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Orientação do Cristo: a resposta à inquietação e à preocupação

Da edição de dezembro de 1984 dO Arauto da Ciência Cristã


Às vezes, a solução de um problema é tão declaradamente simples que nos surpreende. Se a verdadeira fonte da inteligência é a Mente única, a Mente divina, acaso não seria aí que deveríamos sempre procurar a resposta de que precisamos? Acaso não será o voltar-se para Deus que trará a resposta correta?

O fato de que, em verdade, somos o reflexo de Deus, assegura nossa união com Deus. Os ensinamentos e exemplo de Cristo Jesus e a descoberta e fundação da Ciência Cristã por Mary Baker Eddy permitem-nos adquirir a compreensão dessa verdade. Podemos ver que somos descendentes de Deus, vivendo sob o poder da Vida que é infinita, intocada pelo tempo; refletindo o Princípio que é perfeito; e manifestando a paz e estabilidade da Alma. Existiria, pois, algum motivo para inquietação ou preocupação?

No livro intitulado Mary Baker Eddy: Her Mission and Triumph, Julia Michael Johnston relata a seguinte experiência: Em 30 de outubro de 1906 a Sra. Eddy reuniu-se com uma dúzia ou mais de pessoas, representantes da imprensa. Ao aproximar-se da porta da sala em que o grupo se encontrava, a Sra. Eddy parou por alguns segundos, antes de ingressar. Sua acompanhante ficou apreensiva com essa aparente hesitação ou indecisão. Quando os visitantes se retiraram, a acompanhante perguntou: “Por que a Senhora hesitou antes de entrar na sala?” Ao que a Sra. Eddy respondeu prontamente: “Esperei que o Cristo entrasse antes de mim.” Johnston, Mary Baker Eddy: Her Mission and Triumph (Boston: The Christian Science Publishing Society, 1974), pp. 165–166.

Era impressionante como a Sra. Eddy estava ciente da magnitude do poder que o Cristo pode exercer sobre nossa vida. Nossos próprios esforços em seguir o Cristo desenvolvem em nós a disposição de conhecer a vontade de Deus e de atendê-la, antes de falarmos ou agirmos. Desse modo, tornamo-nos cada vez mais cônscios de nossa vida real em Deus; de nossa coexistência com Deus; de como o Princípio dota bondosamente Sua idéia, o homem, de toda percepção essencial. Isto mitiga o medo e domina um sentido de pressão.

Em verdade, não somos seres mortais que vivem num universo material, golpeados pelo acaso e pelas limitações do tempo. Nosso ser e o reino em que vivemos são espirituais, e a compreensão disso elimina a tentação de sermos impetuosos, de nos inquietarmos ou de nos preocuparmos.

Um estado mental de ansiedade evidencia que a pessoa está permitindo ser manipulada pelo sentido material, por falsas forças mentais que incluem a crença em tempo, ou limitação. No entanto, a verdade é que Deus é o único poder e que Deus controla Sua criação espiritual em perfeita harmonia. Agir de outro modo, ser-Lhe-ia impossível. A causa única ou criador único, que só conhece o bem, não tem conhecimento de mortalidade, de nossas dúvidas no presente, de nossos temores e incertezas sobre o futuro. O fato é que agora já Deus é Tudo-em-tudo, e isso exclui passado e futuro. Não precisamos esperar pela perfeição e pela harmonia; sendo espirituais, sempre existiram, existem agora e sempre existirão.

Um pensamento preocupado é um pensamento molesto e inquieto, um estado mental doentio, originado na mente mortal. Pode aparentemente afetar as funções e as faculdades do corpo material e da mente. Aquele que está preocupado a respeito de certas contingências não está descansado. A aplicação imediata do tratamento pela Ciência Cristã — afirmar a verdade em oração — prevenirá alguém de ser engolfado num redemoinho de preocupações.

