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Onde é que você se enquadra?

Da edição de outubro de 1987 dO Arauto da Ciência Cristã


Visto que cada um de nós é um ser individual, nenhuma pessoa é exatamente igual à outra, assim como duas folhas, ainda que da mesma árvore, não são exatamente iguais. Essa individualidade parece óbvia, mas algumas vezes é bastante difícil entender qual a contribuição especial que cabe a cada um fazer.

Em certa ocasião, quando eu ponderava sobre meu valor e também sobre quem eu era, uma amiga me chamou a atenção para a resposta que a Sra. Eddy dá a uma pergunta semelhante: “Oxalá cada membro desta igreja se eleve acima da pergunta costumeira: O que sou? para a resposta científica: Sou capaz de transmitir verdade, saúde e felicidade, e essa é a minha rocha de salvação e a razão de minha existência.” The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 165.

Algum tempo depois de haver lido tais palavras, ao dar um passeio a pé, parei e olhei ao meu redor. Vi um carvalho enorme, alguns pinheiros alterosos e vários pés de eucaliptos. Cada uma dessas árvores se destacava distintamente no total do cenário.

Percebi que o carvalho não seria tal como o pinheiro. As suas folhas não iriam permanecer nos ramos durante todo o inverno, como acontece com as agulhas dos pinheiros. Nem faltava algo aos pinheiros porque careciam das cascas dos eucaliptos. Cada árvore era completa e bonita, expressando as suas próprias características distintas. Também constatei que, se qualquer uma daquelas árvores não estivesse ali, a paisagem seria bastante diferente.

Em carta aos cristãos em Corinto, Paulo disse: “Ora, os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo.” 1 Cor. 12:4. Mais adiante, lembra que cada parte do corpo é necessária: “Não podem os olhos dizer à mão: Não precisamos de ti; nem ainda a cabeça, aos pés: Não preciso de vós.” 1 Cor. 12:21. Pensei em como a sociedade humana é constituída de pessoas dos mais diversos tipos. Mas eu era valiosa justamente pela maneira como era. Eu talvez não fosse exatamente como esta ou aquela pessoa, mas tinha meu próprio valor. Em realidade, minha identidade como o homem, a expressão de Deus, permanecia espiritual, intata e completa, refletindo Deus. Conseqüentemente, eu podia expressar, a todo instante, as qualidades de Deus de que necessitava.

Logo depois disso, tive em minha própria vida um exemplo prático da verdade de que cada um de nós é único. Duas de minhas melhores amigas e eu nos candidatamos a líderes de torcida das competições esportivas de que nosso colégio participaria. Procurei conscientizar-me de que eu era o reflexo de Deus, expressando sempre as qualidades de Deus e sempre consciente de Seu propósito. Assim, fiquei bastante chocada ao saber que minhas duas amigas tinham sido escolhidas, mas eu, não. Combati o desapontamento, sabendo que podia confiar no plano divino, fosse ou não fosse eu alguma vez líder de torcida. Tratei de obedecer ao que a Ciência Cristã ensina — que podemos expressar “Verdade, saúde e felicidade” e tratei sinceramente de estar feliz com a alegria de minhas colegas.

Cerca de duas semanas mais tarde, algumas outras amigas sugeriram que eu concorresse ao cargo de representante de classe. A princípio receei uma nova decepção. Entretanto, a lição que as árvores me haviam ensinado começava a significar algo para mim. Nem um teste de classificação nem uma eleição poderiam darme, ou tirar de mim, a identidade que Deus me outorgava, a minha integridade espiritual. A idéia de que eu deveria aproveitar esta nova oportunidade continuou a me assediar. Fez-me pensar no versículo bíblico que diz: “Quando te desviares para a direita e quando te desviares para a esquerda, os teus ouvidos ouvirão atrás de ti uma palavra, dizendo: Este é o caminho, andai por ele.” Isaías 30:21.

Candidatei-me, e vim a ser a primeira garota eleita para esse cargo em nosso colégio. Como representante da classe, tive as mais diversas experiências, nas quais continuei a expressar minha individualidade como reflexo de Deus. Para mim, essa foi prova definitiva de que podemos confiar no propósito de Deus.

A lição continuou a me abençoar. Compreendi que eu nunca seria exatamente como minhas amigas; nem realizariam elas exatamente o mesmo que eu. Cada uma de nós tinha possibilidades de expressar, de modo pleno, as dádivas outorgadas por Deus.

A competição amarga e a inveja desaparecem, quando se compreende o reflexo das qualidades de Deus. Podemos amar, apreciar e acalentar as características boas que distinguem os demais, ao invés de criticá-los. Podemos sentir-nos felizes com o sucesso dos outros.

Nem duas árvores, nem duas pessoas são exatamente iguais, pois cada uma delas expressa sua individualidade. À medida que nos damos conta de que refletimos as qualidades de Deus, ficamos capacitados a agir com mais confiança espiritual, a descobrir que nossa identidade está intata, pois somos a semelhança de Deus.

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