No Domingo Anterior ao Natal de 1992 eu estava encarregada de fazer os arranjos florais para o culto da igreja. Nossa casa estava sempre cheia de familiares e amigos nos feriados. Uma amiga, experiente nesse trabalho, dispôs-se a me ajudar, e nos dirigimos ao jardim a fim de colher as flores.
Meu marido estava cortando grama naquela hora. Ao passar perto dele algo saltou do cortador de grama e atingiu meu braço logo acima do pulso, com grande força. Eu segurei o braço e continuei andando pelo jardim. A dor era intensa, mas eu estava consciente de que Deus é Amor, e portanto, nesse Amor nada podia me ferir ou me machucar. Não houve muito tempo para declarar essa verdade, pois subitamente perdi a consciência.
Quando acordei eu sabia que estava bem, pois a perfeição era meu direito divino inato. Alguns familiares me ajudaram a chegar até um divã dentro de casa. Meu antebraço estava torto, e havia um inchaço bastante grande no local onde a pedra tinha batido. Mas eu sabia que o Amor divino estava presente, e sentia a força que essa certeza me dava. Meu filho trouxe alguns cubos de gelo para eu colocar sobre o inchaço, mas eu lhe disse: "Muito obrigada, mas o gelo não pode fazer por mim o que Deus pode." Alguns minutos depois, quando olhei para o braço, o inchaço havia desaparecido. Porém, o braço ainda não tinha endireitado.
A família insistiu para que eu ficasse em casa naquele dia, e providenciou outra pessoa para levar as flores à igreja. Assim, subi as escadas para ter meu próprio culto com o pastor da Ciência Cristã — a Bíblia e Ciência e Saúde, da Sra. Eddy. Voltei-me primeiramente para a Bíblia e meus olhos caíram sobre Atos 13:47: "Porque o Senhor assim no-lo determinou: Eu te constituí para luz dos gentios, a fim de que sejas para salvação até aos confins da terra." Foi o verbo constituir que me confortou. Eu sabia que ele significa "estabelecer firmemente no lugar" e que, como idéia de Deus, eu não podia ter nada no lugar errado ou fora do lugar. Esses pensamentos me deram a certeza de que a perfeita lei divina do ajustamento estava em ação e o trabalho de Deus já havia sido feito com perfeição.
Passei o dia tranqüilamente, lendo e orando. A verdade espiritual, de que os acidentes não são criados por Deus, corrigiu meu pensamento. Se Deus não conhecia acidentes, então não podia haver nenhum efeito de acidentes. Após esse pensamento senti um movimento em meu braço, como se alguma coisa se estivesse ajustando e o braço endireitou. Eu sabia que estava sendo muito bem cuidada pelo poder do Pai.
Quando saí do quarto na hora do jantar, naquela noite, eu me perguntava se conseguiria usar o garfo. Um bonito pensamento ocorreu-me quase que imediatamente: "Não temais". Assim, eu peguei o garfo e jantei, sem sentir dor. (Realmente, após a grande dor inicial, não me lembro de ter sentido mais dor.) A partir daquela refeição, passei a usar o braço sem esforço, tanto com os talheres e outros utensílios quanto para trabalhar em casa.
Na quarta-feira seguinte dirigi durante meia-hora até a igreja, para assistir à reunião de testemunhos, sem desconforto. Mas permitamme mudar de assunto por um momento. A amiga, à qual me referi anteriormente, também era amiga de minha nora. Durante uma visita a meu filho e minha nora, essa amiga me havia feito perguntas sobre a Ciência Cristã. Ao voltar para casa, eu lhe enviara Ciência e Saúde. Durante sua visita à nossa casa no Natal pretendíamos levá-la à reunião de testemunhos, para que ela pudesse conhecer algo mais sobre esses ensinamentos.
Assim, sentamo-nos juntas na igreja naquela quarta-feira. Eu estava tão grata por minha rápida cura, que senti que deveria compartilhá-la, dando um testemunho. Em seguida, minha amiga disse: "E eu testemunhei essa cura. Se não estivesse lá, eu não acreditaria." Percebi que as bênçãos incluíam a todos. Essa amiga aceitou uma assinatura do Christian Science Sentinel. Ela comentou com minha nora que ficava ansiosa para receber a revista toda semana e que estava renovando sua assinatura. Para mim, não poderia ter havido um meio melhor de apresentar a Ciência Cristã para outra pessoa.
Meu último testemunho foi publicado há quinze anos. Desde essa época, testemunhei muitas curas em minha família. Relacionamentos foram restaurados e enriquecidos através da crescente compreensão da onipresença de Deus e da maravilhosa verdade de que em Sua infinidade não há nada dessemelhante dEle. A lei divina do progresso tem abençoado todos os membros de nossa família. "Não tenho maior alegria do que esta, a de ouvir que meus filhos andam na verdade" (3 João 1:4).
Kawana Waters
Queensland, Austrália
