Aos dez anos de idade, certo dia interrompi minha mãe e meu irmão à mesa na refeição matinal, e perguntei: “Quem sou eu? Por que estou viva agora? Por que não duzentos anos atrás ou daqui a duzentos anos?” Aquele momento em que expressei pensamentos que, muitíssimas vezes, me intrigavam, ainda me está bem vívido, embora muitos anos se tenham passado. Recordo como a luz do sol se filtrava pelas cortinas brancas e quão profundo era o meu desejo de conhecimento.
Só muito mais tarde compreendi de fato que essa silenciosa, embora consciente, busca pela identidade é uma necessidade humana universal de ficarmos sabendo que somos os filhos de Deus. Na adolescência e nos anos de universidade, muitas vezes, ampliei o diálogo: “Por que nos encontramos aqui? Para que fim servimos? Não podemos simplesmente fazer parte de um esquema elegante, acidental, tragicômico, da existência baseada numa causa primária na matéria.”
Quando a Ciência Cristã me foi explicada pela primeira vez (meus filhos já eram adolescentes), fui atraída pela promessa cheia de alegria de vir a conhecer o relacionamento entre o homem e Deus. De há muito eu sabia que Deus me era necessário. Agora eu estava aprendendo que o homem é necessário para Deus! Comecei a reconhecer, embora vacilante, o que eu sempre esperara: havia relacionamento inviolável entre o homem e Deus, a Alma, a fonte de todo poder e toda beleza. Comecei a ver que o homem é necessário como expressão de Deus!
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