Histórico em que predomina a cura
Uma igreja no estado de Nebrasca, nos Estados Unidos da América, ao fazer preparativos para instalar-se em seu novo edifício, decidiu revisar seu histórico. Este relatório nos conta o que os membros dessa igreja aprenderam durante aquele período.
A Ciência Cristã chegou ao nosso Estado em 1880. A construção de nosso primeiro edifício de igreja foi iniciada em 1907 e terminou em 1912. Das atas da diretoria e das assembléias gerais dos membros, constatamos que a nossa igreja tinha mais de um século de história. A diretoria nomeou uma comissão para pesquisar os dados históricos e verificar nossa verdadeira história, isto é, o coração da igreja. Poderíamos, assim, tomar conhecimento das ações passadas e aprender algo de seus resultados, e, também, discernir seus pontos fortes e tomar nota deles.
Logo se evidenciou que faltava algo nos relatórios minuciosamente elaborados, algo que é parte integrante de nossa igreja. As eleições de dignitários, as nomeações das comissões, os relatórios dos tesoureiros, os nomes dos professores da Escola Dominical e dos bibliotecários, tudo isso aparecia, relatado com absoluta precisão. No entanto, em nenhum ponto se fazia menção, ou registro, das curas, as quais constituem o coração e a alma do trabalho realizado na igreja.
O motivo pelo qual Mary Baker Eddy estabeleceu a Igreja foi, como ela mesma o declarou no Manual de A Igreja Mãe, “Organizar uma igreja destinada a comemorar a palavra e as obras de nosso Mestre, à qual cumpre restabelecer o cristianismo primitivo e seu elemento de cura, que se havia perdido.” Man., p. 17. Ao reexaminar essa pedra fundamental do verdadeiro trabalho da igreja, a diretoria pediu a um de seus próprios membros que fizesse uma relação dos tipos de curas mencionadas em cada reunião de testemunhos de quartas-feiras. Essa relação, bem generalizada e da qual não constariam nomes, deveria ser apresentada por ocasião das reuniões mensais da diretoria, de maneira a ser incluída nas atas dessas reuniões.
Depois de estudar cerca de doze desses relatórios, a diretoria, impressionada e agradecida pelo âmbito de curas realizadas, decidiu apresentar um relatório geral numa assembléia trimestral de membros. Em resumo, havia mais de 350 expressões de gratidão mencionadas espontaneamente pela congregação em reuniões de testemunhos das quartas-feiras. Entre elas havia relatos de curas de problemas físicos, tais como tumores malignos, queimaduras, resfriados, gripes, dores de cabeça, perda de audição, picadas de insetos, dificuldades respiratórias, fadiga, erupções cutâneas, dores, hemorragias nasais, dores musculares, dores de ouvido, problemas nos olhos, febres, ferimentos — bem como curas de depressão, solidão, tristeza pela perda de um ente querido, relações pessoais discordantes, medo, carência, mau humor, desejo de fumar e de beber. Também havia relatos de como fora localizada uma pessoa que desaparecera, como objetos perdidos haviam sido recuperados, como expressar amor aos membros da igreja, como demonstrar suprimento, orientação, e uma compreensão mais profunda de que o homem espiritual não tem idade.
Além disso, havia expressões de gratidão pela Ciência Cristã, pela atividade da igreja, e também pelas leituras inspiradas das reuniões de testemunhos das quartas-feiras, pela Escola Dominical, pelos praticistas, enfermeiros, por nosso pastor, ou seja, a Bíblia, e o livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras de autoria da Sra. Eddy, e pelas lições bíblicas No Livrete trimestral da Ciência Cristã., pelo Manual, pelo jornal The Christian Science Monitor e pelos outros periódicos, pelas conferências, pela Sala de Leitura, por haver tomado o Curso Primário de Ciência Cristã e pelas reuniões das associações de alunos, pelos testemunhos e pelo Hinário da Ciência Cristã. Havia também manifestações de gratidão por nosso novo edifício da igreja, e pela harmonia que havia prevalecido durante todo o processo de planejamento, de elaboração do projeto arquitetônico e da construção propriamente dita.
Assim encontramos um modo de registrar permanentemente, e de maneira impessoal, o trabalho inspirador de cura, trabalho que constitui o coração da atividade da igreja. Ficou evidente um aspecto especial da democracia na atividade da igreja filial, uma vez que cada membro e cada visitante que dá testemunho, era considerado contribuinte e auxiliar na construção da instituição da igreja, graças à sua participação na reunião de quarta-feira, estabelecida pelo Manual.
