando-nos com boa saúde, a qual sabemos ser dádiva de Deus. Continuo também a ensinar e a compor música.

Percebo que minha vida está cheia de momentos em que fica evidenciado como Deus, a Mente divina, nos protege e guia, quando buscamos as idéias corretas que Deus provê.

Meu coração transborda de gratidão por minha mãe, cuja vida cristã tem inspirado a minha, e por meu paciente pai, que apóia meus esforços. Também expresso minha gratidão pelo Curso Primário de Ciência Cristã. Essa instrução tornou-me mais alerta à forma de modelar a vida pelo exemplo de Cristo Jesus, e de reconhecer mais amplamente o lugar da Sra. Eddy como Descobridora e Fundadora desta maravilhosa e prática Ciência do Cristo.


Com alegria confirmo o testemunho de meu esposo. A cura de desinteria, a que ele se referiu, ocorreu conforme relatou. Sentimo-nos profundamente gratos pela orientação divina em nossa mudança para o México. A rápida conclusão da venda de nossa casa deu prova definitiva da lei divina da harmonia. Estamos gratos por todas as bênçãos que recebemos graças ao estudo e à prática da Ciência Cristã.

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