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“O que dá. .. não terá falta”

Da edição de junho de 1995 dO Arauto da Ciência Cristã


Uns Tempos Atrás, mudei de profissão. Minha nova atividade tinha por objetivo ajudar os outros. Isso significava ser autônomo e abrir mão de meu emprego seguro, com salário fixo. Mais do que nunca, nossa família teria de confiar em Deus, o Amor divino, para nos proporcionar alimento, moradia e saúde.

Será que podemos confiar em Deus, o Amor divino, como nossa fonte de suprimento, quando sentimos o chamado a servir à humanidade em tempo integral, sem a garantia de um salário assegurado? Sim, o Amor é sempre a fonte verdadeira de nosso suprimento, de maneira que podemos e deveríamos sentir o desejo de confiar inteiramente em Deus.

Será que foi insensatez de minha parte pensar que eu poderia sustentar minha família, dispondo-me a servir a Deus e a expressar amor ao próximo? Não, não foi e assim o revelam os relatos da Bíblia e os ensinamentos de Cristo Jesus. No livro dos Provérbios encontramos esta promessa: “O que dá ao pobre não terá falta.” Prov. 28:27.

Jesus ensinou que conhecer e servir a Deus e ajudar o próximo deve ser para nós a prioridade máxima. O Amor divino abençoa esse trabalho. O Evangelho de Marcos registra a seguinte afirmação de Jesus: “Ninguém há que tenha deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou mãe, ou pai, ou filhos, ou campos, por amor de mim e por amor do evangelho, que não receba, já no presente, o cêntuplo de casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, com perseguições; e no mundo por vir a vida eterna.” Marcos 10:29, 30.

Minha nova ocupação começou lenta e suavemente. Por vezes, sentia-me desanimado, mas todos os dias eu estudava fielmente a Bíblia e os escritos da Sra. Eddy e orava, até perceber, de maneira revigorada, a totalidade de Deus e sentir Sua presença. Mantinha-me ocupado expressando o Amor divino.

Em pouco tempo cheguei a compreender um ponto sobremaneira importante. Naquela semana, a Lição Bíblica do Livrete Trimestral da Ciência Cristã versava sobre o tema “Substância”. Percebi claramente que a verdadeira substância é Deus, o Espírito, e que, como reflexo de Deus, o homem inclui as idéias substanciais do Espírito. Consegui curar-me de uma noção equivocada a respeito do que é a substância, ou seja, de crer que acumular matéria proporciona segurança. Libertei-me do desejo de possuir coisas temporais e senti-me completamente satisfeito por trabalhar em prol da espiritualidade. Tive a certeza de que, por estar trabalhando com o propósito de glorificar a bondade do Espírito, todas as minhas necessidades seriam supridas.

Logo encontrei uma preciosa instrução na autobiografia da Sra. Eddy, Retrospecção e Introspecção. Ela afirma, baseada em sua própria experiência: “Segamos messes espirituais de nossas próprias perdas materiais.” Ret., p. 79. Essa foi uma das maiores alegrias de meu novo empreendimento — obter uma nova idéia do infinito mantenedor, da Verdade divina, e, então, empenhar-me por demonstrar a proteção sanadora do Amor para com toda a humanidade.

Ao mesmo tempo em que se processava essa mudança de atividade em minha vida, minha esposa também deixou a carreira que havia escolhido, para ocupar-se em ajudar aqueles que não podiam cuidar inteiramente de si próprios. Esse período de nossa vida exigiu fé, paciência e trabalho árduo. Como o nosso motivo era o de servir a Deus, os problemas que surgiram foram vencidos, às vezes de maneira totalmente imprevisível.

Essa experiência ajudou-me a entender o que é que se faz necessário, quando falta algo essencial na existência humana, tal como alimento ou moradia. O primeiro passo é encontrar e compreender a Deus, o Amor divino. Encontrar a Deus é encontrar aquilo de que precisamos. A Bíblia nos ensina a respeito de Deus. Nela, aprendemos que o Amor divino nos ajuda agora mesmo. O Amor alimenta, veste e mantém a saúde de seus filhos. Aquilo que na Bíblia aparece como milagre, nada mais é do que a prova natural do suprimento constante de Deus para Seus filhos.

