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Minhas férias com Ana Maria

Da edição de dezembro de 1984 dO Arauto da Ciência Cristã


Quando recordo minhas duas semanas de férias, a experiência mais memorável foi a que compartilhei com Ana Maria, minha sobrinha de seis anos.

A menina estava me visitando por alguns dias, mas, antes de sua chegada, eu lhe havia escrito e explicado que todos os dias eu iria querer ter algum tempo para estudar e orar em silêncio, e que ela precisaria ir para a cama aí pelas nove horas para que eu tivesse tempo de estudar à noite também. Disse-me que compreendia e que ia ser obediente.

E foi. Ainda lembro uma tarde, na Sala de Leitura da Ciência Cristã, quando ela se sentou em silêncio, lendo alguns livros infantis por mais ou menos quarenta e cinco minutos. Essa façanha deixou a mãe dela muito espantada!

Na manhã em que estávamos arrumando as malas para voltarmos juntas para sua casa, Ana Maria entrou no meu quarto chorando. Não conseguia encontrar seu relógio — um presente especial. Lembrava que o havia retirado do pulso no dia anterior, quando estivéramos brincando no laguinho lá fora. Mas já havia procurado o relógio, e este não estava lá. Saímos as duas e procuramos por toda parte, mas — nada do relógio. Também procuramos dentro de casa, mas — nada do relógio.

De repente, olhei para ela e disse: “Ana! O que é que a gente fazia naqueles momentos de silêncio? Você falou com Deus sobre isso?” Respondeu: “Não.” Então, lembrei-lhe que fosse até o pequeno gabinete de trabalho, fechasse a porta e orasse. Foi-se solenemente pelo corredor até lá e fechou a porta. Aproveitei a oportunidade e reafirmei a eterna presença e o poder total de Deus.

Então Ana apareceu na porta do meu quarto e disse: “Estou pronta.” Perguntei-lhe: “Pensou no quê?” Informou: “Estive pensando que Deus é Tudo. Que Deus sabe onde tudo está, no Seu reino. E pedi a Deus que, por favor, me mostre onde está o meu relógio.” Encontrava-se tão confiante e esperançosa! Mas acrescentou, em tom espantado: “Ainda não sei onde está.”

Olhei para ela e disse: “Ana — você escutou?” Ela pareceu um pouco surpresa. Continuei: “Quando você fala com Deus e Lhe pede para ajudar, então precisa escutar o que Deus está dizendo. Agora, suba aí na cama e só fique escutando, enquanto termino de arrumar as malas.”

Ela foi obediente, pulou para cima de minha cama e fechou os olhos. Enquanto Ana escutava em silêncio, eu reconhecia com firmeza que ela nunca podia ser privada da evidência da bondade e do amor de Deus.

Antes que se passassem trinta segundos, ouvi: “Oh-h-h! tenho uma idéia!” Ana saltou da cama e desapareceu. Ouvi-a descendo as escadas e então fez-se silêncio. Depois, ouvi-a subindo as escadas e caminhando pelo corredor. Quando entrou no quarto, a primeira coisa que vi foi o relógio em sua mão estendida — e então o enorme sorriso no rosto. “Tia Karen! Encontrei-o! Fui direto para onde ele estava. Tive uma cura — do tipo que as pessoas contam na igreja nas quartas-feiras à noite!”

Ficamos ambas gratas por aquela poderosa, ainda que simples, evidência da presença e da infinita bondade de Deus. Como disse, é a coisa de que mais me lembro sobre minhas férias.

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