Quando se leu esse relatório, na assembléia trimestral, os membros ficaram emocionados e maravilhados, ao perceber o quanto haviam participado dessas belíssimas curas. Ficou claro que o trabalho metafísico dos membros e sua prática diária da Ciência Cristã constituíam a verdadeira substância do trabalho da igreja, o seu registro mais importante. Havíamos aprendido a identificar as provas vívidas e autênticas de uma igreja da Ciência Cristã, em ação.
Avaliação espiritual das reuniões de testemunhos de quartas-feiras
Este artigo mostra como um debate democrático, quando sustentado por oração científica, fortalece a igreja, permitindo-lhe cumprir com sua missão de curar. Este artigo é o último de uma série sobre a democracia nas igrejas filiais.
Numa assembléia trimestral de nossa Sociedade de Ciência Cristã, foi apresentada a proposta de reduzirmos o número de nossas reuniões de quartas-feiras à noite, a uma ou duas vezes por mês, pois muito pouca gente freqüentava essas reuniões. Havia, até certo ponto, um acordo geral sobre isso. Algumas pessoas achavam que os membros não estavam preparados para dar apoio a reuniões de testemunhos em todas as quartas-feiras à noite. [Ao contrário do que ocorre com as igrejas, não é requisito para uma Sociedade realizar a reunião de quarta-feira todas as semanas.]
Pouco tempo depois, a diretoria convocou uma assembléia extraordinária para se tratar desse assunto e votar no que fosse deliberado. Fomos avisados com duas ou três semanas de antecedência, para dar atenção ao assunto, em espírito de oração. No dia da reunião, durante a parte inicial o tema foi trazido a debate. Vários membros opinaram sobre a proposta, alguns colocando-se a favor de reduzir o número de reuniões de quartas-feiras, outros dizendo-se indecisos e com sentimentos em conflito quanto à situação.
Nesse ponto, uma pessoa declarou que se opunha a reduzir o número das reuniões de quartas-feiras, mas que, se era isso o que a maioria desejava, estava disposta a apoiar a decisão. Disse também que simplesmente iria assistir às reuniões em outra igreja nessa grande cidade, nos dias em que não se realizasse a reunião na nossa sociedade.
Até aquele momento, a maior parte do debate se havia concentrado no número de pessoas que vinham freqüentando as reuniões das quartas-feiras à noite. Não se havia falado quase nada dum ponto de vista metafísico.
Então um membro pediu permissão para mencionar algumas idéias que lhe haviam ocorrido ao orar, em casa. Havia pensado que talvez houvesse entre os membros uma sensação de estarem sobrecarregados, sensação essa que precisava ser curada. Estava falando na sensação de sobrecarga, porque uma pessoa tinha de preparar a seleção a ser lida na quarta-feira, quando havia tão pouca gente para ouvir a leitura. Mencionou que cada tarefa necessária na igreja era uma atividade dirigida por Deus, divinamente motivada, e salientou que cada atividade se relaciona, no pensamento do membro, a qualidades específicas, ou idéias, de Deus. Cada membro pode compreender, por exemplo, que a reunião de quarta-feira à noite expressa, até certo ponto, a presença das qualidades divinas de amor, alegria, força, beleza, ordem, inspiração, compreensão, e assim por diante. Portanto, essa atividade não está separada da onipotência de Deus. Por isso mesmo não pode haver sobrecarga quando os membros compreendem e aceitam o fato de que a expressão do bem, por parte de Deus, está presente para dar apoio às reuniões de quartas-feiras.
Quando a sensação de sobrecarga ficar curada, naturalmente as pessoas terão o desejo de comparecer, acrescentou. Concluiu dizendo que, se reduzíssemos o número de reuniões de quartas-feiras à noite, oraria para obter melhor compreensão de Igreja, tivéssemos ou não todas as reuniões.
Depois disso, os membros começaram a manifestar-se a favor de continuar a realizar semanalmente as reuniões de quartas-feiras. Uma pessoa relembrou o quanto nos alegráramos ao começar a celebrar cultos religiosos nesse bairro havia somente três anos, tão agradecidos por ter reuniões de quartas-feiras à noite para relatar ao mundo as curas, independente de quantas pessoas estivessem presentes. Alguns minutos mais tarde, o tema foi levado à votação, e o voto a favor de continuar a realizar as reuniões de testemunhos em todas as quartas-feiras foi unânime.
