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Fiquei viúva durante a Segunda Guerra Mundial, com três filhas...

Da edição de junho de 1984 dO Arauto da Ciência Cristã


Fiquei viúva durante a Segunda Guerra Mundial, com três filhas pequenas para sustentar. Não tínhamos um lar, pois nossa casa havia sido bombardeada. Minha receita era de cerca de duas libras por semana, de uma pensão de guerra de meu marido. Eu estava impossibilitada de trabalhar, pois as crianças eram pequenas e necessitavam de meus cuidados. Mas havíamos encontrado a Ciência Cristã. Àquela altura estávamos morando numa casa alugada, vizinha à de minha tia. Esta estudava a Ciência Cristã e acabara de fazer o Curso Primário de Ciência Cristã.

As verdades espirituais da bondade infinita de Deus, que minha tia partilhou comigo, sustentaram minha família, tanto que nunca mais passamos necessidade. De fato, uma das mais vívidas lembranças que conservo, daqueles anos, é a de uma cerejeira de flores duplas, rosadas, em plena florescência. Não somente a árvore, mas o chão debaixo dela, um passeio público, ficavam cobertos de flores. Muitas pessoas passavam por aquele local, no entanto, sempre havia ali uma camada nova de flores caídas. E, ainda assim, a árvore estava carregada de flores. Para mim a árvore simbolizava o cuidado abundante, ilimitado, que Deus tem por Seus filhos. Desde então, e com freqüência, volto-me para o Amor divino em oração. Deus concedeu-nos tantas bênçãos das quais podemos desfrutar e pelas quais somos gratos. Precisamos simplesmente reconhecê-las e aceitá-las, usá-las com sabedoria e dar graças.

Muitos anos após a guerra, quando eu morava sozinha e precisava de um lar, alguns conhecidos me convidaram para ficar num chalé localizado num sítio de propriedade deles. Quando chegou o momento em que o chalé se tornou necessário para acolher um dos trabalhadores do sítio, mudei-me.

Isto deixou-me numa situação difícil. Eu havia despendido minhas economias para saldar uma hipoteca sobre um terreno de minha propriedade, pensando ser aquele o caminho certo para livrar-me das dívidas. Descobri, então, que não me era possível hipotecar outra vez o terreno para adquirir uma casa, pois as normas do governo o proibiam. O gerente do meu banco ficou muito preocupado e fez tudo o que pôde para ajudar-me, mas não lhe foi permitido emprestar-me o dinheiro embora eu tivesse como garantia o terreno. E sem dinheiro para a entrada, havia pouca possibilidade de dar início às negociações para adquirir uma casa sob hipoteca. Também, naquela época os bancos dispunham de tão pouco dinheiro para financiar casas que o existente já havia sido solicitado muitos meses antes. Além disto, eu não era uma mulher jovem e ocupava-me de trabalho que não produzia renda contínua.

Durante alguns anos eu vinha aprendendo a lançar minha “rede do lado direito” (João 21:6), a depender de Deus em vez de apoiar-me nas evidências dos sentidos materiais. Eu havia aprendido que minha obrigação primordial era a de guardar o primeiro mandamento (Êxodo 20:3): “Não terás outros deuses diante de mim”, que significa não reconhecer outro poder além de Deus. E isso foi o que fiz. Tornou-se-me claro que a crença de que meu país estava num estado de instabilidade financeira não era poder que governasse a mim ou a quem quer que fosse, visto ser Deus o poder que a tudo governa. A Sra. Eddy diz, da oração (Ciência e Saúde, p. 2): “Devemos implorar junto à fonte aberta, da qual jorra mais do que aceitamos, para que nos dê mais?” Assim, prossegui confiantemente. Eu sabia existirem muitas pessoas que ainda não conheciam as maravilhosas e confortadoras verdades espirituais que eu vinha estudando na Ciência Cristã durante anos. E, ao procurar atender às necessidades de outros, foi-me oferecida uma casa atrás da outra. Ao chegar ao fim o tempo de minha permanência numa determinada casa, outro lugar para morar estava a minha espera.

Certo dia, decidi visitar o escritório de um advogado que, muitos meses antes, tentara me ajudar a encontrar financiamento sob hipoteca a fim de eu poder adquirir uma casa. Enquanto estávamos falando, ele pegou uma carta, leu-a, e perguntou-me: “Quanto foi que a senhora ofereceu recentemente, por uma casa?” Respondi-lhe que não havia feito recentemente nenhuma oferta; a única que eu fizera, acontecera havia meses e não fora aceita. Disse ele: “Tenho aqui uma carta em que dizem que aceitarão sua oferta.” Prosseguiu explicando que achava-se disponível algum dinheiro particular e, como a casa que eu desejava tinha o preço abaixo da avaliação original, eles teriam condições de aceitar a certidão de meu terreno em lugar de dinheiro como entrada. Se, dentro de um mês, eu obtivesse cem libras para as despesas legais, tudo estaria arranjado. Não pensei que cem libras pudessem impedir-me de levar avante o projeto, quando tínhamos vindo tão longe. Por isto, disse honestamente ao advogado que, embora eu não tivesse certeza de obter o dinheiro, eu tentaria. (Com isto eu queria dizer que confiaria em Deus para que me indicasse o caminho.)

Enquanto isso acontecia, eu pensava em diversas maneiras de juntar o dinheiro. Mas não tive de esperar um mês, pois amigos me remeterem o dinheiro como presente. Eu lhes havia escrito uma carta contando por alto a questão da propriedade e da situação financeira. Pela volta do correio eles me remeteram um cheque. Somava um pouco mais de setenta libras. Como eu já dispunha de trinta, aí estavam as cem libras necessárias para atender às custas legais. Minha casa tem sido uma grande bênção.

Escrevo este testemunho na esperança de que ele anime outras pessoas a persistirem na prática das verdades espirituais ensinadas na Ciência Cristã. O fato de eu ter solucionado esta questão da casa parece-me ter sido o resultado da obediência ao Princípio divino, de nele confiar e de não aceitar as crenças mortais de escassez. Verdadeiramente Deus é Tudo.


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