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INVESTIGUE O TEMA A FUNDO

É sensato ficar na expectativa de que a doença seja curada por meio da oração? Por quê?

Da edição de maio de 1991 dO Arauto da Ciência Cristã


Ao Pensar Sobre a pergunta do título, temos de admitir que não é sensata a expectativa de curar a doença por meio da oração, se acreditarmos que tudo é mais ou menos aquilo que aparenta ser.

Se a vida é material em essência — se é uma questão de nascer num corpo material, surpreendentemente complexo, e de viver até que essa máquina, ou corpo, pare de funcionar — então não faz muito sentido admitir outro meio de cura, além da medicina material.

Mas se a vida é, em grande parte, influenciada pelos pensamentos das pessoas e pelas boas qualidades afetivas e mentais que elas expressam então há motivos para acreditarmos que a poderosa forma de pensar, chamada oração, possa produzir uma sensível diferença.

Quando raciocinamos sobre o assunto, verificamos haver muitíssimas provas de que a vida das pessoas de fato manifesta o que pensam. São expressivos os relatos de indivíduos que suplantaram deficiências por meio da coragem e da disciplina. De igual modo, são inspiradoras as histórias de pessoas que sobreviveram a prisão política e maus tratos devastadores, mantendo incólumes seus ideais. Normalmente, suas atitudes mentais foram mais importantes que suas condições físicas.

Há, ainda, outros tipos de provas. Algumas funções do corpo, tais como as batidas do coração e a pressão sangüínea, que eram consideradas fora do alcance do pensamento consciente, são, entende-se agora, influenciadas pelo pensamento e pelo temperamento.

No livro Making Miracles (Fazendo Milagres), publicado recentemente, o Dr. Paul C. Roud, psicólogo, dá sua contribuição à abundante literatura sobre o assunto. Relata o caso de onze pacientes com diagnósticos de incurabilidade pela medicina tradicional e que, não obstante, venceram suas doenças, desde câncer até esquizofrenia. O Dr. Roud sabe que tais casos são muitas vezes desprezados como aberrações estatísticas. Mas ele realça com insistência que é hora de aprender algo desses exemplos, ao invés de simplesmente deixá-los de lado e considerá-los irrelevantes.

Dever-se-ia, pois, responder à pergunta do título dizendo que é sensata a expectativa de curar a doença por meio da oração, porque a vida é muito mais "mental" do que parece? Não exatamente. É certo que tal reconhecimento ajuda as pessoas a perceberem como uma coisa chamada oração poderia surtir efeito. Mas, por outro lado, a oração que sistematicamente realiza a cura do corpo implica algo muito maior do que uma vaga expectativa.

Foi esse algo mais que deu o impulso original à descoberta e à fundação da Ciência Cristã por Mary Baker Eddy. Em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, a Sra. Eddy explica que o estudo sobre a natureza mental da experiência humana ajudou-a a preparar-se para uma mudança radical de ponto de vista, mas não foi essa, de maneira alguma, a revelação espiritual propriamente dita. O entendimento que mudou o curso de sua vida e a levou a fundar uma nova religião cristã, não foi o de que a mente humana tem influência, mas sim de que a Mente divina, Deus, é de fato Tudo, e a matéria não pode, pois, ser a coisa atuante e substancial que aparenta ser. Deus é supremo, e tudo em Seu universo está sujeito à lei de Sua totalidade e infinita bondade.

Com efeito, a Ciência do Cristianismo leva-nos a formular a pergunta: "E se Deus, de fato, não estiver distante nem remoto, mas for o Tudo-em-tudo, presente aqui conosco — e for, em verdade, mais do que havíamos admitido?" Não seria, então, natural que, em qualquer necessidade, inclusive na doença, buscássemos uma compreensão melhor de Deus? Foi essa plenitude de compreensão espiritual que pautou a vida de Cristo Jesus. A Ciência Cristã considera essa sempre presente idéia de Deus como sendo o Cristo sanador, ou a Verdade.

A Ciência Cristã afirma que a cura por meio da oração é racional e sensata, à luz dessa visão radicalmente diferente sobre Deus. Muitos pensadores religiosos iniciaram suas considerações a respeito da divindade baseados numa forte convicção de que viviam num universo material criado por Deus. Procuraram, então, seguir raciocinando rumo a Deus. A Fundadora da Ciência Cristã não agiu assim. Ela estava tão completamente desapontada pela irracionalidade e pela tragédia (o pensamento atual diria pelo "absurdo") do sentido material de existência, que percebeu a necessidade de começar com Deus, o Espírito, e raciocinar a partir dessa base.

Se alguém tentar abordar a questão da cura da doença por meios espirituais, separando-a da questão da realidade de Deus e do fato de ser Ele a única presença, então surgirão sérias dificuldades — dificuldades para a pessoa que procura a Ciência Cristã, ou para o Cientista Cristão que tenta viver de acordo com o que diz acreditar. Não faz muito sentido, por exemplo, pensar em termos de tentar curar um corpo material completamente substancial por meio de alguns pensamentos espirituais aparentemente insignificantes e intangíveis. No entanto, se Deus é verdadeiramente Deus e a oração é o processo de vivenciar a solidez e praticidade dos fatos espirituais e sua influência em todos os aspectos de nossa vida, então podemos entender o porquê da oração ter tal poderoso efeito restaurador, regenerador e sanador.

A descobridora da Ciência Cristã foi certa feita colocada diante da pergunta: "É a teologia da Ciência Cristã de ajuda na ação sanadora desta Ciência?" Em sua resposta, afirmou: "Toda Ciência é divina, não humana, em origem e demonstração. Se Deus não governa a ação do homem, essa ação é desarmoniosa; mas se Ele a governa, então a ação é Ciência" (Miscellaneous Writings).

À medida que nos recusarmos a deixar Deus fora de Seu universo, não só obteremos respostas às nossas perguntas sobre a oração, como também encontraremos nova capacidade de orar e de conhecer a ação curativa de Deus.

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