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Vidas e igrejas cheias do Espírito

Da edição de dezembro de 1990 dO Arauto da Ciência Cristã


O jovem sentado na camioneta, à beira do lago, fixava longe o olhar, quando dele me acerquei, de bicicleta. Eu estava procurando pássaros com o fito apenas de observá-los ao natural. Perguntei-lhe se havia visto alguma das grandes garças azuis que, segundo fora informada, haviam feito ninho naquelas paragens.

Olhei para dentro da janela do carro e notei o livro que o jovem tinha sobre os joelhos, a Bíblia, aberta nos "Atos dos Apóstolos". "Veja só," exclamei, "você está lendo meu livro preferido!" Pedi desculpas por importuná-lo. Ele sorriu e mostrou que se alegrava em conversar. Contou-me que tentava memorizar o que lia, com o objetivo de lembrar o que Jesus aconselhara que seus discípulos fizessem.

Comentei que admirava sua tenacidade e seu amor pela Palavra de Deus, mas que a mim esse livro em particular atraía, não tanto pelas palavras do texto, quanto pela extraordinária vitalidade das ações dos discípulos, depois de terem sido testemunhas oculares da ressurreição de seu Mestre. A igreja cristã que emergia está ali descrita claramente em toda a sua simplicidade e dedicação — uma leva de homens e mulheres devotados totalmente a propagar os ensinamentos de Jesus, realizando, de fato, as maravilhosas obras de cura que ele lhes ordenara.

O jovem e eu falamos, por exemplo, na cura do paralítico efetuada por Pedro e João à porta do templo em Jerusalém. Parece que os discípulos estavam tão imbuídos do espírito da Verdade, que foram capazes de levantar instantaneamente aquele homem e livrá-lo de sua invalidez. De todo restabelecido e andando, entrou com eles no templo, "saltando e louvando a Deus".

Fomos, ambos, da opinião de que é de suma importância o modo como se vive o cristianismo, para podermos atestar, por atos, os ensinamentos de Jesus. Nossa conversa alongou-se um bocado — dois cristãos a trocar idéias. Depois despedi-me e prossegui em meu caminho. Ao avançar pela curva seguinte da estrada, vislumbrei uma grande garça azul voando em direção ao lago que eu deixara para trás!

As palavras que trocamos fizeram-me ponderar novamente as maravilhas realizadas pelos discípulos depois da ascensão de Jesus. Algo muitíssimo poderoso e fora do comum estava em ação neles. O Mestre prometera que sentiriam o poder do Espírito Santo quando dessem testemunho de seus ensinamentos e das curas que efetuara. A promessa começou a cumprir-se no Dia de Pentecoste. Jerusalém recebia grande multidão de pessoas que acorriam das nações vizinhas para celebrar o dia festivo. Quando os discípulos pregavam as boas-novas das "grandezas de Deus", todos os que estavam presentes, de tantas e tão diversas origens, ouviam a mensagem como se fora falada em sua própria língua.

O impacto da mensagem de Deus, mensagem de salvação, foi tão intenso, que milhares de pessoas quiseram ser batizadas em nome de Jesus. A igreja cristã nasceu naquele dia. Com o subseqüente ministério de cura levado a efeito pelos discípulos, a Bíblia registra que "crescia mais e mais a multidão de crentes, tanto homens como mulheres, agregados ao Senhor" (Atos).

Temos de concluir então, se é válido o cristianismo, que esse poder de Deus nunca mudou e que o Espírito Santo está presente ainda hoje para purificar e instruir, consolar e curar. É um dom que precisamos reconhecer, aceitar e utilizar, pois nos transformará e dará a nossa vida novo impulso espiritual.

Mary Baker Eddy, que descobriu a Ciência do Cristianismo ensinada pelo Mestre, discorre, no livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, sobre a atividade do Espírito Santo. Em seu livro Miscellaneous Writings, assim descreve o batismo do Espírito Santo: "O batismo do Espírito Santo é o espírito da Verdade, a limpar de todo pecado, a dar aos mortais novos motivos, novos propósitos, novos afetos, todos apontando para o alto." Deveríamos acolher bem essa purificação pelo Espírito, pois nos dá energia e desenvolve em nós capacidades mais amplas de fazer o bem.

Ao fazermos um esforço resoluto para abandonar a materialidade em favor da espiritualidade, nosso pensamento se modifica radicalmente. O espírito de Deus penetra em nosso coração e o limpa do egoísmo, levando-nos a descobrir uma nova comunhão em Cristo, fator este que pode ser tão atraente como o foi nos primeiros dias do cristianismo. Quando a prática da cura cristã é o centro de nossa adoração a Deus, sentimos novamente um pouco da força e da vitalidade daquelas primeiras igrejas cheias do Espírito.

Um exemplo mais recente da comunicação que tem por base o Espírito Santo, ocorreu numa remota aldeia de pescadores, quando uma praticista da Ciência Cristã, Frances Thurber Seal, foi chamada à Noruega para curar uma jovem que estava com câncer no útero, um caso considerado sem esperança. Enquanto se encontrava no lugar, a Sra. Seal teve ocasião de falar a respeito de Deus a um grupo de pessoas que o pastor local e seu irmão reuniram. A Sra. Seal conta, no livro (Christian Science in Germany) que mais tarde escreveu: "Continuei a falar em Deus como está revelado na Ciência Cristã e disse como demonstramos essa revelação em saúde e vida, a vida em abundância prometida por Cristo Jesus.. .. Falei em verdades, ali, de que eu não tinha consciência antes."

Mais tarde, desenrolou-se entre os presentes animada conversa. A jovem anfitriã declarou que, embora entre eles ninguém conhecesse uma só palavra da língua inglesa, todos tinham entendido o que a Sra. Seal dissera sobre Deus. Durante a estada desta naquela aldeia, quatro pessoas foram curadas e a paciente que a procurara ficou inteiramente livre da doença após cerca de dois meses de tratamento pela Ciência Cristã. A cura foi tão completa, que dois anos mais tarde a mulher teve um filho.

As curas que confirmam nossas palavras, certamente provam o que compreendemos da verdade sobre Deus.

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