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Num Dia De primavera,...

Da edição de dezembro de 1994 dO Arauto da Ciência Cristã


Num Dia De primavera, durante uma excursão a pé nas montanhas, tive de voltar a um costume por mim um tanto negligenciado na época, qual seja, o de volver-me a Deus em busca de auxílio.

Cheguei à tardinha a uma área de acampamento, das minhas preferidas, junto a um lago nas montanhas. Após a montagem da barraca, decidi subir a um pico próximo para ver o panorama. Enquanto eu subia, por rochas e aclives nevados, uma leve brisa começou a soprar do desfiladeiro em baixo e com ela se formaram densas nuvens que, em pouco tempo, encobriram toda a montanha. Sem possibilidade de ver coisa alguma do panorama, decidi voltar ao acampamento, explorando um caminho diferente. Identifiquei um ponto de referência visível para me servir de orientação e comecei a investigar uma forma de voltar.

Eu já havia estado tantas vezes nessa região rochosa, que achava que nunca me perderia nesse lugar. Enquanto caminhava, fiquei realmente absorto nos detalhes da paisagem próxima, enfiando a cabeça entre as rochas para ver pequenas formações de musgos e líquens, ou descobrir uma flor precoce. Até colhi amostras de rochas e cristais.

Depois de mais ou menos uma hora, comecei a procurar o acampamento, que eu sabia não estar longe. Quando olhei para o chão, vi uma pegada na neve. A princípio fiquei intrigado, até perceber que a pegada era minha. Eu a havia deixado quando a caminho do pico, portanto, com o nevoeiro, eu fizera um enorme círculo. Tentei buscar uma orientação a partir daquela marca, mas em vão, pois a maior parte do caminho fora sobre rochas. Agora, ali estava eu sobre uma escarpa elevada, sem saber de que lado ficava meu acampamento. Naquelas alturas mudei várias vezes de direção, tentando encontrar um marco conhecido. (Onde estava a capacidade de orientação de que tanto me orgulhava?!)

Durante esse tempo, meus pensamentos devem ter mudado de direção também, pois, de repente, vi-me cantando um hino conhecido: “Mostra, Pastor, como andar / Sobre a escarpa além ...” (Hinário da Ciência Cristã, N° 306). Eram palavras muito apropriadas ao momento. Em outras ocasiões esse hino já havia me dado consolo, mas desta vez não só me deu uma sensação de paz, como também ajudou-me a mudar de atitude. A sensação de desespero se desvaneceu.

Como começava a escurecer, pensei na possibilidade de passar a noite ali, em algum abrigo nas rochas. Encontrei um lugar adequado, sob uma saliência rochosa onde poderia fazer um pequeno fogo. Parei um pouco para pensar se deveria passar a noite ali ou seguir procurando o acampamento.

Nesse momento, veio-me ao pensamento um versículo da Bíblia: “Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas” (Prov. 3:6). Por um instante esqueci-me da situação em que me encontrava e comecei a recordar outras vezes, na minha vida, em que buscara ajuda na compreensão de Deus. Lembreime de que em cada uma delas sentira uma grande paz, que crescia dentro em mim. Agora, como então, era um grande alívio reconhecer em Deus um poder além de minhas forças — um apoio sempre presente ao qual recorrer.

Nem bem começara a pensar sobre essas coisas, as nuvens se entreabriram deixando-me ver um pico conhecido, no outro lado do desfiladeiro. A visibilidade durou apenas alguns segundos, mas como eu ficara parado naquele lugar, a visão foi suficiente para orientar-me corretamente. Fui direto ao acampamento, com um sorriso nos lábios e gratidão no coração.

Como nevou durante a maior parte da noite, eu me senti duplamente grato por ter abandonado meu próprio senso de orientação e meu orgulho, em troca da ajuda de Deus. O trabalho dEle é bem melhor.

De volta ao acampamento, passei, de repente, a questionar aquela abertura nas nuvens: teria sido uma evidência da ajuda divina ou uma afortunada mudança no tempo? A dúvida durou pouco tempo, pois sabia, pelo que eu sentira, que essa não era mera coincidência. Relembrei experiências semelhantes anteriores. Todas foram precedidas pela mesma paz de pensamento e calma confiança que me sobrevieram ao abandonar o sentido pessoal de orientação e ao reconhecer que Deus está no controle de Sua criação, na qual estou incluído.

Cada uma das experiências como essa que tive, me convence de quão prático é voltar-me a Deus quando preciso de orientação e cuidado. Duas curas, que me são muito caras, são a obtenção de rápido alívio num tornozelo machucado e a cura instantânea de um resfriado, ambas resultantes de oração. Por saber que os passos do homem são guardados e governados pela ilimitada Mente divina, fico sempre atento para ver as nuvens se entreabrirem.


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