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Há muito tempo que tenho a intenção de submeter um testemunho...

Da edição de março de 1985 dO Arauto da Ciência Cristã


Há muito tempo que tenho a intenção de submeter um testemunho escrito. Até agora, eu costumava expressar minha gratidão nas reuniões de testemunhos das quartas-feiras. Contudo, uma mudança recente levou-me a um país onde, até agora, não existem filiais da Igreja de Cristo, Cientista. Por isso, decidi que estava na hora de expressar minha gratidão por escrito.

Desde o começo da grande aventura em que esta mudança se tornou, eu sabia que teria de confiar em Deus mais do que nunca. Conquanto longe da família, dos amigos e dos praticistas da Ciência CristãChristian Science (kris’tiann sai’ennss), e sendo lenta a entrega de correspondência e as comunicações telefônicas imprevisíveis, lembro repetidas vezes da pronta resposta de uma amiga quando, anos atrás, mudando-me da Califórnia, fui morar noutro estado. Diante de minha queixa de que me sentia isolada, porque a maioria das pessoas no estado tinham outra denominação religiosa, minha amiga replicou prontamente: “Existe tanto amor aqui como lá na Califórnia.”

Constatei que isso era verdadeiro aí onde me encontrava, e o mesmo se dá com este extraordinário país do continente africano. Por esforçar-me continuamente para manter os pensamentos unidos a Deus, estou aprendendo que a purificação do pensamento traz harmonia a todo aspecto de nossa vida, como Mary Baker Eddy torna bem claro (ver Miscellaneous Writings 204:12–25).

Desejo relatar certa experiência em particular, ocorrida recentemente, em que fui maravilhosamente protegida. Quase inesperadamente, surgiu a oportunidade de eu ir de avião à ilha de Malta. Eu pouco sabia a respeito de Malta, exceto que nos tempos antigos ela se chamava Melita, e que o navio em que o Apóstolo Paulo se encontrava soçobrara em suas águas (ver Atos 28:1). Como obrigações de negócios tornassem impossível que meu marido se afastasse do trabalho, eu iria sozinha. Meu marido instou comigo para que eu fosse, lembrando o quanto eu me havia entusiasmado, durante visita recente feita à Grécia e às ilhas gregas, ao retraçar os passos de Paulo.

Um jovem que trabalhava para uma empreiteira com que a empresa de meu marido tinha relações comerciais, e cujo escritório central estava localizado em Malta, informou meu marido de um hotel convenientemente localizado e acessível às linhas de ônibus e deu-nos toda espécie de informações úteis. Também me disse que ele e a esposa desejavam levar-me para jantar, nalguma noite. Quando telefonou para combinar os detalhes, disse-me que seríamos onze pessoas! Meu primeiro pensamento foi o de que eu não desejava ir — todos os integrantes do grupo tinham pouco mais idade que meus próprios filhos. Mas eu sabia que pensava de modo errado e que havia vaidade em dizer que eu me sentiria mal entre os jovens. Então concordei em ir ao jantar. Após o telefonema orei para entender claramente que todos somos os filhos queridos de Deus e que, como expressão Sua, eu sempre estaria no lugar certo.

Na hora aprazada, meu amigo e a esposa buscaram-me no hotel e fomos a uma casa onde o grupo todo achava-se reunido. Todos os homens estavam ligados, de uma forma ou de outra, à aviação. Eu havia trabalhado durante anos como aeromoça a bordo de aviões do mesmo tipo dos que a companhia deles estava usando, e longe de me tratarem como pessoa estranha, eles me incluíram numa viva discussão!

A seguir, o grupo se dividiu em dois carros para irmos ao restaurante. Dois homens sentaram na frente e eu sentei com as esposas deles no assento traseiro. Tratava-se de um carro de porte médio. Em Malta, os carros trafegam pela esquerda. Por isso, não me dei conta imediatamente do que estava em vias de acontecer, logo ao sairmos rumo ao restaurante. Parecia-me que estávamos indo bem depressa e que o carro que se aproximava do cruzamento, vindo da direita, corria ligeiro demais para conseguir parar. Percebi então que nosso carro estava rodopiando. Recebi uma pancada na cabeça e no lado direito do corpo, mas nada doía. Quando nosso carro por fim parou, vimos que fora atingido no lado (naquele em que eu me achava sentada) e que o carro dera uma volta completa.

A porta tinha sido empurrada para dentro, mas o vidro não se havia rompido. A jovem que se achava no meio, grávida de vários meses, havia sido completamente protegida do golpe. A frente do outro carro estava severamente danificada, mas os dois ocupantes dele emergiram ilesos. O motorista do carro em que eu me encontra dera-se conta, rapidamente, de que não havia percebido o sinal de “pare” e declarou-o ao outro motorista e, mais tarde, à polícia. O caso todo foi resolvido sem acrimônia. Nosso carro ainda estava em condições de andar, e assim continuamos até o restaurante e passamos uma noite aprazível.

Na hora de deitar eu sentia uma fraca dor na cabeça e veio-me o pensamento diabólico de que, às vezes, um golpe desses é seguido, muito mais tarde, de sintomas de concussão. Então lembrei-me destas palavras da Sra. Eddy (Retrospecção e Introspecção, p. 61): “... se adormecerdes, realmente conscientes da verdade da Ciência Cristã — ou seja, de que a harmonia do homem é tão inviolável como o ritmo do universo — não podereis despertar com medo ou sofrimento de espécie alguma.” Naquela semana, a lição-sermão que consta no Livrete trimestral da Ciência Cristã incluía o caso de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, os quais foram lançados na fornalha sobremaneira acesa. Assim como eu sabia deles, que não haviam sido tocados pelas chamas, também sabia que não ficara em meu corpo sequer o “cheiro de fogo” (Daniel 3:27). Tive uma noite de sono maravilhosa e despertei pronta para outro dia de passeios pela cidade.

Aprendi valiosa lição naquela noite — sou tão grata por aquela lição quanto pela prova da solicitude de Deus.


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