Quero expressar especial gratidão pela provisão feita por nossa Líder, Mary Baker Eddy, estabelecendo as Salas de Leitura da Ciência CriatãChristian Science (kris´tiann sai´ennss). Na época em que eu residia num país estrangeiro, nada na minha vida parecia dar certo. Havia naquela sociedade certas normas de comportamento às quais eu não podia aderir. Como resultado, fui objeto de muita crítica. Parecia que ninguém se importava comigo.
A minha angústia chegou a tal ponto que eu considerava procurar ajuda psiquiátrica, quando encontrei, por acaso, uma Sala de Leitura da Ciência Cristã, localizada no mesmo prédio da filial local da igreja. Entrei, sem saber exatamente o que eu procurava. A encarregada da Sala de Leitura me ensinou como ler as lições bíblicas (constantes no Livrete trimestral da Ciência Cristã), o que fiz seguir. Não recordo mais nada do que li, com exceção de uma palavra que me ficou gravada. A palavra era "amor". Em pouco tempo me puseram em contato com uma praticista da Ciência Cristã, pessoa dinâmica e vivaz, a qual me falou do amor que Deus tem para com Seus filhos, dos quais eu era um. Saí daquela visita como um homem novo.
Na semana seguinte tive um acidente automobilístico. Felizmente, nenhuma das crianças que eu levava para a escola se feriu. Sendo novo no estudo da Ciência Cristã, eu não sabia que os efeitos de acidentes podem ser anulados por meio da oração. Nesse país um acidente de tráfego é considerado algo muito sério e fui levado à Delegacia de Polícia local. Minha esposa informou a minha firma. Das trinta e cinco pessoas que trabalhavam no departamento de vendas, Parece que todas tomaram tempo para aiudar-me naquela situação. Algumas telefonaram para advogados, outras para figuras políticas ou outras pessoas influentes. Durante todo o tempo em que permaneci na Delegacia, um ou outro dos colegas esteve comigo. Finalmente o veredicto do juiz foi o de que eu devia comprar o carro da outra pessoa envolvida no acidente.
Como minha esposa estava prestes a ter o nosso filho caçula, não havia dinheiro disponível para efetuar o primeiro pagamento do carro. Parecia não haver outra solução senão a de pedir dinheiro adiantado ao meu empregador, prática comum no país. Por questões pessoais, tanto o gerente de vendas como o gerente geral se recusaram a atender o pedido, apesar de este ser procedimento normal. No entanto a gerência foi forçada a ceder, quando todo o departamento de vendas ameaçou fazer greve a meu favor. Consegui o dinheiro e, depois de doze horas, pude deixar a Delegacia de Polícia.
O acordo feito com a firma sobre a restituição do empréstimo era o de que fariam descontos parciais nos meus salários futuros, até que toda a dívida tivesse sido saldada. Depois de ter recebido dois pagamentos sem nenhum desconto, telefonei ao departamento de contabilidade e pedi esclarecimentos. Então fiquei sabendo que não somente as trinta e cinco pessoas do departamento de vendas, mas também outras pessoas que trabalhavam na fábrica, haviam contribuído com dinheiro de seus futuros salários e cobriram totalmente a minha dívida. Creio que esta ajuda prática foi o resultado direto do que eu havia vislumbrado do grande amor de Deus, durante a minha visita à praticista. Aquela foi uma experiência inesquecível, tanto para minha esposa como para mim.
Mais tarde, quando residíamos novamente nos Estados Unidos da América, uns amigos nos convidaram para passar o fim de semana em sua companhia. Certa manhã, enquanto se procediam na casa aos afazeres para o café da manhã, os gritos súbitos de um dos nossos filhos paralisaram tudo isso, pois ele apresentava um corte profundo na cabeça. O aspecto do ferimento era alarmante. No meio da agitação, recordo, levei o rapaz a uma pia, e lavei-lhe o ferimento com água.
O que me veio à mente naquele instante foi a "exposição científica do ser", que se encontra no livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras pela Sra. Eddy. Inicia assim (p. 468): "Não há vida, verdade, inteligência, nem substância na matéria. Tudo é Mente infinita e sua manifestação infinita, porque Deus é Tudo-em-tudo.” Sobreveio-me absoluta calma e senti-me muito elevado. Então deixei-me distrair pela filhinha de nossos amigos, que informou: “Foi com isto que David foi ferido.” Trazia na mão um ancinho de jardim. Logo eu sabia o que me era necessário fazer. Tinha de ver a irrealidade da crença em acidentes ou ferimentos e saber que o filho de Deus está sob Seus cuidados, que não pode sofrer dano algum. Enquanto eu voltava ao meu estado anterior de tranqüilidade e equilíbrio, ouvi a mãe do rapazinho causador do acidente a repreendê-lo. O garoto respondeu: "Eu fiz por querer." A tranqüilidade que obtive por meio da oração foi interrompida por uma profunda irritação contra o menino. Deime conta, então, de que eu precisava ver nele o filho de Deus, tanto como o via no meu próprio filho; que ele era o reflexo amado e amável de Deus, seu Pai-Mãe. Tendo-o compreendido, a hemorragia cessou totalmente.
Levei meu filho a um leito na parte superior da casa, onde continuei orando por dez minutos. De repente o menino se sentou e disse que queria ir brincar. Aquilo foi o fim do incidente. A ferida fechou rapidamente, sem deixar deixar cicatrizes nem conseqüências.
Dessa experiência aprendi como é importante olhar além das evidências falsas, materiais, e perceber a harmonia da criação de Deus. Também aprendi uma lição sobre o perdão, que me fez despertar e perceber o profundo amor que o Pai tem por todos os Seus filhos.
Estas são apenas duas das muitas evidências do amor e da proteção de Deus que tenho obtido em minha vida, desde que pisei pela primeira vez naquela Sala de Leitura, há já muitos anos.
Costa Mesa, Califórnia, E.U.A.
 
    
