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A Palavra viva de Deus e nossa receptividade a ela

Da edição de junho de 1995 dO Arauto da Ciência Cristã


Na Primeira Página do caderno “Tendências”, de um número recente do jornal Los Angeles Times, logo abaixo de uma grande foto colorida de uma Bíblia aberta, lia-se a seguinte manchete: “Estudar a Bíblia”. O artigo documentava uma tendência atual. Antes ou depois do trabalho, muita gente — de banqueiros a advogados, de enfermeiras a estudantes — reúne-se para estudar as Escrituras. Alguns grupos são organizados, outros, informais. Muitos deles não têm ligação com nenhuma igreja ou sinagoga.

Boas novas como essa merecem ser divulgadas! De certa forma, isso também atesta algo sobre a própria natureza da Bíblia. O que atrai as pessoas é muito mais do que simplesmente um documento de valor histórico ou teológico. É algo que tem um enorme poder de comunicação, mesmo hoje em dia. A Bíblia traz a Palavra viva de Deus. E quando nos achegamos a ela, seja fazendo parte de um grupo de estudo, seja através do nosso estudo individual, com certeza seremos mais receptivos, se compreendermos essa dimensão viva da Palavra. Sem dúvida, há muita informação histórica e muitas lições culturais na Bíblia. Mas qualquer pessoa que, ao ler as Escrituras, tenha encontrado uma passagem especial, que soou como se Deus mesmo lhe estivesse falando diretamente naquele momento, sabe disso. A Palavra é viva, cheia de significado, de inspiração e de cura.

No artigo mencionado acima, aparece um comentário de notável profundidade. É de uma estudante, que diz: “Eu já havia lido alguns trechos da Bíblia, mas nunca a havia estudado. Ela é como um guia. Eu acho que a mensagem vem realmente de Deus. O que você ganha com esse estudo não é algo que parte de você, mas sim, algo que o próprio Deus suscita em você.” Los Angeles Times, 22 de dezembro de 1993, p. 1.

Pois é isso que Deus, por meio da Sua Palavra, faz. O livro não é simplesmente uma elaboração humana. E quando nos achegamos a ele com fome espiritual, nossa reação não é apenas uma reação elaborada humanamente. Somos receptivos à Palavra quando ela nos leva a ter mais compaixão, ou a perdoar mais, ou a demonstrar mais ética em nossas transações comerciais. Correspondemos a ela quando oramos por nós mesmos e pelos outros. Se pensarmos de forma mais profunda, poderemos concluir também que somos receptivos à Palavra quando por ela somos curados. Essa é a reação mais importante à mensagem das Escrituras. No Antigo Testamento, e especialmente no Novo, lemos muitos relatos de curas. Assim como Deus, o Amor divino, é quem suscita a compaixão, o perdão e a integridade em nós, é também o Amor divino que forma em nós a receptividade à Palavra, que nos possibilita sermos realmente curados.

O que é que traz cura à nossa vida? O nome Cristo é usado na Bíblia como o título divino de Jesus. Mas o termo Cristo é também usado em um sentido um pouco mais amplo, para expressar por inteiro a mensagem divina de cura que se evidenciou no ministério de Cristo Jesus. Essa mensagem do amor e da presença curativa de Deus, que se evidencia por meio do Cristo, certamente não poderia ficar relegada ao passado. Nem mesmo ao passado bíblico. Se a Palavra de Deus está viva, ela deve alcançar e fortalecer nossa vida de forma curativa ainda hoje. O estudo da Bíblia deve ser mais do que intelectual e emocionalmente estimulante. Deve ter um poder transformador e curativo, inclusive o poder de curar o corpo.

A doença não é algo tão inevitável ou inalterável como tenta parecer. Em realidade, não passa de um corolário do pensamento básico de que a existência seja material e mortal. Aquilo que a Bíblia chama de “pendor da carne” Romanos 8:7. envia constantemente ao nosso pensamento a mensagem — falsa, é claro — de que todos somos mortais e estamos inevitavelmente condenados. A não ser que estejamos espiritualmente alerta, correspondemos a essa mensagem, ficando com medo e doentes. Deus é a Mente divina, o oposto da mente carnal. Sua mensagem de boas novas é o Cristo, o oposto da falsa evidência que produz medo e induz à doença. A cura espiritual acontece quando nos libertamos da falsa mensagem da mente carnal e da submissão a ela, substituindo as duas coisas pela mensagem do Cristo, segundo a qual, em verdade, somos destemidos, espirituais e perfeitos aos olhos de Deus. À medida que essa boa nova começa a ser assimilada em nosso pensamento, é inevitável que sejamos curados.

Em resumo, é o Cristo que nos conduz à leitura da Palavra de Deus, é o Cristo que nos saúda quando chegamos às Escrituras, e é o Cristo que nos cura quando lemos e absorvemos a mensagem viva.

A cura é um efeito tão natural e inevitável da Palavra viva de Deus, que pode ser encarada como científica. A Sra. Eddy, que descobriu a Ciência Cristã, certa vez definiu essa cura cristãmente científica como “a Palavra e o casamento dessa Palavra com todo o pensamento e toda a ação humana”. [O trecho completo diz o seguinte: “A cura na Ciência Cristã é ‘o Espírito e a noiva’ — a Palavra e o casamento dessa Palavra com todo o pensamento e toda a ação humana — que diz: Vem, e eu te darei descanso, paz, saúde, santidade.” The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 153.]

Uma forma maravilhosa de nos aproximarmos da Palavra é através da leitura das Lições Bíblicas delineadas no Livrete Trimestral da Ciência Cristã, publicado pelos mesmos editores desta revista. Ao invés de abordarem as Escrituras de forma seqüencial, as Lições Bíblicas as tratam de forma temática. Os temas mais importantes da Bíblia, como “Vida”, “Amor”, “Cristo Jesus”, “A Doutrina da Expiação”, são abordados semanalmente, por meio de citações escolhidas da Bíblia, que se relacionam com o tema principal. Trechos correlativos de Ciência e Saúde, de autoria da Sra. Eddy, elucidam os versículos bíblicos. Se bem que essas Lições sejam de certo nível intelectual, talvez seja justo lembrar que elas são elaboradas visando menos a satisfazer à pesquisa acadêmica e mais a estimular uma reação de cura.

Em minha própria prática da cura cristã, essas Lições Bíblicas me propiciaram mais curas e mais progresso espiritual do que qualquer outro meio. Recentemente, ouvi um Cientista Cristão relatar o seguinte: “Há algumas semanas acordei por volta das quatro horas da manhã, com todos os sintomas de gripe. Fiquei na cama alguns minutos, sentindo grande desânimo e pensando nos dias ruins que eu teria pela frente. Então lembrei que eu já havia sido curado muitas vezes com a leitura da Lição Bíblica. Por isso, levantei-me e comecei a ler, lembrando que o Amor divino tinha alguma coisa a me dizer naquele exato momento. Fiquei totalmente absorto na leitura e nem mesmo notei quando os sintomas desapareceram. Só sei que já não sentia mais nada quando terminei a leitura da Lição.”

É o Amor divino que transmite a mensagem do poder que nos eleva e salva. E é esse mesmo Amor divino que suscita em nós a receptividade a essa mensagem. À medida que estivermos mais conscientes de que a presença e autoridade de Deus são inseparáveis de Sua Palavra, inevitavelmente seremos mais receptivos ao seu significado e poder curativo.

O Senhor é a minha força e o meu escudo;
nele o meu coração confia, nele fui socorrido;
por isso o meu coração exulta.

Salmos 28:7

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