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Satisfação real

Da edição de setembro de 1984 dO Arauto da Ciência Cristã


Será que, às vezes, caímos na armadilha do “se”? “Se eu tivesse um emprego melhor, estaria feliz” ou “Se pudéssemos mudar-nos para um bairro mais agradável, ficaria contente.” A lista parece não ter fim quando encaramos a existência desde um ponto de vista materialista. A maioria de nós sem dúvida admitirá que já passou por alguma situação em que, depois de obter algo que desejara muitíssimo, viu que isso passou para segundo plano, dando lugar a novo desejo. O mesmo tornará a ocorrer até aprendermos de onde provém a verdadeira satisfação.

Enquanto procurarmos a felicidade em uma pessoa, um lugar ou uma coisa, correremos o risco de ficar decepcionados. Ao contrário, precisamos volver-nos à fonte do bem interminável, da alegria ilimitada e do suprimento infindável. Só há uma fonte que corresponde a essa descrição: o único criador de tudo, ou seja, Deus, o Espírito.

Para encontrar satisfação em Deus, temos de reeducar pensamentos e desejos. O ponto de vista mais elevado requer a visão espiritual. Esta advém do humilde desejo de conhecer melhor a Deus e Sua expressão, o homem. À medida que aprendemos a ver a infinitude do Amor que é Deus e reconhecemos as carinhosas dádivas de sabedoria, compreensão, saúde, harmonia, beleza, inteligência e alegria que o Pai dá a cada um de Seus filhos, vemos que essas são as realidades da existência. São duradouras, ao passo que o falso desejo por mais dinheiro, fama ou posses materiais é fugaz e volúvel. A Sra. Eddy declara em Ciência e Saúde: “As dores dos sentidos são salutares, se desarraigam as crenças errôneas nos prazeres e transplantam as afeições do sentido para a Alma, onde as criações de Deus são boas e ‘alegram o coração’.”Ciência e Saúde, pp. 265–266.

Todo mundo — cada mulher, criança e homem — tem a oportunidade de compreender melhor a natureza e a presença do Espírito. Tal compreensão torna-nos mais conscientes do bem que está sempre conosco e ela se evidenciará em maior grau em nossa vida. Deus não está mais presente em um lugar do que em outro. Não há algo como um pingo de Deus aqui e um monte de Deus acolá. Deus é Tudo-emtudo. Deus, o bem, está presente em toda parte, de forma igual. Os seguintes versos do Hinário da Ciência Cristã explicam:

E quando tudo mais falhar,
Só Tu me restarás;
Que satisfeito possa eu
Teu nome celebrar.Hinário, n° 224.

Sábio seria aderirmos ao bom conselho que Cristo Jesus nos deu: “Não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? ou: Com que nos vestiremos? ... buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino [o reino de Deus] e a sua justiça, e todas estas cousas vos serão acrescentadas.” Mateus 6:31, 33. Precisamos persistir e estar alerta para não nos inquietar (não nos preocuparmos nem ficarmos ansiosos) quanto a nossa vida. E temos de buscar o reino de Deus com sinceridade: pelo reino de Deus, não pelas coisas acrescentadas. Na Ciência Cristã, provamos que esse enfoque não é uma abstração desprovida de resultados demonstráveis. Realmente, buscar a Deus em primeiro lugar é o caminho mais certo para se encontrar satisfação e harmonia duradouras.

À medida que aprendemos mais sobre as realidades espirituais da Vida, da Verdade e do Amor, substituímos as crenças falsas, ou ilusões de que a vida esteja sujeita ao acaso e seja uma mistura de bem e de mal, pela convicção mais firme de que o bem é imutável. Quando aprendemos mais sobre o amor, o cuidado e o apoio de nosso Pai, ficamos cada vez mais gratos pelo amor e pela beleza à nossa volta. De fato, vislumbramos o homem ideal, a criação verdadeira, inseparável do Pai amoroso. A compreensão crística inunda a consciência e passa a mudar-lhe o sentido mortal para o espiritual, o irreal para o real. Quando isso acontece, somos visivelmente abençoados com relações mais harmoniosas, melhor saúde e um ambiente mais agradável.

Suponhamos, por exemplo, que alguém se encontre carente de algo e busque o reino de Deus por meio do estudo e da oração. Essa pessoa aprenderá mais a respeito da natureza infinita da Mente e suas idéias infinitas, sempre presentes e à disposição do homem. Como não há carência na Mente, o homem, como reflexo da Mente, reflete abundância infinita. Ao aprender tais verdades, a pessoa irá vislumbrar algo da natureza do reino de Deus. Essa compreensão mais aprimorada acerca do suprimento, vendo-o como o fluxo constante das idéias da Mente para o homem, resultará inevitavelmente em uma mais abundante percepção na sua vida diária.

“Isso não é possível”, você diria? Eliseu provou-o possível ao ajudar a viúva a ver seu farto suprimento de azeite. Ver 2 Reis 4:1–7. Jesus provou-o possível ao alimentar as multidões com alguns pães e peixes e ao ordenar a Pedro que pegasse um peixe e lhe encontrasse na boca o dinheiro para pagar os impostos. Ver Mateus 14:15–21 e 17:27. Além disso, Jesus também disse: “Aquele que crê em mim, fará também as obras que eu faço, e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai.” João 14:12.

Embora não haja para isso fórmulas, e ainda que a inspiração com a qual resolver problemas na Ciência Cristã varie de uma pessoa a outra, é sempre a verdadeira visão acerca de Deus, do relacionamento entre o homem e Deus, é a percepção da presença do Cristo o que de fato promove a cura.

Encontramos, portanto, satisfação real, quando nos libertamos de crenças falsas, quando passamos a reconhecer que Deus é o provedor sempre presente e ilimitado do bem, quando realmente nos conscientizamos disso. Cada um de nós expressa a Mente divina de maneira única e individual. Cientes disso, podemos comprovar que nunca somos indivíduos obtusos, enfadonhos ou limitados, mas vibrantes e repletos de idéias novas. Toda beleza, graça e harmonia que existe é nossa, porque somos o reflexo da Alma. Nosso verdadeiro ser nunca fica doente nem morre, pois está sempre ativo e completo, em união com a Vida. Que feliz satisfação certamente será a nossa, quando desenvolvermos de forma cada vez mais constante a habilidade de expressar as qualidades de Deus: de vivê-las a todo momento! Esta satisfação está garantida.

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