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O que a Ciência Cristã vem restaurar

Da edição de junho de 1984 dO Arauto da Ciência Cristã


Há ocasiões em que ponderar uma simples palavra resulta num novo vislumbre e acende novas idéias, talvez até abre-nos mais amplamente os reinos do pensamento e da inspiração. Bom exemplo disso é a palavra “restaurar”. Um de seus significados é: trazer de volta ao estado original. Não é exagero dizer que o trabalho a que a Ciência Cristã Christian Science (kris’tiann sai’ennss) se dedica é o de restaurar — isto é, o de trazer à nossa percepção a compreensão original (e eterna) de Deus, bem como a identificação original (e eterna) do homem como semelhança espiritual, perfeita, de Deus.

Um erro muito difundido, que nubla o pensamento humano, é o de um sentimento de perda, privação, separação. Em geral, esses sentimentos relacionam-se com circunstâncias específicas, tais como separação do lar ou do emprego, falta de saúde, perda de amigos ou perda do respeito próprio. Por trás desses, encontram-se, porém, os erros fundamentais dos mortais, de que há supostamente alguma separação de Deus, privação do bem e perda da inteireza e da retidão originais do homem. A Ciência Cristã, a revelação da Ciência de Deus e o homem, vem restaurar a consciência de nossa união com Deus, o bem, e do reino dos céus aqui, exatamente agora.

Na Ciência Cristã não oramos para vencer uma discórdia real nem para mudar uma doença real em saúde, porque nem a discórdia nem a doença jamais tiveram vez aos olhos de Deus ou foram, em alguma ocasião, fatos reais. Na Ciência Cristã oramos para compreender Deus e o homem como realmente são, como são — em outras palavras, para ver e demonstrar a perfeição e a permanência de Deus que a tudo envolvem, junto com a glória, a grandeza, a pureza e a inteireza do homem imortal que expressa perenemente a bondade e a harmonia divinas. Oramos para reconhecer a Verdade imutável que já existe e, com isso, desfazer e aniquilar os males alucinantes no pensamento mortal que haveriam de ocultar-nos da visão o reino celestial.

Durante todo o seu ministério, Cristo Jesus afirmou que o reino dos céus está à mão. Desafortunadamente, é comum presumir-se que a expressão “á mão”, próximo, signifique “a aparecer no futuro” ao invés de “exatamente aqui e à disposição”. Realmente, segundo o que Jesus ensinou e demonstrou em suas curas e outras obras cristãs incomparáveis, está claro que o reino dos céus esteve sempre, está agora, e sempre estará exatamente aqui para ser discernido e desfrutado. De fato, Jesus disse que o reino dos céus está dentro em nós. Só um sentido pecaminoso mortal das coisas haveria de ocultá-lo. “Bemaventurados os limpos de coração,” afirmou o Mestre, “porque verão a Deus.” Mateus 5:8.

A Ciência mostra como o nosso verdadeiro sentido de Deus e do homem pode ser restaurado passo a passo. Em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, Mary Baker Eddy resume brevemente o método como segue: “A metafísica reduz as coisas a pensamentos e substitui os objetos dos sentidos pelas idéias da Alma.” Ciência e Saúde, p. 269. Quando adotamos o ponto de vista da metafísica cristã, constatamos que tudo o que é bom na experiência humana dispõe-nos a olhar além dos símbolos terrenos e discernir as realidades absolutas do universo e do homem espirituais de Deus. Tudo o que é mau ou danoso incita-nos a repudiar a crença de que o mal possa ser real, visto que Deus é Tudo-em-tudo; então, trocamos o conceito mortal de que o homem seja fraco e discordante pela realidade do homem como a imagem harmoniosa de Deus, a Vida e o Espírito inextingüíveis.

A Sra. Eddy afirma: “Toda crença material alude à existência da realidade espiritual; e se os mortais são instruídos nas coisas espirituais, ver-se-á que, ao inverter-se a crença material, em todas as suas manifestações, encontrar-se-á o tipo e o representante de verdades de valor inestimável, eternas, e exatamente á mão.” Miscellaneous Writings, pp. 60–61. A Ciência do Cristo oferece essa instrução “nas coisas espirituais”, e nosso discernimento do reino celestial torna-se progressivamente mais claro quando nos esforçamos para seguir, em pensamento e demonstração, no caminho do Cristo, a Verdade.

Do início ao fim da Bíblia encontramos promessas de restauração espiritual. Há reconfortante ilustração no trigésimo-quarto capítulo de Ezequiel, onde lemos: “Serão chuvas de bênçãos.” Ezequiel 34:26. Ali vem citada a promessa de Deus: “A perdida buscarei, a desgarrada tornarei a trazer, a quebrada ligarei e a enferma fortalecerei.” Ezequiel 34:16. O profeta Joel registra a asseveração: “Restituir-vos-ei os anos que foram consumidos pelo gafanhoto migrador” Joel 2:25., e Jeremias acrescenta: “[Eu] te restaurarei a saúde, e curarei as tuas chagas, diz o Senhor.” Jeremias 30:17.

Deste modo os profetas, e, acima de todos, Cristo Jesus, falaram em Deus como sendo o terno Pastor que consola o triste enquanto destrói o que é pecaminoso, cura o doente, restaura o que estava perdido, e revela ao pensamento receptivo o reino dos céus.

Em consonância com estas promessas das Escrituras e compreendendo que Deus é Amor terno e imensurável, a Ciência Cristã restaura nosso sentido espiritual de que o reino celestial está dentro em nós. Quando a tristeza nos engolfa, o Amor renova o coração e restaura-nos a alegria. Quando o infortúnio pretenderia ser arrasador, o Princípio divino, que a tudo sustenta, fortalece nosso ânimo e guianos na vereda. Na privação ou na carência, os recursos infinitos da Alma estão exatamente à mão para abençoar e nutrir. Embora a perda ou a privação possam parecer dolorosas ao sentido mortal, o Cristo salvador, a Verdade, capacita-nos a trocar o vazio do sentido finito pela restauração, em nossa compreensão, da inteireza inexpugnável do homem à imagem da Mente criadora.

A consciência que em nós desperta, de que a Vida é infinita e indestrutível, revigora-nos; inspira-nos a seguir no caminho do Cristo, o caminho que conduz à liberdade dos fardos associados à idade. A compreensão exaltada de que Deus é Espírito, a única substância real do ser, remodela nossa visão de quem e o que realmente somos. Revitaliza nosso espírito. Restaura dentro em nós, em lugar da deterioração e do declínio, a certeza da Vida perene. Nenhum anseio mortal ou solidão dorida pode sobreviver à consciência pura da inteireza do homem, sadio e para sempre satisfeito na imagem do Amor, a Alma.

Na Ciência aprendemos a conhecer Deus como nosso Pai-Mãe terno e compassivo, a fonte inextingüível do bem infinito, o Tudoem-tudo de nosso ser e de todo o ser. Reconhecemos nossa própria individualidade verdadeira como a da expressão perfeita de Deus, testemunha e beneficiária de Sua ternura infinita.

Quer nosso progresso nesta linha de desenvolvimento espiritual pareça rápido ou lento, podemos regozijar-nos em que este processo de restauração impelida pela Verdade continua e nada pode detê-lo. Podemos confiar em que a realidade espiritual do homem e do universo não mudou e se desdobra para nós na Ciência do ser. Assim, o verdadeiro sentido de todas as coisas ficará restaurado, e nossa própria identidade e individualidade, modelada na imagem espiritual de Deus, será achada intata.

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