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Recorde as bênçãos!

Da edição de março de 1986 dO Arauto da Ciência Cristã


Em seu poema “Resoluções para o dia” a Sra. Eddy inclui “.. . Diariamente recordar minhas bênçãos. .. ” Poems, p.33 Embora escritas na juventude, essas linhas indicam seu reconhecimento precoce do quanto é importante ativar a lembrança do bem. A recordação diária das bênçãos prepara o coração para o desenvolvimento contínuo da bondade e do amor divinos, expressos na experiência humana.

Há energia espiritual em recordar-se conscientemente o bem e em sinceramente ansiar-se por ele — pelo extravasar ininterrupto dos benefícios divinos sobre o modo de pensar e de viver cristãos. Visto que o bem é a única realidade e Deus sua única fonte, o homem é o enterno beneficiário do bem. O homem é, para sempre, a imagem de seu criador e corporifica harmonia e imortalidade — que são bênçãos apenas por seu reconhecimento lúcido. Até mesmo nas ciências físicas, a demonstração dos fatos depende, muitas vezes, de aceitarem-se inteligentemente as premissas adotadas. Do mesmo modo, a metafísica divina da Ciência Cristã, sustentada como está pela autoridade da Bíblia, é comprovável, quando é aceita com compreensão; as provas de sua validade estão na abundância das bênçãos que produz.

O autor do livro de Malaquias recebeu a terna promessa de que era propósito de Deus conceder todo o bem profusão incessante àqueles que O serviam com pensamentos sagrados de amor abnegado e de gratidão: “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós bênção sem medida.” Malaq. 3:10.

Ao mesmo tempo que o pensamento humano se vir permeado e transformado pela influência do caráter cristão, diminuem proporcionalmente os elementos da consciência errônea, tais como medo, ressentimento, inveja e outros. A ação fermentadora do pensamento espiritualizado chega a cada porção de nossa experiência, dando ímpeto a ambições mais elevadas, motivando atividades sadias, produzindo raciocínio substancial e preparando a humanidade para esta bênção divina: “muito bem, servo bom e fiel.” Mateus 25:21.

Um estudante novato na Ciência Cristã havia passado por repetidas frustrações em seus negócios e chegara ao ponto em que qualquer alusão a progresso o levava a reagir imediatamente com pessimismo. Certo dia, ao ler do livro Ciência e Saúde de autoria da Sra. Eddy, deparou-se com esta pergunta desafiadora: “Somos realmente gratos pelo bem já recebido?” Respondeu imediata e afirmativamente. Mas, ao continuar lendo, apercebeu-se de que a resposta exigia consideravelmente mais do que sua simples aquiescência. Não seria realmente válida se não contivesse a marca da verdadeira gratidão, expressa nas seguintes palavras: “Então nos aproveitaremos das bênçãos que temos e assim estaremos aptos a receber mais.” Ciência e Saúde, p.3.

O homem começou a perguntar-se: “Quais são as bênçãos que já tenho?” Pelo lado humano, recordave-se de inúmeras. Em primeiro lugar, de saúde melhor, de filiação gratificante na igreja, de relações harmoniosas, de ter vida matrimonial muito feliz. Mas, repentinamente, deu-se conta de que essas condições de profunda satisfação eram apenas os frutos de bênçãos ainda maiores da inspiração, dos desejos cada vez mais espiritualizados, da alegria mais profunda nas coisas do Espírito, da crescente confiança em Deus e num desejo mais firme de ser digno seguidor do Mestre, Cristo Jesus. Todos esses benefícios vieram a fazer parte de sua vida graças à Ciência Cristã.

Naquele momento, aquele homem resolveu acalentar as bênçãos, humanas e divinas, em gratidão consciente — não de forma esporádica, mas com regularidade, lembrando-se não apenas da natureza delas, mas também de sua fonte. Passou a honrar e magnificar diariamente os sinais de progresso espiritual, até que se tornou mais continuamente cônscio deles e grato por eles. Pouco a pouco, sua consciência ficou permeada da lembrança do bem, o do passado e o do presente, e aquele homem passou a dar crédito cada vez menor a que o infortúnio tivesse história de um desenvolvimento ou viesse a ter um futuro. Descobriu ser cada vez mais verdadeiro que engrandecer conscientemente suas bênçãos o preparava para recebê-las em profusão ainda maior. Portas que até então haviam estado fechadas, abriram-se para atividades mais gratificantes e rendosas, em sua carreira.

A Epístola aos Hebreus inclui lembrança proveitosa: “Desejamos. .. que não vos torneis indolentes, mas imitadores daqueles que, pela fé e pela longanimidade, herdam as promessas. Pois quando Deus fez a promessa a Abraão, visto que não tinha ninguém superior por quem jurar, jurou por si mesmo, dizendo: Certamente te abençoarei, e te multiplicarei. E assim, depois de esperar com paciência, obteve Abraão a promessa.” Hebreus 6:11–15.

Abraão, o grande patriarca, provou que a obediência e a retidão realmente frutificam em bênçãos. A humanidade tende a acreditar que a retidão é, muitas vezes, estúpida e a obediência, muitas vezes, impraticável. Pessoas mencionarão, de modo acusador, as provações pelas quais passaram os justos, e lamentarão: “A bondade nem sempre traz proveito.” A avaliação desse proveito, como a fazem, costuma ser inteiramente material e, quase sempre, monetária!

É importante o conselho dado na epístola àqueles cristãos, de que não se tornassem indolentes. A letargia espiritual, quando tolerada constantemente, embota a percepção do bem, podendo até sufocar os anseios pelas bênçãos provenientes do Amor divino, e que são, de fato, proporcionais à obediência e à retidão. Chuvas de bênçãos são merecidas, não simplesmente herdadas.

Quando consideramos a promessa de Deus, de abençoar Abraão, pode apresentar-se que a maior de todas as bênçãos é a consciência de se estar agindo corretamente e a consciência da aprovação divina que pousa sobre o pensar e o viver cristãos. A aclamação popular não é, por si só, nenhum parâmetro para as bênçãos divinas. Certamente, as bênçãos de nosso Pai celestial recaem sobre a vida de todos os que procuram aproximar-se daquele subordinar do humano ao divino, apresentado pelo Mestre, renunciando a reações pessoais e acolhendo respostas cristãs, aderindo aos padrões imortais dos Dez Mandamentos e do Sermão do Monte. Então, os dias estarão repletos de bênçãos. Recordá-las encherá o coração e a vida com a fragrância da gratidão que adoça o que pretende ser amargo, pagando em cheio a dívida do amor a Deus.


Eis que para abençoar recebi ordem;
ele abençoou,
não o posso revogar.

Números 23:20

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