Há Já Alguns anos que quero contar esta história para vocês e parece–me ser este o momento ideal para agradecer–lhes pelo que a sua visão e amor por “toda a humanidade” tem trazido.
Quando meu amigo Mike começou a trabalhar na Sociedade Editora da Ciência Cristã, como empregado “não–membro”, nas atividades radiofônicas da Igreja, ele pensava, por mais incrível que pareça, que a “Sede da Ciência Cristã” fosse um local onde cientistas (tais como biólogos, físicos e outros do gênero) que eram cristãos, tinham os seus escritórios e laboratórios para trabalharem num ambiente cristão. Ele nada sabia a respeito de uma religião chamada Ciência Cristã, mas ele conheceu muitas pessoas bondosas e amáveis e ele prestou atenção. Ele observava a maneira como as pessoas se tratavam. Ficava espantado com a calma daquelas pessoas perante prazos que tinham de ser cumpridos, crises mundiais, falhas técnicas e assim por diante. Achava interessante como as pessoas oravam antes e assim evitavam perder a calma, como se preocupavam em ser honestas. Ele logo percebeu que estava realmente trabalhando numa igreja e que gostava das pessoas com quem trabalhava.
Em pouco tempo criou amizades chegadas com os companheiros de trabalho, visitando as suas casas, brincando com os seus filhos e conhecendo os amigos dessas famílias, que eram também membros da igreja. Essas pessoas eram divertidas, mas, acima de tudo, elas amavam. Não receavam falar sobre Deus, do Amor e da importância da espiritualidade nas suas vidas. Elas expressavam também um grande amor e admiração por Cristo Jesus. Eram também interessantes individualmente. Eram advogados, editores, cantores, escritores, eletricistas, mães de família, estudantes e músicos “rock”.
Num fim de semana atribulado por desafios emocionais, Mike decidiu ler “o livro” (Ciência e Saúde, de autoria da Sra. Eddy), ao qual os seus amigos Cientistas Cristãos tantas vezes se referiam. Queria saber do que se tratava. Como não tinha um exemplar, dirigiu–se a uma Sala de Leitura da Ciência Cristã ali perto e perguntou se o podia ler. A pessoa que o atendeu na Sala de Leitura arranjou um exemplar dentre os livros para empréstimo e meu amigo sentou–se para ler. Após a leitura de algumas páginas, disse a esse funcionário que queria comprar uma Bíblia e um exemplar de Ciência e Saúde.
Tudo isso aconteceu num sábado de manhã. No domingo de manhã telefonou–nos para nossa casa e perguntou se podia vir falar conosco. Concordamos. Regressamos da igreja e quarenta e cinco minutos mais tarde lá estava o Mike. Eu tinha feito o seu almoço favorito e meu marido, Mike e eu sentamo-nos à mesa para comer e conversar. Suas primeiras palavras foram: “Estive a ler o livro.” Nunca esquecerei seu olhar. Reluzia de alegria. Continuou dizendo–nos como tinha tido a intenção de “acabá–lo no fim de semana” e como parecia não conseguir ir além do Prefácio. “Nunca tinha lido o prefácio de um livro”, disse ele “e parece–me que não consigo cansar–me deste. Simplesmente não o quero largar.” Não tocou no almoço durante as três horas que se seguiram. Apenas contou–nos o que tinha estado a ler e o que tinha vislumbrado da sua relação com Deus. Na época, como Superintendente da Publicação das Obras de Mary Baker Eddy, orava todos os dias para apoiar o tipo de experiência que Mike estava vivendo. Senti–me como se tivesse recebido o melhor presente do mundo.
Ao fim da tarde, à medida que se aproximavam as nossas atividades de domingo à noite, Mike viu–me tirar a Bíblia e Ciência e Saúde para marcar a Lição da semana seguinte. Ele disse que também queria marcar a Lição nos livros dele. Perguntou–me se os queria ver. Respondi–lhe afirmativamente, pensando que veria livros em brochura, emprestados pela biblioteca da Sala de Leitura. No entanto, quando voltou do carro, trazia nos braços uns lindos livros de capa dura, equipados com marcadores. Podem imaginar a surpresa e humildade que senti. Explicou que enquanto lia aquelas primeiras páginas na Sala de Leitura, apercebeu–se de que esses livros seriam a maior riqueza que ele jamais possuiria e que ele queria começar com o melhor. Dava muito valor às idéias contidas no livro e queria honrá–las. Nosso amigo não era rico, era apenas um técnico muito trabalhador que vivia de um salário pequeno.
O amor de Mike pelos livros ainda continua. Quando estes foram roubados no quarto do hotel onde ele se encontrava hospedado numa cidade distante, ele orou. Alguns meses mais tarde os livros foram devolvidos.
Logo após ter iniciado o estudo da Ciência Cristã, Mike tornouse membro d'A Igreja Mãe. Então filiou–se a uma igreja local e tem estado presente em todas as Assembléias Anuais. Partilha o seu amor pela Ciência Cristã constante e facilmente com aqueles que não são membros desta igreja. Tem provado, através de suas curas, o caráter prático e eficaz da Ciência Cristã. Estamos bem certos de que o fato de termos contratado este “não–membro” provou ser uma bênção na vida de muitos. As atividades d'A Igreja Mãe, numa tentativa de abraçar a humanidade, continuam seu profundo alcance.
