O crime internacional infesta o mundo da arqueologia. Saques egoísticos de antiguidades insubstituíveis estão devastando várias escavações famosas. Na região do Caribe, muitas ilhas maravilhosas estão sendo varridas pelo tráfico ilegal de drogas multimilionário que passa por elas rumo ao Norte, deixando destruição e morte em seu rastro. Essas são apenas duas entre as muitas notícias desarmoniosas recentes e mostram quão ampla é a atividade criminosa mundial.
O crime no mundo é problema de todos. Virar-lhe as costas em apatia é aquiescer com o roubo de nossa própria e valiosa paz de espírito. Haverá algo de significativo que uma pessoa possa fazer para ajudar a corrigir essa atividade insidiosa? A oração fervorosa é a arma mais potente que a humanidade possui contra toda ação má. Fazer afirmações regulares, e perspicazes, de que Deus exerce controle supremo sobre o homem, e viver essa oração na prática do cristianismo autêntico, são armas que cada pessoa tem à mão para refrear o crime.
Todo crime é pecado porque é uma mentira sobre Deus e o homem que Deus criou. O homem é a própria imagem pura de Deus, expressando ternura e autoridade divinas; não é um ente material desajustado. Não temos de, inadvertidamente, tornar-nos parte do problema que desejamos sanar, por admitirmos que Deus tenha feito o homem capaz de ser perverso.
A oração eficaz reconhece a inocência de todos os filhos do Pai, inclusive nós próprios. De fato, a boa maneira de orar para curar o crime no mundo começa, paradoxalmente, conosco. Como diz Cristo Jesus: “Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio?... Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho e então verás claramente para tirar o argueiro do olho de teu irmão.” Mateus 7:3, 5.
Já que a criminalidade é uma questão que envolve perda de integridade, é crucial que refutemos qualquer tendência desonesta em nosso próprio pensamento, não importa quão insignificante pareça ser. Percebendo que não é a tentação, mas o ceder à tentação o que constitui o pecado, podemos empenhar-nos lealmente em praticar honestidade rigorosa em pensamento e ação — e, então, viver em conformidade com isso, a cada dia. A Sra. Eddy escreve: “Nossa própria visão precisa estar clara para abrirmos os olhos de outros, senão o cego guiará outro cego e ambos cairão.” Miscellaneous Writings, p. 211.
Praticar a integridade e identificar os outros com ela não é difícil, quando reconhecemos na integridade uma qualidade de Deus. E porque o homem, como Deus o fez, não é um mortal, mas uma idéia espiritual e perfeita da Mente, ou Deus, o homem não inclui tendências criminosas. Mas essa verdade eterna tem de ser demonstrada.
Nossos irmãos que se encontram enredados em atos criminosos são as próprias vítimas. Nossas orações têm de ser motivadas por pura compaixão, se quisermos ajudar a aliviar o fardo do sofrimento. Quão eficaz é tal oração? Os ensinamentos da Ciência Cristã têm mostrado, por mais de cem anos, que o pecado e a doença são curados por meio da oração. Essa oração, baseada nas verdades acerca de Deus e do homem, invoca a lei curativa do Amor. A Sra. Eddy declara: “A lei de Deus detém e destrói o mal em virtude do fato de que Deus é Tudo-em-tudo.” Não e Sim, p. 30.
Por toda a Bíblia flui, como rio, a cura espiritual. Dos patriarcas a Cristo Jesus, uma característica comum a todos os que curam é a humildade. Seremos bastante humildes para nos volvermos a Deus em benefício de todos os homens, nesta época de extrema necessidade?
 
    
