Conforme Minha Mãe contava, uma pessoa conhecida, vendo-a certa vez em grande tristeza e sofrimento, recomendou-lhe a Ciência Cristã. Ela havia tido nove filhos, três deles morreram pequeninos e um nasceu morto. Depois, graças a haver aceito essa religião, daí em diante seus outros cinco filhos foram criados sem tomar remédios. A maioria das vezes mamãe era nossa practicista.
Com seis anos eu já sabia ler e, ainda criança, li uma biografia da Sra. Eddy e outras obras dela, em alemão. Como não havia igreja perto, realizávamos os cultos em nossa casa. Mamãe e uma de minhas irmãs liam a Lição-Sermão e amigos e vizinhos compareciam aos cultos.
Há trinta anos, já casada, estive muito doente. Tive muita dor de garganta e fiquei três meses sem poder falar.
Meu marido naquela ocasião não era Cientista Cristão e me fez consultar diversos médicos. Nenhum deles conseguiu diagnosticar a causa do problema. Um dos médicos disse que me operaria a garganta, mas não garantia que eu ficaria boa. Por isso resolvi pedir ajuda a uma practicista da Ciência Cristã.
Ela pediu-me que relacionasse uma lista de créditos e débitos. Selecionou diversos trechos sobre medo, em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras de autoria de Mary Baker Eddy e recomendou que eu os estudasse. Um deles foi: "Temer o pecado significa compreender mal o poder do Amor e a Ciência divina do ser na relação do homem com Deus — é duvidar de Seu governo e não confiar no Seu desvelo onipotente. O ato de te manteres superior à doença e à morte é igualmente sábio, e está de acordo com a Ciência divina. Temê-las é impossível, quando compreendes plenamente a Deus e sabes que não fazem parte de Sua criação." E outro: "Quando o medo desaparecer, o fundamento da doença já não existirá."
Li Ciência e Saúde de capa a capa. Um trecho que me fortaleceu foi este: "Nota como o pensamento faz empalidecer o rosto. Ele retarda ou acelera a circulação, tornando pálida ou enrubescida uma face. Do mesmo modo, o pensamento aumenta ou diminui as secreções, a ação dos pulmões, dos intestinos e do coração."
Uma noite a dor foi tão intensa que, não a suportando, liguei novamente para a praticista. No dia seguinte meu marido, ainda preocupado comigo, me levou a um instituto médico numa outra cidade. No meio do caminho eu disse para meu marido: "Podes voltar, porque estou curada." Mas ele respondeu: "Já estamos no meio do caminho e agora iremos até lá."
O médico me examinou e receitou uns remédios. Meu marido carregou a receita catorze dias na carteira. Eu lhe disse: "Não precisas mais guardá-la, pois estou curada." Afinal, ele jogou a receita fora.
Até hoje nunca mais tive dor de garganta e posso falar perfeitamente. Trabalhando fora do lar, fiquei praticamente sem faltar ao serviço e dirigindo parte das responsabilidades que uma casa com família requer.
Devido a essa cura, meu marido começou a freqüentar a igreja. Hoje somos ambos membros d'A Igreja Mãe. Além disso, meu marido foi Leitor diversas vezes e presidente numa filial.
Outra cura ocorreu ao perder meu emprego quando faltavam dez meses para me aposentar. A firma deu como alegação dificuldades financeiras, mas achei injusto esse procedimento. O choque foi grande. Então fiquei acamada quase um mês com diversas crises muito fortes, aparentemente do coração. Fiquei sem forças no braço esquerdo, o que me deu grande desespero.
A certa altura meu desespero era tão grande, que pensei: "Se tenho de viver assim, prefiro não viver mais." Mas graças a muita fé e às orações de acordo com a Ciência Cristã, e com a ajuda da bondosa praticista, meu pensamento ficou mais espiritualizado e consegui vencer esse estado físico difícil. Confiei só no poder de Deus para me curar.
Dou graças a Deus e sinto gratidão pela maravilhosa percepção espiritual da Sra. Eddy e pela pessoa que recomendou a Ciência Cristã a minha mãe e pelos praticistas que estão sempre prontos a ajudar-nos da maneira mais bondosa. Agradeço a Deus continuamente por Seu cuidado para com toda a humanidade.
Interlagos, São Paulo, SP, Brasil