Quando o Cristo guia, a pessoa está sempre onde deve estar — no lugar certo, no momento exato, tratando dos negócios do Pai. Quando o Cristo guia, a voluntariosidade se desfaz e a vontade de Deus prevalece. Não há necessidade de alguém sentir-se pressionado pelo tempo, de andar de um lado para o outro numa correria sem fim. Impetuosidade, rancor, preocupação indicam pensamentos descontrolados e frustrados. A consciência calma e elevada dá prova de que a Mente ilimitada está no controle ativo, de que a pessoa tem domínio sobre sua experiência.

O tempo é uma crença mortal que, baseada no medo, tende a limitar realizações. A Ciência Cristã prova que a eternidade é a única medida aplicável ao homem de Deus, porque a vida em Deus é eterna. A Sra. Eddy coloca-o nos seguintes termos em Ciência e Saúde: “O tempo é finito; a eternidade é para sempre infinita.” Ciência e Saúde, pp. 468–469. A isenção de tempo caracteriza a Vida que é eterna.

Assim como as palavras “inquietação” e “preocupação” têm certa relação fonética, é comum haver conexão entre elas na nossa experiência: ficamos inquietos porque estamos preocupados ou nos preocupamos porque ficamos inquietos. Ao invés disso, podemos permitir ao Cristo que nos preceda em cada ação, e disso virá adequada flexibilidade, equilíbrio e pontualidade.

Cristo Jesus utilizou essas qualidades por sua confiança incondicional no amor e no poder de Deus. Poderia o Mestre ter sentido qualquer pressão em seu ministério de cura? Lemos em João 11:6: “Quando, pois, soube que Lázaro estava doente, ainda se demorou dois dias no lugar onde estava.” Ciência e Saúde explica: “O Cristo era o Espírito ao qual Jesus se referia nas suas próprias declarações: ‘Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida’; ‘Eu e o Pai somos um.’ Esse Cristo, ou divindade do homem Jesus, era sua natureza divina, a santidade que o animava.” Ibid., p. 26. Nem a doença nem a morte perturbavam seu calmo cumprimento da vontade do Pai.

Ao curar o servo do centuriãoVer Lucas 7:2–10., Jesus provou que podia curar à distância. Praticistas da Ciência Cristã constatam que o mesmo é possível hoje. Quando alguém está fazendo fervorosa oração, afirmando a verdade do ser, não precisa considerar tempo e lugar. Deus está em toda parte, é Tudo, e Seu trabalho está feito. E estas verdades são demonstráveis.

A mente humana está constantemente ponderando os prós e os contras de alguma experiência. Aparentemente há pensamentos maus ou bons. A consciência poderá dizer: “Não precisa fazer isso agora; deixe para outro dia”; ou, “Que importa se estou atrasado? afinal, assim mesmo chegarei lá”; ou, “É melhor eu me apressar, do contrário não pego bom lugar”; ou, “Não vai ter lugar para estacionar o carro.” No entanto, para o sentido espiritual, que está no lado de Deus, o bem infinito, não há nenhum mal. Nossa verdadeira consciência é inseparável do bem, Deus. A compreensão disso e a confiança na vontade de Deus evitarão qualquer debate entre apatia e ansiedade, pois expõem o nada desses erros.

Como reflexo perfeito da Mente única, o homem de Deus mantém a estabilidade e a intrepidez, e goza da tranqüilidade da Alma. Quando abrimos a mente, sentimos o amplexo da Alma. A inteligência e a habilidade infinitas da Mente também são nossas por reflexo, mas precisamos percebê-lo e demonstrá-lo. Ciência e Saúde explica: “As capacidades humanas ampliam-se e aperfeiçoam-se na proporção em que a humanidade consegue o verdadeiro conceito acerca do homem e de Deus.” Ciência e Saúde, p. 258.

De fato, não há necessidade de inquietação ou preocupação quando o Cristo, nosso Salvador, nos guia.

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