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No que consiste a verdadeira intimidade?

Da edição de março de 1995 dO Arauto da Ciência Cristã


Geralmente Acontece Assim: você começa a gostar da companhia de uma pessoa de uma forma especial. Vocês passam a dar longos passeios juntos, trocam confidências, procuram ficar sozinhos e começam a pensar um no outro com muita ternura e carinho quase o tempo todo.

Aos poucos, porém, vocês começam a pensar que passear juntos já não basta. Vocês desejam compartilhar seus sentimentos, até mesmo sua própria vida. Conclusão: vocês percebem que estão "apaixonados" e começam a pensar em se casar. De uma certa forma, vocês começam a sentir que já estão casados.

Acontece, porém, que vocês ainda não estão casados. E pode haver boas razões para que não se casem ainda: talvez vocês sejam muito jovens, pode ser que ainda estejam estudando, ou talvez haja algum outro motivo que impeça o casamento a curto prazo.

Aí então vocês se deparam com algumas perguntas importantes como: De que forma podemos demonstrar a afeição que sentimos um pelo outro? Como acalentar e nutrir nosso amor? Será que, se tivermos maior intimidade física, não nos sentiremos mais próximos? Como estamos decididamente pensando em casar-nos, será que faz diferença o fato de começarmos a ter relações sexuais agora?

Talvez vocês possam encontrar a resposta a essas dúvidas, perguntando a si mesmos: O que foi que os atraiu? O que realmente vocês amam um no outro? Por que querem compartilhar a vida?

Para a maioria das pessoas, as respostas a essas perguntas estão muito distantes do superficialismo que os cinco sentidos físicos podem querer sugerir. Não têm nada a ver com cor de cabelo, altura, peso, ou com outras características físicas. Pense nisso. O que é realmente importante para você nas pessoas que você estima, como sua mãe, seu pai, seu melhor amigo, ou a pessoa com quem você quer se casar? Como você descreveria essas pessoas a alguém que ainda não as conheça?

Provavelmente você mencionaria sua inteligência, seu senso de humor e suas qualidades. É bem provável que também fale sobre coisas mais profundas, como o fato de essas pessoas lhe dedicarem uma amizade verdadeira. Você também falaria do apoio que lhe deram num momento de necessidade e talvez mencionasse o fato de eles parecerem sempre saber a coisa correta a lhe dizer para que você se sinta amado e feliz.

Resumindo, o que realmente faz com que você e eu amemos as outras pessoas não é seu lado físico. São suas características divinas, espirituais, as coisas boas que eles têm e expressam, sua verdadeira natureza como filhos e filhas de Deus — é tudo isso que nos mostra o valor das pessoas. É claro que também são essas as características que devemos prezar em nós mesmos. E é a maneira atenciosa com que os outros nos tratam, a intensidade e a beleza de nossa amizade, o que os torna irresistivelmente atraentes para nós. Mary Baker Eddy comenta a maneira como muitos se sentem a respeito daqueles que amam: "Seria de admirar que um amigo pudesse jamais parecer menos do que belo." Ciência e Saúde, p. 248.

Assim, se o relacionamento que estamos mantendo com aquela pessoa por quem estamos apaixonados tiver uma base puramente física, será que não estaremos deixando de dar atenção exatamente àquilo que nos faz amá-la? Não estaremos faltando com o compromisso de prezar os atributos que se originam em Deus, e que fizeram com que nos sentíssemos atraídos por essa pessoa? E se ficarmos tão ligados um ao outro fisicamente, a ponto de perder o elo espiritual que realmente mantém o nosso relacionamento? Os aspectos materiais podem até mesmo sufocar os aspectos espirituais, que são a verdadeira vida e a essência de nosso namoro. Contudo, os preceitos bíblicos que estabelecem como devemos demonstrar a bondade de Deus em nossa conduta, bem como a luz que a Ciência Cristã projeta sobre esses preceitos, ajudam-nos a ver a retidão, a naturalidade e a segurança que sentimos, quando edificamos nossos relacionamentos sobre uma base espiritual pura e esperamos até o casamento para as manifestações mais íntimas de nosso amor.

Quando consideramos atentamente o assunto, surge a pergunta: No que consiste a verdadeira intimidade? Muitos dicionários a definem como a comunicação no seu grau mais verdadeiro e profundo. É uma "troca de carinho", que toca o "verdadeiro íntimo" de duas pessoas.Webster's Third New International Dictionary. Entretanto, muitos de nós podem dizer que o relacionamento físico, sexual — por si só — não toca realmente nosso íntimo mais profundo e verdadeiro. Por quê? Porque nossa verdadeira natureza é espiritual, não física.

Parece que é a essa espiritualidade, que faz parte do verdadeiro amor, que o escritor bíblico em Cantares de Salomão está se referindo, quando declara: "As muitas águas não poderiam apagar o amor, nem os rios afogá-lo; ainda que alguém desse todos os bens da sua casa pelo amor, seria de todo desprezado." Cantares 8:7.

Uma outra tradução da Bíblia apresenta o mesmo versículo de outra forma: "As muitas águas não poderiam apagar a chama do amor, nem os rios afogá-la. Ainda que alguém tentasse comprar o amor com tudo o que lhe pertence, não o conseguiria." E, se você não consegue comprar o amor espiritual de uma forma material, dificilmente conseguirá expressá-lo de uma forma unicamente material.

Você pode estar pensando: "Mas, e a minha situação em particular? Mesmo com a melhor das intenções, estou vendo que fui longe demais ao demonstrar meu afeto fisicamente à pessoa que estou namorando. É muito tarde para mudar essa situação?"

É claro que não! Permitam-me contar o que se passou com um amigo meu. Durante muito tempo todos os seus casos amorosos se caracterizaram por demonstrações físicas de amor. Ele nunca se sentiu muito bem com isso e, de certa forma, entendia que esse procedimento contrariava a compreensão adquirida com o estudo da Ciência Cristã, de que o homem é o filho puro e espiritual de Deus. E todos esses relacionamentos jamais tiveram um final feliz.

Finalmente, esse jovem pediu que um praticista da Ciência Cristã orasse com ele, para ajudá-lo a entender como ele poderia construir uma estrutura nova e forte para sua vida futura em família. A nota tônica de sua oração foi uma idéia extraída de Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras de Mary Baker Eddy: ".. . a pedra angular de toda edificação espiritual é a pureza." Ciência e Saúde, p. 241. Ele transformou em prioridade número um a prática da verdade desse ensinamento.

Quer saber o resultado de sua oração? Meu amigo resumiu o que aconteceu da seguinte forma: "Sei e sinto que a cura da sensualidade foi permanente. Sou muito grato por termos essa Ciência maravilhosa que nos ensina como e por que podemos ser curados. .. Aprender a colocar a atração física em seu devido lugar é uma grande proteção para qualquer relacionamento, e uma força a favor do bem no mundo, tanto individual quanto coletivamente. Esse problema, que se manifestava periodicamente, estava impedindo meu progresso em outros aspectos — principalmente o espiritual."

Meu amigo com certeza compreendeu a verdade do ensinamento de Cristo Jesus: "Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus." Mateus 5:8.

Tenho certeza de que, quando meu amigo se casar, ele e a esposa escreverão os próximos capítulos de sua história de amor sobre uma base sólida. Enquanto isso, meu amigo está fortalecendo sua base de amor espiritual, que não desmoronará com a primeira tempestade. Um amor inocente, porque se baseia no relacionamento mais íntimo que podemos almejar: em nossa comunhão com Deus. Um amor que "muitas águas" nunca poderão apagar.

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