Acho que a resposta pode ser resumida numa única palavra: amor. Nossa Líder, Mary Baker Eddy, diz-nos em Ciência e Saúde que “O amor a Deus e ao homem é o verdadeiro incentivo, tanto para curar como para ensinar”, e é também o verdadeiro incentivo para escrever.
Quando recebemos de Deus uma idéia nova e original, que nos inspira e cura, não sentimos o desejo de comunicá-la aos outros? O impulso de escrever é o impulso de dar. Escrever é expressão, e a expressão é um ingrediente essencial da vida. Poderia ser comparado à respiração: inspiramos o ar e depois o soltamos. É um ciclo onde há entrada e saída, ou seja, a entrada de idéias inspiradas, oriundas da Mente divina, e sua conseqüente saída como expressão. Se apenas inspiramos o tempo todo, ou se apenas absorvemos idéias inspiradas, sem exalá-las ou expressá-las, ficamos obstruídos e embrutecidos. No entanto, a suave e equilibrada atividade de receber e dar habilita-nos comunicar, com naturalidade, graça e alegria.
Sempre conseguimos tempo para fazer aquilo de que gostamos. (A dedicação a um hobby ilustra esse ponto.) E se gostamos de amar, sempre encontraremos tempo para escrever e dar.
Para mim, durante muitos anos, foi um desafio enfrentar a disciplina de escrever. Foi então que decidi dedicar um dia por mês a escrever para nossos periódicos. Encarei isso do ponto de vista do que nossa Líder nos diz em seu hino “ 'Apascenta as minhas ovelhas' ”: “Mostra, Pastor, como ... Teu rebanho pastorear e cuidá-lo bem.” Entendi que precisava dedicar tempo para focalizar a inspiração que me havia ocorrido, e depois escrever essas idéias de uma forma que ajudasse os outros. De início, parecia que no dia em que me propunha a escrever, sempre surgia alguma coisa que atraía mais minha atenção. Lembrei-me, porém, de algo que a Sra. Eddy escreveu ao editor de seus livros: ela sempre media o significado de um projeto pela resistência que encontrava para levá-lo adiante. Robert Peel, Marry Baker Eddy: The Years of Trial (Boston: The Christian Science Publishing Society, originalmente publicado por Holt, Rinehart and Winston, 1971), p. 282. Compreendi que essa atividade devia ser muito importante! Com perseverança e consagração, a resistência à disciplina simplesmente se desvaneceu e a partir daí eu esperava ansiosa, todo mês, pelo dia reservado a essa forma especial de dar.
Escrevendo, nossa Líder transmitiu ao mundo o que Deus lhe havia dado. Nós somos seus seguidores e podemos orar para sentir o mesmo desejo, inspiração, aptidão e desprendimento em dar, que ela sentiu.