Estamos imensamente agradecidos por compreender e vivenciar o poder da oração, tão claramente demonstrado. Além disso, desde então aumentou a freqüência às nossas reuniões de quartas-feiras, e agora geralmente temos um belo grupo de pessoas, tanto membros como visitantes.
Começar com a oração, e com o desejo de fazer a vontade de Deus
Este relatório é de uma praticista que mora na Suíça. Foi escrito originalmente em francês.
Depois de muitos anos de atividade numa igreja da Ciência Cristã, onde havíamos exercido quase todos os cargos, meu marido e eu, após a aposentadoria dele, nos mudamos para outra região. Tornamo-nos membros da Sociedade de Ciência Cristã na localidade, e fomos recebidos de braços abertos.
Na ocasião, achávamos que se podia fazer algo mais a fim de estimular a circulação de nossos periódicos, inclusive do jornal The Christian Science Monitor, embora o bibliotecário da Sala de Leitura e o representante de publicidade do Monitor fizessem muito para promover o jornal.
Depois de certo tempo, pudemos, meu marido e eu, tomar parte nessa atividade, isto é, estar alerta, individualmente, a cada oportunidade de promover todos os nossos periódicos. Não conhecíamos ninguém nessa zona, nova para nós, zona que incluía várias cidades pequenas, e muito menos gente que falasse o inglês e que pudesse apreciar o Monitor.
No entanto, começamos com a oração, e com o desejo de fazer a vontade de Deus. A Sra. Eddy escreve: “Tudo o que Deus dá, movese de acordo com Ele, refletindo bondade e poder.” Ciência e Saúde, p. 515.
A seguir, relatamos algumas de nossas experiências:
A senhora gerente de um hotel nos perguntou aonde havíamos aprendido inglês. Respondemos que havia sido, em parte, ao ler o jornal The Christian Science Monitor. Ela ficou muito interessada. Alguns domingos mais tarde, de novo perguntou-nos sobre o Monitor, e espontaneamente lhe oferecemos uma assinatura de um ano, que ela prontamente aceitou. Agora, deixa o Monitor à disposição dos hóspedes do hotel, onde também se realizam muitas convenções.
O gerente de uma agência de viagens nos ajudou muito, e soubemos que falava inglês. Demos-lhe uma assinatura de presente, a qual foi muito bem recebida.
Uma cantora de renome internacional realizou um espetáculo de gala num festival de música na nossa região. Pouco depois, uma entrevista com essa notável cantora apareceu no Monitor. Telefonamos à secretária encarregada do festival, informando-a da publicação da entrevista, e perguntamos se ela sabia de alguém que falasse inglês e que tivesse interesse no jornal. Respondeu: “Fui eu que tive a meu cargo a cantora, durante toda a sua estada aqui, e gostaria muito de ler a entrevista.” E foi assim que ficou conhecendo o Monitor.
Um dia, sentei-me num banco, ao lado de uma senhora idosa, muito simpática. Não havia notado, mas de dentro de minha bolsa aparecia a ponta de um Christian Science Sentinel. Perguntou-me ela sobre a Ciência Cristã, e começamos a conversar. Era viúva de um funcionário público que tivera um cargo importante, e expressou o desejo de conversar comigo e com meu marido, para saber algo mais acerca da Ciência Cristã, com o que concordamos. Depois, ela leu o livro Um Século de Cura pela Ciência Cristã e alguns dos periódicos da Ciência Cristã, inclusive o Monitor. Ficou encantada com eles. Nesse caso, novamente, a língua inglesa não foi obstáculo. Essa senhora sentiu-se muito confortada pela Ciência Cristã.
Graças ao Monitor pudemos vencer a hostilidade que nos foi expressa por um casal, no nosso novo lugar de residência. Parecia que a atitude agressiva se baseava na diferença de religião. Mas fomos guiados, pela oração, a oferecer-lhes um artigo específico do Monitor. Agora desfrutamos de relações cordiais.
Pudemos também oferecer o jornal a dois estudantes nigerianos. Desde que voltaram para a Nigéria, mantemos correspondência com um deles. Esse rapaz, ao final de algum tempo, começou a ler Ciência e Saúde de autoria da Sra. Eddy, livro que lhe enviamos quando ele pediu que lhe contássemos algo sobre a Ciência Cristã. Ficamos inteirados de que dois outros nigerianos tiveram oportunidade de estudar a Ciência Cristã.
É enorme a nossa alegria espiritual, ao percebermos o alcance da orientação de Deus e as bênçãos provenientes dessas experiências.
[Excertos transcritos da seção “The Church in Action” do Christian Science Journal]
