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Alcançando “aquilo de que mais necessitamos”

Da edição de setembro de 1984 dO Arauto da Ciência Cristã


Muitas pessoas acham que em sua vida há necessidades diferentes clamando por prioridade. Se fizéssemos hoje uma pesquisa de opinião, algumas diriam necessitar desesperadamente de emprego ou dinheiro. Outras colocariam a cura da doença como requisito principal. Ainda outras poriam, em primeiro lugar, a necessidade de ter um lar, de ter família ou de encontrar companhia. E outras clamariam por justiça ou eqüidade.

Mary Baker Eddy defrontou-se, por diversas vezes, com cada uma dessas necessidades. Por ter, através dessas experiências, aumentado a sua compreensão do ilimitado poder divino e das provisões divinas, foi-lhe possível escrever em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: “O Amor divino sempre satisfez e sempre satisfará a toda necessidade humana.” Ciência e Saúde, p. 494. Mediante a Ciência que a Sra. Eddy descobriu — a Ciência CristãChristian Science (kris’tiann sai’ennss) — Deus tem satisfeito às necessidades de muitos.

Contudo, se fôssemos estudar todos os seus escritos, veríamos, prontamente, que satisfazer a necessidades humanas é realmente incidental ao objetivo desta Ciência, que é o de demonstrar a Verdade divina, a Vida perfeita, o Amor infinito. Porque a onipresença de Deus, o bem, exclui qualquer ausência do bem, podemos ser salvos, libertos, de toda carência. Estando Deus, o bem total, sempre presente, podemos provar que cada sugestão de carência não tem, de fato, fundamento. Podemos então dizer — e ver — que nossa necessidade humana está satisfeita. Mas, na realidade, mesmo a crença em carência desaparece quando o Princípio, Deus, é compreendido e demonstrado.

Em sua meta de salvação, a Ciência Cristã convida-nos a discernir qual é nossa necessidade real. Pela purificação e espiritualização de nossos motivos para orar, viremos a compreender, ponto a ponto, a inteireza e a pureza da verdadeira individualidade espiritual do homem, criado à imagem de Deus.

De que necessitamos, então, realmente? Quando examinamos atentamente as referências à palavra necessidade contidas nas Concordâncias dos escritos da Sra. Eddy, concluímos ser-nos necessário reivindicar nossa verdadeira individualidade, baseados na compreensão de que o homem é o reflexo de Deus. Precisamos expressar e praticar ativamente as qualidades, bem como as disciplinas, morais e espirituais. Isto é o que nos habilita a colher as bênçãos daquele Amor divino onipotente e onipresente, que supre a todas as necessidades. Humildade, saúde, consciência espiritual e sentido espiritual, verdade, compreensão, Cristo, Ciência divina, oração, vigilância e prática — a tudo isso a Sra. Eddy denomina, nos seus escritos, necessidades. Mas, o que podemos fazer para satisfazer a essas necessidades?

A resposta vem nas primeiras páginas de Ciência e Saúde. Na página quatro, lemos: “Aquilo de que mais necessitamos, é a oração motivada pelo desejo fervoroso de crescer em graça, oração que se expressa em paciência, humildade, amor e boas obras.” Este é o ponto principal do assunto.

Se crescer em graça for realmente nosso desejo fervoroso, acalentaremos particularmente esse desejo na oração silenciosa que se expande num viver de modo espiritual. Iremos nos esforçar para mostrar, em esforços sinceros para sermos bons e fazermos o bem, que desejamos realmente o desenvolvimento espiritual. Então, na proporção em que expressarmos estas características cristãs de “paciência, humildade, amor e boas obras”, cresceremos em graça.

O conceito de viver conforme as nossas orações, como é ensinado por esta Ciência, corresponde à instrução dada por Cristo Jesus aos seus discípulos: “E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque presumem que pelo seu muito falar serão ouvidos. Não vos assemelheis pois, a eles; porque Deus, o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais.” Mateus 6:7, 8. Após, Jesus deu em voz alta a Oração do Senhor.

Essa oração não menciona necessidades per se. Mas, pede por pão diário, por perdão e perdoar, por orientação, por libertação do mal. O livro Ciência e Saúde comenta, sobre essa oração: “Nosso Mestre disse: ‘Portanto, vós orareis assim’, e a seguir deu aquela oração que atende a todas as necessidades humanas.” Ciência e Saúde, p. 16.

A Oração do Senhor, quando discernida espiritualmente, abrange o crescer em graça. Ciência e Saúde assim interpreta a linha que diz, “O pão nosso de cada dia dá-nos hoje”: “Dá-nos graça para hoje; alimenta as afeições famintas.” Ibid., p. 17.

Estaremos dispostos a confiar em que essa simples oração, ao abranger aquilo de que mais necessitamos — crescer em graça — inclui todas as nossas necessidades? Lucas mostra que a Oração do Senhor foi a resposta, dada pelo mais perfeito dos mestres, a um discípulo que disse: “Senhor, ensina-nos a orar.” Lucas 11:1. Será a resposta que foi suficiente para ele e para eles, suficiente para nós?

Quiçá estivemos tão ocupados em informar Deus daquilo que acreditamos precisar, que não ouvimos a simples asseveração do Cristo, a Verdade, informando-nos de que a necessidade de crescer em graça é suprida pela consagração serena ao “Pai” que está “nos céus” Ver Mateus 6:9..

Ao reconhecermos que Deus é o Pai, admitimos o parentesco espiritual e a semelhança do homem com o Espírito infinito, que criou tudo para refleti-Lo. A totalidade de Deus não permite nada além da perfeição completa e eterna. Ao compreendermos que Deus é nosso Pai, reivindicamos nossa identidade real na imagem do Espírito, com tudo o que pertence ao verdadeiro estado do homem.

Quando nossa necessidade suprema — ser o que realmente somos — se torna meta diária pela qual trabalhamos praticando a Ciência Cristã, aparentemente crescemos na semelhança de Deus, mas, na realidade, sempre fomos de todo semelhantes a Deus, uma vez ter sido assim que Deus criou Seus filhos. O que é que acontece realmente? À proporção que compreendemos e demonstramos a verdade da natureza do homem, despertamos espiritualmente para exteriorizar a graça de Deus expressa em nós. E, nesse despertar, experimentamos os efeitos curativos e restauradores provenientes dessa graça.

Avançamos para a salvação em cada prova de que Deus, o bem, é Tudo-em-tudo. A inteireza perfeita, mesmo se apenas demonstrada em certo grau, suplanta a crença em uma necessidade que não foi satisfeita, ao satisfazer a essa necessidade. Na proporção exata em que crescemos em graça, percebemos que o Amor divino dá tudo, e que o homem espiritual, a semelhança divina — nossa verdadeira identidade — tem aquilo que o Amor dá.

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