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Escolha sábia

Da edição de setembro de 1984 dO Arauto da Ciência Cristã


Se lhe perguntassem qual seu mais íntimo desejo, o que seria? Mais dinheiro, uma posição melhor, uma casa mais chique, melhor saúde, mais vigor físico?

Há muito tempo, essa mesma pergunta foi feita a um jovem rei. O relato bíblico conta que no começo do reinado de Salomão, o Senhor apareceu a este em sonho e disse-lhe: “Pede-me o que queres que eu te dê.” Sem hesitar, Salomão pediu um “coração compreensivo” para que pudesse discernir “entre o bem e o mal” 1 Reis 3:5, 9.. Deus aprovou a resposta e, ao conceder-lhe o pedido, declarou ainda que, devido à sábia escolha de Salomão, também lhe seriam dadas riquezas e honra.

À luz da Ciência Cristã, um “coração compreensivo” pode ser entendido como a capacidade de discernir a verdadeira natureza da criação de Deus como sempre perfeita e intata, de reconhecer no homem o reflexo da substância e da natureza do Espírito. Um coração compreensivo percebe que as idéias espirituais são reais e permanentes e que seus opostos materiais são irreais.

A matéria nunca é realmente substancial ou permanente. Deus, o bem, é a única substância verdadeira, indestrutível e eterna. Procurar a satisfação ou a segurança na matéria leva ao desapontamento e à frustração. Em Ciência e Saúde a Sra. Eddy escreve: “A crença de que o homem tenha qualquer outra substância, ou mente, não é espiritual e transgride o Primeiro Mandamento: Terás um só Deus, uma só Mente.” Ciência e Saúde, p. 301.

Quando reconhecemos em Deus a única fonte de suprimento, seja de saúde, inteligência ou capacidade, honramo-Lo como a única Mente, que se expressa em atividade harmoniosa, em liberdade, em sabedoria. Quando nossos motivos e objetivos se baseiam no desejo de glorificar a Deus, encontram expressão tangível. Nossos horizontes mentais se expandem. Talentos latentes vêm à tona. Em toda fase de nossa experiência, tal reconhecimento põe o pensamento acima das limitações dos sentidos materiais e eleva-o à percepção das capacidades inatas do homem como reflexo da única Mente divina, Deus.

O conselho de Cristo Jesus: “Buscai, poise, em primeiro lugar, o seu reino [o reino de Deus] e a sua justiça, e todas estas cousas vos serão acrescentadas” Mateus 6:33., mostra a importância de avaliarmos corretamente o que constitui substância real, em contraste com as exigências diárias da existência material.

Talvez alguém diga: “Como é que o obedecer a essa instrução suprirá minhas necessidades humanas?” Tal conceito poderá parecer abstrato e impraticável para o sentido material, que não consegue tomar conhecimento do Espírito e de seus recursos infinitos. Mas, quando o problema de carência fica resolvido porque nos volvemos a Deus como o doador de todo o bem, o resultado é o do bem ampliado, talvez na forma em que dele precisamos, seja mais renda, uma casa ou um emprego realizador. O fato, porém, é que nossa existência melhora quando começamos a compreender melhor a bondade imparcial de Deus.

Nada daquilo que precisamos para nosso bem-estar atual está em falta quando seguimos o conselho de nosso Guia e procuramos primeiro encontrar o reino dos céus. Pelo contrário, descobrimos que os resultados vão além de nossas expectativas. Assim como Salomão, somos recompensados com bens extras, quando nosso objetivo primordial é deixar capitular a vontade humana diante da divina. Aí deixamos de orar por objetos materiais ou pela realização de ambições meramente materiais e passamos a nos regozijar com o conhecimento crescente de nossa inteireza espiritual, a herança celestial que nos satisfaz de forma infinita. Dessa oração virá a orientação segura que atenderá também às nossas necessidades humanas.

A fim de percebermos que as dádivas preciosas da Verdade estão sempre disponíveis, precisamos compreender de maneira mais profunda e espiritual a Deus e Sua criação. Em Ciência e Saúde a Sra. Eddy escreve: “O sentido espiritual é o discernimento do bem espiritual. A compreensão é a linha de demarcação entre o real e o irreal. A compreensão espiritual revela a Mente — a Vida, a Verdade e o Amor — e demonstra o sentido divino, dando a prova espiritual do universo na Ciência Cristã.” Ciência e Saúde, p. 505.

Nossa necessidade básica, então, é espiritualizar o pensamento a fim de percebermos que a fonte de toda felicidade e prosperidade está em Deus, a causa única, e pertence a Deus. Temos de elevar nossas aspirações ao nível espiritual.

O Apóstolo Paulo disse aos coríntios: “Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam.” Em outras palavras, ele indicou que os sentidos materiais não podem compreender os recursos ilimitados da Mente infinita. Prossegue, afirmando que o homem mortal não pode perceber as coisas espirituais pelos sentidos materiais. Mas todo aquele que reivindica sua filiação com Deus pode discernir, por meio do sentido espiritual, “o que por Deus nos foi dado gratuitamente”. Só pela compreensão espiritual podemos conhecer Deus e Seu reino, porque estes “se discernem espiritualmente” 1 Cor. 2:9, 12, 14..

Apenas ansiar por algo não resolve nada, mas o desejo sincero de compreender e obedecer a vontade divina é a oração que nos leva a ver o bem que Deus já nos deu. Essa oração nos habilita a discernir se o que desejamos está certo ou errado. Se errado, podemos abandonálo, sem uma sensação de perda ou desapontamento, porque cedemos à boa vontade de Deus. Se for certo, podemos ter a certeza de que o bem a que aspiramos não nos será negado. A disposição de abandonar idéias preconcebidas abre o caminho para que vejamos e compreendamos mais claramente “o que Deus tem preparado”.

É da natureza de Deus, o Amor divino, sustentar cada uma de Suas idéias com a afluência de Sua própria infinidade. Ninguém fica de fora dessa beneficência que a tudo abarca e inclui. Só temos de abrir o coração e a mente para recebermos a riqueza divina que nos aguarda.

Não temos de pedir a Deus mais do que já tem nos dado, pois Deus está incessantemente derramando bênçãos ilimitadas sobre Seus filhos queridos. Mas temos de perceber que Deus é a fonte de todo o bem. O plano de Deus para você e para mim, para toda a humanidade, inclui tudo o que realmente satisfaz.

O Amor divino está como que dizendo sempre: “Peça-me aquilo que só eu posso dar e que já lhe dei: satisfação verdadeira, alegria, sabedoria, saúde, harmonia.” Só em Deus, a Mente divina, abundam essas dádivas espirituais. Deveríamos olhar para Deus com a confiança de que os pensamentos e idéias de que precisamos aparecerão da maneira mais prática para o nosso bem-estar.

Jesus disse: “Tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco.” Marcos 11:24. Não está isso salientando que, em oração, podemos perceber e usufruir aquilo que já é nosso? Deus conhece e atende à nossa necessidade real — a de perceber que a Sua criação é perfeita e está intata — aqui e agora.

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