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Nossa manhã de ressurreição

Da edição de março de 1986 dO Arauto da Ciência Cristã


Ressurreição. O que significa? Um incidente ocorrido no passado, um festejo anual no dia da Páscoa que logo depois se desfaz em cinzas? A ressurreição significa de fato a elevação acima das cinzas da doença e da tristeza que sobrecarregam a humanidade.

A ressurreição de Cristo Jesus foi glória que recompôs o curso não somente de muitos indivíduos, mas de nações inteiras. Foi um resplendor divino — resplendor que o mundo jamais havia visto. Cristo, a Verdade, havia vencido a morte! E o Cristo ainda o faz hoje — o Cristo vence a extinção da alegria, da atividade, do amor.

A ressurreição é uma renovação do Amor divino que afeta todos os pormenores de nosso ser, é uma gloriosa transformação do coração. Faz ressoar em nosso pensamento sons alegres e melodiosos. Seus tons maviosos trazem alegria às nossas realizações.

Ao falar no impacto que o presenciar a ressurreição causou sobre os discípulos, a Sra. Eddy escreve em Ciência e Saúde: “A ressurreição dele foi também a ressurreição deles. Ajudou-os a elevarem-se, como também aos outros, da apatia espiritual e da crença cega em Deus, até a percepção das possibilidades infinitas.” Ciência e Saúde, p. 34. Por meio de sua obra abnegada, Cristo Jesus tornou possível à humanidade desprender-se das pretensões e grilhões da matéria, com todas as suas limitações. A obra de Jesus permite a cada um de nós descobrir a vida tal como a vida realmente é, espiritual e perfeita, livre do acúmulo de pressões materialistas.

O cristianismo que Jesus ensinou e viveu também tem de ser por nós vivido, e não somente falado, pois é a Ciência do Amor divino que Cristo Jesus demonstrou. Sua maneira de viver deu provas de que Deus, Pai-Mãe, o Pai-Mãe de cada um de nós, em todos os lugares, atende ternamente a cada um de Seus filhos. E o Amor é realmente um precioso Pai-Mãe! A Sra. Eddy nos dá um vislumbre desse Amor em seu livro Unity of Good. Ao responder à pergunta “A Senhora acredita em Deus?”, ela diz: “Acredito nEle mais do que a maioria dos cristãos, pois não tenho fé em nenhuma outra coisa ou noutro ser. Ele sustenta a minha individualidade. Não só isso, Ele é minha individualidade e minha Vida. Porque Ele vive, eu vivo. Ele cura todos os meus males, destrói as minhas iniqüidades, despoja a morte de seu aguilhão e arrebata ao túmulo a sua vitória.

“Para mim, Deus é Tudo.” Un., p. 48.

A Ciência Cristã traz à luz a relação ininterrupta do homem com Deus e com Sua infinita bondade. Aviva a centelha de inspiração abrigada em cada coração humano.

Um dos significados da palavra ressurreição é reviver ou renovar algo que esteve em desuso ou em decadência. O livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde, oferece esta definição de ressurreição: “A espiritualização do pensamento; uma idéia nova e mais elevada da imortalidade, ou existência espiritual; a capitulação da crença material ante a compreensão espiritual.” Ciência e Saúde, p. 593.

Na ressurreição, eleva-se o nosso pensamento, surge a nossa verdadeira identidade. Quando acolhemos o Cristo, a Verdade, em nossa vida cotidiana, o Cristo nos mostra a maneira de não mais cometermos os erros que às vezes nos confundem e nos enganam. Os hábitos mortais enraizados que pretendem impor-nos limites, começam a desparecer, deixando limpa e brilhante a lousa da nossa consciência. Essa ação do Cristo amplia-nos os horizontes. Inclui e abençoa não somente a nós mesmos, mas a toda a humanidade. Ergue-nos acima e para longe do sonho de que existimos na matéria, ou de que há vida separada do Espírito, Deus.

Começamos a compreender o quanto é importante demonstrarmos o que o Amor divino sabe a nosso respeito, isto é, que somos realmente a própria auto-expressão do Amor. O livro-texto nos diz: “O divino tem de sobrepujar o humano em todos os pontos. A Ciência que Jesus ensinou e viveu tem de triunfar sobre todas as crenças materiais relativas à vida, à substância e à inteligência e sobre os múltiplos erros que decorrem de tais crenças.” Ibid., p. 43.

Cada exigência científica com que nos confrontamos e a que obedecemos, cada circunstância tratada com amor, cada evento respondido com fé e confiança no bem — cada qual declara dia a dia nossa ressurreição.

Em Miscellaneous Writings a Sra. Eddy faz esta pergunta provocante: “O que é que pareceria como pedra colocada entre nós e a manhã da ressurreição?

“É a crença de que há mente na matéria”, ela mesma responde. No começo dessa mesma página, diz: “Na nova religião o ensinamento é: ‘Ele não está aqui; a Verdade não está na matéria; ele ressuscitou; a Verdade tornou-se para nós muito mais — mais real, mais espiritual’.” Mis., p. 179.

E que dizer da pedra interposta entre nós e nossa glória, isto é, nossa contínua ressurreição da matéria para o Espírito? A que tipo de sentido pessoal ou de matéria nos apegamos? Seja qual for, não tem poder para aferrar-se a nós. É destituído de poder. E, à medida que a ele resistimos, encontramo-nos livres dessa influência.

Isso me faz lembrar algo que me aconteceu há algum tempo. Eu havia estacionado meu carro em frente à porta da garagem de casa, para sair dele e abrir a porta da garagem. O terreno tinha ligeiro declive, e eu não usara o freio do carro.

Não notei que não o havia feito e, até que cheguei à porta, o carro deslizava ao meu encontro. Não tive tempo de correr, e fiquei entre o carro e a porta, presa ali! Não ara o momento de ficar titubeando, crendo que eu não passava de um mortal diante da impossível façanha de empurrar o carro.

Como um raio de luz, veio-me a compreensão de que a força provém de Deus, a Mente divina, que está sempre presente e em ação, e que eu refletia essa força. Percebi que esse pensamento evidenciava a presença do Cristo na consciência humana, a eliminar todo meu medo, e a mostrar-me meu verdadeiro eu.

Lentamente, mas com segurança, empurrei o carro. Libertei-me e senti muita alegria, aliada ao poder do Amor divino! A compreensão de meu verdadeiro eu, de minha força inata como expressão do Amor, foi o momento de ressurreição de que eu então necessitava.

Cristo Jesus, com reconhecer conscientemente em seu viver diário sua filiação divina, deixava claro seu entendimento do poder do Amor divino, que sempre flui livremente. Aproveitava todas as oportunidades para revelar o Amor que eleva. Em nenhum momento deixou de lado seu manto cristão de consciência espiritual, para aceitar como verídico o quadro mortal. Jesus deu prova da ternura e do poder desta maravilhosa verdade bíblica: “Com amor eterno eu te amei, por isso com benignidade te atraí,” Jeremias 31:3. A cada momento a vida de Jesus o levava à sua ressurreição.

Não deveríamos nós permitir que o momento presente dê início à nossa manhã de ressurreição?

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