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Promessas que são cumpridas

Da edição de setembro de 1992 dO Arauto da Ciência Cristã


Nossa Vida É constantemente influenciada por todo tipo de promessas. Algumas são claras e formais; outras ficam mais ou menos implícitas, de acordo com o momento ou a circunstância. Por exemplo, no casamento há a promessa clara e explícita de amor, respeito e amparo entre os cônjuges. Ou, no caso de uma família, há o implícito, mas absolutamente fundamental compromisso que os pais assumem desde o início, de cuidar dos filhos da melhor maneira possível.

Existem, no entanto, muitos outros tipos de promessas. As pessoas prometem fidelidade ao próprio país; os trabalhadores se comprometem com seus empregadores. Por sua vez, governantes e empresários assumem certas responsabilidades para com as pessoas sob sua esfera de atuação. Além disso, acaso não fazemos a nós mesmos uma série de promessas como, por exemplo, controlar o próprio gênio; completar um projeto começado há tempos; dar mais atenção às necessidades dos outros; levar em consideração os efeitos que nossa atitude e padrão de consumo têm sobre o meio ambiente, e assim por diante?

O que aconteceria com nossa vida, e conseqüentemente com a estrutura da sociedade, se as promessas perdessem seu valor, se elas fossem facilmente quebradas ou desrespeitadas? Muitos afirmarão, de fato, que esse é um problema que já está afetando seriamente a sociedade. O índice de divórcios é alto. Crianças pequenas são deixadas sem nenhuma assistência. Há pessoas que não pagam os impostos; fundos de aposentadoria são inescrupulosamente drenados em benefício de alguns indivídous; uma boa extensão da floresta tropical é destruída durante o pouco tempo necessário para ler este editorial.

Evidentemente, as promessas são importantes. E para aqueles que seguem os ensinamentos de Cristo Jesus, as promessas mais cruciais são as que existem entre Deus e Seus filhos. É a partir daí que todos os outros compromissos tomam forma. Sob o ponto de vista da prática cristã, o senso de obrigação no cumprimento das promessas inclui tanto uma profunda dimensão espiritual como uma dimensão moral e isso, em essência, diz respeito, antes de tudo, a nosso relacionamento com Deus. É a partir desse ponto de vista profundamente moral e espiritual, que conceitos como dever, lealdade, responsabilidade e fidelidade são aprimorados. Esse aprimoramento fortalece a estrutura de nossa vida, a qualidade de nosso relacionamento com os outros e a própria estabilidade da sociedade.

A Bíblia registra o que pode ser considerada a promessa primordial para tornar a experiência humana cada vez mais satisfatória e mais fecunda em seu potencial para o bem. Encontramos, no Antigo Testamento, referência à aliança entre Deus e Seus filhos. Ela vem expressa de muitas maneiras como, por exemplo, em Levítico: "Se andardes nos meus estatutos, guardardes os meus mandamentos, e os cumprirdes, ... Andarei entre vós, e serei vosso Deus, e vós sereis o meu povo."

Mais tarde, no evangelho de João, Jesus promete o divino Consolador a seus seguidores: "E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco." O discípulo João fala da promessa de Deus que imprime substância e realidade à esperança dos cristãos pela salvação: "E esta é a promessa que ele mesmo nos fez, a vida eterna."

Esses são compromissos espirituais profundos e radicais. Aceitar seu conteúdo altera o próprio curso de nossa vida. À luz dessa convicção espiritual, constatamos que não podemos continuar a aceitar para nós uma mentalidade maldosa, mesquinha, superficial ou egoísta. Chegamos à conclusão de que a vida deve ser vivida amplamente, a serviço de Deus, em obediência às Suas leis, para o bem-estar de toda a humanidade.

A Ciência Cristã nos revela o indestrutível elo que existe entre Deus e o homem, o Amor infinito e sua expressão. Essa é a realidade fundamental sobre nossa existência e podemos começar a vislumbrála por meio da oração e do sentido espiritual. A verdade é que nunca estamos fora da presença de Deus, a Mente divina inteligente; nunca estamos fora do alcance do Amor. À medida que abrirmos nosso coração para essa realidade espiritual, veremos que essa promessa de liberdade se cumprirá cada vez mais, e mais vazio será o falso conceito de que nossa vida está inapelavelmente presa à mortalidade e ao materialismo.

Para o Cientista Cristão, existe um significado especial no fato de o último dos artigos de fé da Ciência Cristã, encontrados em Ciência e Saúde com a chave das Escrituras, de autoria de Mary Baker Eddy, envolver uma promessa por parte de cada seguidor: "E prometemos, solenemente, vigiar e orar para haver em nós aquela Mente que havia também em Cristo Jesus; fazer aos outros o que desejamos nos façam; e ser misericordiosos, justos e puros."

Quanto mais estivermos dispostos a aceitar a exigência de "andar" na vereda de Deus, melhor compreenderemos a presença absoluta de Sua aliança. Ele é nosso Deus e nossa Mente; Ele está conosco. Nunca podemos ficar sem o cuidado de Deus, sem Seu consolo e sem Seu eterno poder, que a todos dá vida.

Quando compreendermos o significado de receber as promessas de Deus, nos empenharemos mais para manter as nossas. Não faremos promessas sem pensar, nem tampouco as esqueceremos sob os primeiros ventos da adversidade. Virtudes tais como dedicação, senso do dever, lealdade, responsabilidade e fidelidade não constituem um fardo. São, isso sim, uma força.

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