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A importância da humildade

Da edição de junho de 1995 dO Arauto da Ciência Cristã


A Dada Altura da minha carreira profissional, trabalhei para uma companhia que tinha feito a transição da produção de aviões para o desenvolvimento de veículos espaciais. Nossa companhia estava na primeira linha do esforço nacional de colocar astronautas na lua.

As dificuldades que encontramos para atingir nosso objetivo pareciam infindáveis e, por vezes, mesmo insuperáveis. O fato de que a investigação no espaço estava lidando com áreas desconhecidas e inexploradas do sistema solar fazia surgir a cada dia uma nova experiência e uma nova dificuldade, um teste a alguma lei da física, da química e da aerodinâmica.

Algo mais do que conhecimentos técnicos foi necessário para manter a vontade e a coragem necessárias para continuar com o projeto em curso. Havia uma exigência de esforço coletivo, de respeito mútuo e de confiança uns nos outros. A natureza desse projeto exigia um grau mais elevado de unidade e cooperação do que habitualmente é necessário na maior parte dos negócios empresariais, programas de preparação atlética ou outros do gênero.

O orgulho pessoal, o título de habilitação profissional e currículo foram subjugados a um propósito mais elevado. Foi reconhecido por todos que a estrita exigência de perfeição requeria os serviços e o esforço de todos os trabalhadores envolvidos, desde o engenheiro chefe de projeto até o trabalhador que crava os rebites. Esperava-se a perfeição, que era considerada essencial. O dia da prova final chegou para o lançamento da Apolo 11. Viajando, nesse dia memorável, até o local do lançamento, podia-se sentir uma atmosfera calma, quase reverencial, entre todos os ocupantes do autocarro ou seja, do ônibus da NASA.

O sucesso desse grande evento não trouxe uma exuberante vanglória entre aqueles que mais tinham contribuído para tal fim, mas sim uma silenciosa humildade, um respeito por um propósito mais amplo. Mais tarde, um repórter perguntou a um dos astronautas se ele estava preocupado com o fato de, no futuro, poder ser esquecido aquilo que tinha conseguido. Ele respondeu: “Penso que isso não importa; nós sabemos quem somos!” Esses primeiros pioneiros no espaço certamente precisaram estar dispostos a fazer inúmeros sacrifícios.

No entanto, poder-se-á comparar esse gigantesco passo de progresso humano com o progresso espiritual exemplificado por aquilo que o profeta nazareno ensinou e provou há quase dois mil anos? Cristo Jesus ensinou a supremacia absoluta do Espírito, do único Deus. E como prova disso superou a lei da gravidade ao andar sobre as águas; controlou condições violentas do clima ao acalmar os ventos no Mar da Galiléia; curou a doença, a enfermidade e a deformidade, instantaneamente. Sua prova do domínio sobre a matéria, dado por Deus ao homem, atingiu o zênite quando, depois da crucificação, ele venceu a morte, após ter estado três dias no túmulo.

Foi o humilde ceder de Jesus à vontade divina que o motivou a submeter-se à crucificação. E isso habilitou-o a demonstrar à humanidade, para todos os tempos, a realidade imorredoura da Vida em Deus, o Espírito. Ele exemplificou definitivamente seu próprio ensinamento: “O que se humilha será exaltado.” Lucas 14:11.

A humildade é essencial no trabalho da cura espiritual, como a Sra. Eddy mostrou tão claramente na sua própria vida. Com humildade, ela pôs de lado a busca de coisas do mundo e seguiu Cristo, a Verdade. Ela aderiu estritamente às ordens divinas — com tudo o que elas implicam — amar a Deus e ao próximo como a nós mesmos. E suas obras curativas ilustram esse ceder humilde ao governo divino.

É o poder de Deus e de Seu Cristo que nos liberta da doença e do pecado. Eis a razão pela qual um sanador cristão acelera o processo curativo na proporção da sua predisposição de atribuir todo o poder a Deus, a Verdade divina. Por ceder totalmente à Verdade, Jesus teve a capacidade de curar instantaneamente.

No seu livro Miscellaneous Writings a Sra. Eddy declara: “A humildade é a lente e o prisma para a compreensão da cura pela Mente, ... é indispensável para o progresso individual, e indica o plano de seu Princípio divino e a regra para a sua prática.” E ela aconselha: “Estimai a humildade, ‘vigiai’ e ‘orai sem cessar’ ou perdereis o caminho da Verdade e do Amor.” Miscellaneous Writings, p. 356.

Mudará ou enfraquecerá a humildade em momentos de provação? Isso não acontece com a verdadeira humildade, derivada do Amor divino. Cedendo em oração ao controle do Amor, expressamos poder e constância espirituais. Por outro lado, a pretensão da mente humana em ser um criador pessoal — com suas características negativas de vontade, justificação e retidão próprias — impede nossa percepção do poder curativo do Amor. Felizmente, essas características e tendências podem ser anuladas, descobrindo-se que elas não pertencem à individualidade real e espiritual do homem criado à semelhança de Deus. Quando nos conduzimos retamente, com humildade, podemos ajudar outros pelo nosso exemplo. Acima das meras palavras, um só exemplo silencioso de cristianismo, em meio a um mundo perturbado, pode acalmar a agitação e ajudar a restaurar a paz.

É evidente que qualquer pretensão de humildade que tende a encobrir o estado oposto de pensamento não faz avançar, mas retarda nosso crescimento espiritual. A genuína humildade é encontrada no exemplo honesto dos pais que ternamente cuidam de seus filhos, na sua incansável paciência em oração, derivada do Amor divino. É encontrada nos esforços incansáveis daqueles que devotam a vida a ajudar outros. É revelada de inúmeras maneiras por todos os que diariamente se esforçam por expressar a natureza divina e ceder ao sábio governo de Deus.

A Sra. Eddy declara em Miscellaneous Writings: “A experiência demonstra que a humildade é o primeiro passo na Ciência Cristã, onde tudo é governado, não pelo homem ou leis materiais, mas pela sabedoria, a Verdade e o Amor.” Ibidem, p. 354. Cada dia oferece uma nova oportunidade para comprovar a verdade dessas palavras e assim beneficiar a nós mesmos e à humanidade.

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