Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer

Como podemos fazer uma contribuição mais eficaz?

Da edição de junho de 1995 dO Arauto da Ciência Cristã


Aprendi Uma Lição importante no meu primeiro ano de pós-graduação. Em um dos cursos, os alunos e o professor discutiam as várias teorias relacionadas com o desenho. Em realidade, os outros alunos participavam da discussão, enquanto que eu praticamente só ouvia; minha contribuição foi muito pequena. Ao final do curso apresentei o projeto final, o único requerido pelo professor. Tive nota 10 pelo projeto, mas pelo curso em si tirei 8. Quando pedi uma explicação ao professor sobre a diferença nas notas, ele foi brusco. Disse-me que, embora eu tivesse entendido a matéria, não havia compartilhado meu entendimento com o resto da classe, e por isso não merecia uma nota maior. Eu sabia que ele tinha razão.

A partir daí comecei a entender a necessidade moral de compartilhar. A essência do cristianismo é promover o bem-estar dos outros. Há também uma necessidade espiritual de compartilhar, que reforça a exigência moral. Quando damos de nós mesmos, estamos manifestando naturalmente o fato de que o homem expressa a natureza divina. O livro do Gênesis nos diz que o homem é criado à imagem de Deus. Compaixão e altruísmo, portanto, são necessariamente a conseqüência do fato espiritual de que Deus é Amor e de que o homem é a imagem do Amor. A expressão de justiça é a manifestação inevitável do fato de que Ele é Verdade. A percepção e a sabedoria derivam do fato de que Ele é Mente.

Quando nossa contribuição baseia-se no conhecimento espiritual de Deus e do homem, ela não pode deixar de ser eficaz. Através de seus preceitos inspirados e de suas obras, que incluem curas de paralisia, cegueira e lepra, Cristo Jesus mostrou-nos como é poderosa a contribuição espiritualmente fundamentada. Em certa ocasião ele alimentou cinco mil pessoas com alguns poucos pães e peixes, e em outra salvou os discípulos de uma tempestade em alto mar.

Jesus certamente contribuía para o bem-estar das pessoas com quem mantinha contato, mas sua missão incluía muito mais. Ele veio para mostrar-nos o caminho pelo qual nos libertar do pecado, da doença e da mortalidade. Ele exemplificava o Cristo, a influência divina curativa sempre presente para nos revelar a saúde e a harmonia do ser verdadeiro, para revelar a totalidade de Deus.

O exemplo que Jesus nos deu, foi de contribuição no sentido mais elevado. Mas como podemos seguir seu exemplo de cura? O Mestre sabia que o poder que cura não é um atributo pessoal; vem de Deus, o bem, e pode ser manifestado por todos nós. Isso foi provado pelos discípulos, que continuaram a curar mesmo depois da ascensão de Jesus.

O Mestre percebia a nulidade das limitações que o próprio pensamento humano se impõe. Ele ensinou que basta um pouco de fé e conhecimento da Verdade divina, para expulsar o mal e a doença. Ele disse: “... se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele passará. Nada vos será impossível.” Mateus 17:20.

A Sra. Eddy exortava seus seguidores a que tivessem mais fé no governo de Deus, o bem, e no homem como a expressão de Deus. Em seu sermão de dedicação da sua Igreja, que aparece em Pulpit and Press, ela faz referência ao seguinte poema:

“E se a gotinha de chuva disser:
‘Tão pequena gota sou,
Não posso a terra ardente refrescar,
Portanto no céu ficar eu vou.’ ”

Ela então acrescenta: “Não é o homem metafísica e matematicamente o número um, uma unidade, e, conseqüentemente, um número inteiro, governado e protegido por seu Princípio divino, Deus? Tens apenas de preservar uma noção científica positiva da união com tua origem divina, e demonstrá-la diariamente. Então perceberás que um é um fator tão importante quanto duodecilhões, quando nos dispomos a ser corretos e agir corretamente, e dessa forma demonstrar o Princípio deífico.” Pulpit and Press, p. 4.

A Ciência Cristã tem um efeito radical em nossa maneira de contribuir. Esse efeito deve-se ao modo como enfrenta os males humanos. Ao invés de tomar como ponto de partida a suposta realidade desses males e buscar um remédio para eles na matéria, essa Ciência começa com a verdade de que Deus, o bem, é absolutamente Tudo, e a partir daí demonstra a ilegitimidade de tudo o que Lhe é dessemelhante. A compreensão da realidade espiritual nos habilita a perceber com maior freqüência a manifestação de saúde e harmonia em nossa vida.

A Ciência Cristã enfatiza que o pensar corretamente é a maneira mais importante de contribuir. Quando digo “pensar corretamente” não estou me referindo simplesmente a pensamento positivo; refiro-me, sim, à oração da maneira como Cristo Jesus ensinou. A cura não é o resultado da ação da mente humana. A cura se manifesta quando a mente humana cede ao governo da Mente divina.

Quando nos exortou a que vivêssemos altruisticamente, Paulo explicou o que vem a ser o pensamento correto: “Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros. Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus”. Filip. 2:4, 5.

Como podemos obedecer a esse conselho de forma mais completa? Como Jesus, podemos amar idéias espirituais ao invés de coisas ou pensamentos materiais. Podemos buscar em primeiro lugar o reino de Deus. Podemos humildemente ouvir a orientação de Deus e atendê-la, ao invés de insistir em fazer as coisas a nosso próprio modo. À medida que aumenta nosso altruísmo, nossos pensamentos deixam de se fixar apenas na gratificação de nossos desejos e começam a atender, ou seja, a servir, a Deus, o Amor. O pensamento correto por si só é ação e resulta em ação. É ação porque o pensamento imbuído da verdade e amor de Deus cura, moral e fisicamente.

Quando a Sra. Eddy descobriu a Ciência Cristã, ela havia sido curada (de um ferimento quase fatal sofrido em um acidente) ao ler uma das curas de Jesus na Bíblia. Ela escreveu a respeito desse momento: “Quando a porta se abriu, eu estava esperando e vigiando; e, eis que veio o noivo! Chegada a meia-noite, a natureza do Cristo foi iluminada pelos archotes do Espírito. Meu coração reconheceu seu Redentor.” Retrospecção e Introspecção, p. 23.

Naquele momento ela não disse: “Que maravilha”, e se deu por satisfeita. Ela se sentiu compelida a entender as leis de Deus, a Ciência que fundamentava sua cura, e trabalhou para compartilhar essa Ciência com a humanidade, pois sabia que não havia nada capaz de abençoar-nos tanto.

Se bem que o objetivo imediato da Ciência Cristã seja a cura e a salvação individuais, a influência curativa do Cristo, a Verdade, não pode ficar confinada. A Verdade tem o efeito de elevar e levedar os assuntos do mundo. Quando curamos a nós mesmos ou a alguma outra pessoa de um problema pessoal, seja uma doença ou um gênio difícil, beneficiamos a humanidade também. Cada cura que ocorre, quando colocamos em prática os ensinamentos da Ciência Cristã, fortalece a ação da Verdade na eliminação dos males de todo o mundo.

A humanidade precisa desse conceito mais elevado de contribuição, a fim de superar de uma vez as dificuldades com as quais se depara. A contribuição material não pode libertar-nos da servidão do pecado e da doença. A verdadeira liberdade se adquire com compreensão espiritual e demonstração. Portanto, contribuímos eficazmente para o bem do mundo que nos cerca ao curar da maneira como o Mestre ensinou. Não há maneira mais significativa de compartilhar do que essa!

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / junho de 1995

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.