Por exemplo, numa época em que fora prevista no Egito uma escassez de alimentos que duraria sete anos, José, ao interpretar o sonho do Faraó e discernir a orientação divina, instruiu o Faraó a armazenar o alimento durante os sete anos de fartura. José não só alimentou os egípcios e pessoas de outras nações, mas também cuidou dos membros de sua própria família, que o tinham traído vários anos antes. Isso ilustra como o Amor divino cuida de todos, de maneira imparcial.

Conforme nos contam os Evangelhos, Cristo Jesus demonstrou que nosso suprimento não vem propriamente de fontes humanas, mas sim de uma fonte divina — o Espírito infinito, Deus. Jesus, durante todo o seu ministério, curou a carência. Para ele, sempre era a época da colheita.

Em seu Sermão do Monte, Jesus deu a instrução necessária para podermos compreender e comprovar a economia do Espírito. Jesus orou assim: “O pão nosso de cada dia dá-nos hoje.” Mateus 6:11. Em Ciência e Saúde, a Sra. Eddy interpreta espiritualmente essas palavras: “Dá-nos graça para hoje; alimenta as afeições famintas.” Ciência e Saúde, p. 17. A graça de Deus supre as idéias, ou seja, o pão, de que necessitamos, e isso aparece em nossa experiência de modo tangível.

Através da oração, temos provas do cuidado abundante e perpétuo de Deus. Conseguimos perceber a Deus como Amor e Verdade, nossa fonte de suprimento, ou seja, de idéias espirituais. Ao compreender a Deus como Verdade que supre tudo, rejeitamos a suposta legitimidade da escassez e deixamos que a influência sanadora do Cristo destrua em nosso pensamento a crença de pobreza e impeça seu aparecimento em nossa experiência.

A carência aparece somente a um sentido material das coisas. Um sentido espiritual do Amor e da Verdade revela nosso suprimento. O sentido espiritual, cultivado por meio da oração e da graça, nos ilumina a respeito da bondade infinita de Deus, aqui mesmo, agora mesmo. A confiança no sentido espiritual nos faz perceber evidências tangíveis do suprimento da Verdade. Provamos, como Paulo, que “a nossa suficiência vem de Deus”. 2 Cor. 3:5.

A confiança radical na compreensão de Deus e daquilo que Ele provê para o homem destrói a evidência de falta. Deus é infinito e completo, conforme aprendemos na Bíblia. A Deus nada falta porque Ele é Tudo. E, como o homem é o reflexo perfeito de Deus, é a imagem de Deus, de acordo com as Escrituras, então, em verdade, nada falta ao homem.

O homem, como idéia composta e completa de Deus, inclui tudo aquilo de que necessita para o seu bem-estar. Esse homem é quem realmente somos. Nossa verdadeira identidade é isenta de privações, é ilimitada, infinita. De fato, a Sra. Eddy nos assegura, em Ciência e Saúde: “Deus expressa no homem a idéia infinita que se desenvolve eternamente, que se amplia e, partindo de uma base ilimitada, eleva-se cada vez mais.” Ciência e Saúde, p. 258.

O homem inclui o pleno emprego. Emprego é atividade. Deus, o Amor, é todo-ativo. O homem, a idéia do Amor, reflete a atividade do Amor. Ele está empregado no empreendimento de expressar o Amor e refletir a compreensão divina, e isso sempre dá frutos. Podemos começar a provar isso agora mesmo e trazer cura para cada aspecto de nosso trabalho.

Nossa compreensão dessas verdades e a confiança que nelas temos resultam no suprimento de nossas necessidades em forma tangível e, ao mesmo tempo, conseguimos ajudar os outros. Nossas orações e as provas da proteção sanadora de Deus abençoam a nós, à nossa igreja e a todos.

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