Suponhamos que você tivesse largado seu emprego a fim de dedi-car-se a uma causa justa, e começasse a vislumbrar os bons efeitos dessa sua obra. E que depois, de repente, todo o esforço parecesse vão e os resultados, desastrosos. Não seria de surpreender que você, apesar de toda a sua devoção, voltasse as costas a todas as perdas, e retomasse suas lidas de sempre.
Mas, acaso você não acha um tanto surpreendente que os discípulos de Cristo Jesus, nos dias que se seguiram à crucificação, tivessem voltado à sua atividade anterior, isto é, à pesca? Afinal, observamos, Jesus lhes havia dito que ressuscitaria. Os discípulos sabiam que Jesus já havia ressuscitado a outros de entre os mortos, como por exemplo a jovem filha de Jairo, e Lázaro, que havia estado enterrado por quatro dias. Os discípulos, eles sim, deviam ter agido de outra forma.
Ainda assim, se encaramos os discípulos desde esse ângulo, deixamos de entender importante lição, da qual nos poderíamos utilizar agora mesmo. Seja porque nos sentimos cada vez mais desesperados ao não encontrar solução para a fome na África, ou porque tememos o aumento das guerras e do terrorismo, ou porque lutamos com uma enfermidade renitente ou com problemas na família, a lição que os discípulos aprenderam naqueles dias tenebrosos, depois da crucificação, contém respostas aplicáveis a todos nós. As primeiras reações dos discípulos não diferem daquelas de que ouvimos hoje em dia, quando os noticiários repassam todas as noites as tragédias ocorridas.
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